Desempenho muito acima do esperado no campo no primeiro semestre alavanca aceleração da economia brasileira, com impacto até o fim deste ano, segundo Ministério da Fazenda

Desempenho muito acima do esperado no campo no primeiro semestre alavanca acelera��o da economia brasileira, com impacto at� o fim deste ano, segundo Minist�rio da Fazenda

Beto Novaes/EM/D.A Press - 5/11/14



O bom desempenho da economia no segundo trimestre deste ano e a safra agr�cola recorde levaram o Minist�rio da Fazenda a aumentar sua proje��o de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, de 2,5% para 3,2%. A estimativa de infla��o, por sua vez, se manteve inalterada em 4,85% – acima do intervalo superior da meta, que admite um �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) de 3,25%, com margem de toler�ncia de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. As novas proje��es do governo foram anunciadas ontem pela Secretaria de Pol�tica Econ�mica (SPE).

Segundo o �rg�o, o chamado “carregamento estat�stico” para o PIB j� estava em 3,1% nos dois primeiros trimestres deste ano. Isso significa que, se na segunda metade de 2023 o pa�s n�o tiver nenhum incremento na renda gerada, j� estaria garantida uma expans�o de 3,1%. “O crescimento de 3,2% � uma proje��o otimista. A gente n�o est� prevendo uma estagna��o da atividade nos pr�ximos trimestres. Estamos esperando uma nova acelera��o no ritmo de crescimento no quarto trimestre”, pontuou a subsecret�ria de Pol�tica Macroecon�mica, Raquel Nadal.

A curto prazo, o Minist�rio da Fazenda projeta uma desacelera��o da atividade econ�mica. No acumulado dos �ltimos quatro trimestres, o crescimento do PIB deve encolher de 3,2% para 2,9%, influenciado pela queda nas expectativas em rela��o aos setores de servi�os e ind�stria, que devem encolher de 3,3% para 2,6% e de 2,2% para 1,7%, no terceiro trimestre deste ano, em rela��o aos quatro anteriores.

Enquanto isso, o setor agropecu�rio deve apresentar uma acelera��o de 11,2% para 12,4% do segundo para o terceiro trimestre deste ano. “No caso da agropecu�ria, o crescimento interanual ainda deve ser acentuado de 8,8%, refletindo um aumento da produ��o e colheita de cana-de-a��car, algod�o e milho, comparativamente ao mesmo trimestre de 2022”, destacou a subsecret�ria.

Raquel Nadal, subsecretária de Política Macroeconômica 

Raquel Nadal, subsecret�ria de Pol�tica Macroecon�mica: "O crescimento de 3,2% � uma proje��o otimista. A gente n�o est� prevendo uma estagna��o da atividade nos pr�ximos trimestres. Estamos esperando nova acelera��o no quarto trimestre"

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Na infla��o, o reajuste nos pre�os de combust�veis, que impulsiona a infla��o, vem sendo compensado por uma press�o menor sobre pre�os de alimentos e servi�os. A previs�o para o IPCA deste ano permaneceu est�vel em 4,85%, mesma taxa de aumento na compara��o com o boletim anterior. Para 2024, o governo manteve sua proje��o de crescimento do PIB em 2,3%, mas ajustou sua previs�o de IPCA de 3,3% para 3,4% (dentro do intervalo da meta, de 3% com 1,5 ponto de toler�ncia para mais ou menos), em fun��o de mudan�as no cen�rio de c�mbio e pre�os de commodities.

Mercado

Economistas do mercado financeiro revisaram as expectativas para o crescimento da economia brasileira e da infla��o neste ano. Segundo dados do Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, ontem, a proje��o para o �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2023 caiu, dos 4,93% observados na semana anterior, para 4,86%. Esta semana acontece a chamada “Super Quarta”, quando saem as decis�es de pol�tica monet�ria tanto dos Estados Unidos quanto do Brasil – o Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) vai definir �ndice da Selic na pr�xima reuni�o.

Enquanto a previs�o para a infla��o para 2024 caiu de 3,89% para 3,86%, as expectativas para o IPCA de 2025 e 2026 permaneceram em 3,5%. A estimativa est� pr�xima, mas ainda acima do teto da meta de infla��o, que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monet�rio Nacional (CMN), a meta � de 3,25% para 2023, com intervalo de toler�ncia de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior � 1,75% e o superior, 4,75%.
J� a mediana das proje��es para a evolu��o do PIB de 2023 avan�ou de 2,64% para 2,89%; enquanto que para 2024 subiu de 1,47% para 1,50%. A proje��o para 2025 caiu de 2% para 1,95%; e a de 2026 permaneceu em 2,0%. Em rela��o ao c�mbio, as apostas para o d�lar em 2023 ca�ram de R$ 5 para R$ 4,95. A proje��o de 2024 caiu de R$ 5,02 para R$ 5 e, para 2025, foi mantida em R$ 5,10. A proje��o para 2026 foi elevada de R$ 5,15 para R$ 5,18.