Desempregado segura carteira e esconde o rosto

Desempregado segura carteira e esconde o rosto

Jeso Carneiro/Flickr
 A taxa de desemprego no Brasil recuou para 7,8% no trimestre m�vel encerrado em agosto, apontam dados divulgados nesta sexta-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica).

� o menor patamar para esse trimestre desde 2014, quando a taxa estava estava em 7%. Considerando diferentes intervalos da s�rie hist�rica, a desocupa��o est� no n�vel mais baixo desde o per�odo at� fevereiro de 2015 (7,5%).

O novo resultado veio em linha com as estimativas do mercado financeiro. A mediana das proje��es de analistas era de 7,8% at� agosto, segundo a ag�ncia Bloomberg. A taxa estava em 8,3% no trimestre finalizado em maio, o mais recente da s�rie hist�rica compar�vel do IBGE.

Com o novo resultado, a popula��o considerada desempregada no Brasil recuou para 8,4 milh�es at� agosto. O n�mero era de 8,9 milh�es no trimestre at� maio.

Os dados integram a Pnad Cont�nua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios Cont�nua). O levantamento abrange tanto o mercado de trabalho formal quanto o informal –desde os empregos com carteira assinada e CNPJ at� os populares bicos.

No trimestre m�vel at� julho, que integra outra s�rie da Pnad, a taxa de desemprego j� marcava 7,9%. O n�mero de desocupados estava em 8,5 milh�es no mesmo per�odo.

A popula��o considerada desempregada pelas estat�sticas oficiais � formada por pessoas de 14 anos ou mais que est�o sem ocupa��o e que seguem � procura de oportunidades. Quem n�o est� buscando vagas, mesmo sem ter emprego, n�o faz parte desse contingente.

Os dados divulgados nesta sexta ainda n�o refletem poss�veis impactos do Censo Demogr�fico 2022. A contagem da popula��o � a base para a atualiza��o da amostra utilizada na Pnad.

O Censo contabilizou uma popula��o de 203,1 milh�es no Brasil at� 31 de julho de 2022. O n�mero ficou abaixo das proje��es anteriores do IBGE. A estimativa da Pnad at� julho do ano passado, por exemplo, era de 214,1 milh�es de pessoas.

Segundo especialistas, a diferen�a pode gerar revis�es nos indicadores de emprego e desemprego, mas isso depende dos dados do Censo sobre a popula��o por sexo e faixa et�ria, ainda n�o divulgados pelo IBGE. Esses detalhamentos s�o necess�rios para a defini��o da amostra da Pnad.