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Estado de Minas

Mais da metade das federais mineiras adiam in�cio das aulas

Seis das 11 institui��es federais de ensino superior de minas adiam aulas por atraso em matr�culas - UFMG formaliza decis�o at� amanh�. falta de dinheiro amea�a outras atividades


postado em 30/07/2015 06:00 / atualizado em 30/07/2015 07:26

(foto: Arte/D.A Press)
(foto: Arte/D.A Press)

A crise do ensino superior p�blico amea�a o funcionamento de universidades federais de Minas no segundo semestre letivo. Diante da combina��o de greve de servidores, paralisa��o de obras e corte de verbas – foram congelados R$ 1,9 bilh�o em todo o pa�s, dos quais pelo menos R$ 130 milh�es em Minas – mais da metade das institui��es mineiras adiaram o in�cio das aulas e, em alguns casos, reitores avisam que precisar�o de suplementa��o de recursos para manter atividades at� o fim do ano.

O Estado de Minas apurou que seis das 11 institui��es p�blicas do estado adiar�o o in�cio do semestre letivo, previsto para agosto no calend�rio acad�mico: as federais de Juiz de Fora (UFJF), Ouro Preto (Ufop), Lavras (Ufla), Vale do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), do Centro Federal de Educa��o de Tecnol�gica de Minas Gerais. A UFMG afirma que uma reuni�o ser� realizada at� amanh� para formalizar a data de in�cio das aulas, mas professores e coordenador de curso disseram ao EM que j� receberam comunicado sobre o adiamento. “O nosso quadro n�o � diferente das outras universidades e estamos sofrendo com os cortes. Passamos todo o dia tentando negociar com o MEC uma libera��o maior de recursos para pagar as contas, inclusive de luz”, disse um dirigente da universidade, que pediu para n�o ser identificado.

A greve dos t�cnicos afeta todos os setores das universidades e dificulta a formaliza��o de matr�culas e de outros procedimentos administrativos. Na UFMG, o comunicado recebido por parte da comunidade acad�mica informa que as matr�culas dos alunos da gradua��o n�o foram realizadas e que as aulas “n�o come�ar�o at� que, com o fim da greve, a situa��o seja regularizada.” Segundo professores, ainda n�o foi poss�vel sequer lan�ar no sistema o mapa de oferta das disciplinas.

Desde o in�cio do ano as institui��es lidam com sucessivas not�cias de cortes que j� levaram � suspens�o do pagamento de �gua, energia el�trica, redu��o da seguran�a. O contingenciamento e cortes de verbas tamb�m atingiram as pesquisas de ponta. Como o EM mostrou no in�cio do m�s, faltam desde materiais b�sicos nos laborat�rios at� servi�os de manuten��o de equipamentos essenciais.

Na UFJF, onde cerca de 90% dos 1.450 t�cnico-administrativos em educa��o est�o em greve desde o dia 28 de maio, o calend�rio acad�mico do segundo semestre foi adiado nesta semana, por tempo indeterminado. O movimento afeta tamb�m outros setores. O restaurante universit�rio est� fechado e cerca de 5 mil refei��es deixaram se servidas por dia. O servi�o da central de atendimento, o Museu de Arte Murilo Mendes (Mamm) e a Biblioteca Central tamb�m funcionam precariamente.

O Hospital Universit�rio tamb�m est� com atendimento restrito e a Unidade Dom Bosco suspendeu o agendamento de novos atendimentos, enquanto a unidade Santa Catarina atua com 30% de sua capacidade, conforme previsto em lei. “O impedimento de come�ar as aulas no dia 3, como previsto anteriormente, tem rela��o com as matr�culas, j� que n�o houve a fase de entrega e confer�ncia dos documentos em decorr�ncia da greve. N�o temos como iniciar as aulas para os veteranos e come�ar para os calouros posteriormente, at� porque h� disciplinas comuns a esses alunos”, afirmou o reitor da universidade, J�lio Chebli. Apesar de reconhecer o impacto para a comunidade acad�mica, o reitor afirmou que seria um risco come�ar o per�odo letivo sem a confer�ncia. Ele disse estar em “amplo processo de negocia��o” com o Minist�rio da Educa��o.

Reposi��o

A Universidade Federal de Uberl�ndia (UFU) manter� o cronograma, mas as aulas dever�o ter in�cio no final de agosto. De acordo com assessoria de imprensa, isso ocorrer� em fun��o da reposi��o de aulas devido �s greves anteriores. No entanto, a universidade admitiu que a paralisa��o atual tornou mais lentos os tr�mites de documentos e informa��es. As aulas do Cefet Minas, que estavam marcadas para come�ar em 3 de agosto, dever�o ter in�cio somente duas semanas depois, no dia 17, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores de Institui��es Federais (Sindifes). Mesmo em greve, os servidores concordaram em fazer as matr�culas dos estudantes a partir da pr�xima segunda-feira, dia 3.

Al�m da greve dos servidores t�cnicos-administrativos, a UFVJM enfrenta greve de professores em Te�filo Otoni, onde fica um de seus quatro c�mpus. Os docentes das outras tr�s unidades tamb�m j� aprovaram um indicativo de greve e se re�nem em 3 de agosto para definir se paralisam ou n�o as atividades. Em Te�filo Otoni, os professores cruzaram os bra�os no final de junho e nem chegaram a concluir o calend�rio acad�mico do primeiro semestre de 2015. A institui��o ainda n�o tem previs�o para o retorno das aulas da unidade. J� nos outros c�mpus (Diamantina, Una� e Jana�ba), as aulas est�o marcadas para come�ar no dia 10.

O  MEC informou que n�o tem autonomia para definir o calend�rio acad�mico das institui��es. Sustentou ainda que o arrocho imposto pelo governo federal preserva os programas e a��es estruturantes e essenciais do Minist�rio da Educa��o, bem como mant�m os gastos do minist�rio acima do m�nimo constitucional. A pasta reconheceu que buscar� atender pedidos emergenciais das institui��es este ano e informou que o secret�rio de Educa��o Superior do MEC, Jesualdo Farias, recebeu reitores para debater prioridades.

A reivindica��o inicial dos grevistas era de reajuste salarial de 27,3%, relativo � reposi��o de perdas com a infla��o. A proposta do governo foi de um reajuste de 21,5% dividido em quatro anos. Segundo o Sindifes, a categoria fez contraproposta e estaria disposta a negociar se esse per�odo fosse reduzido em at� dois anos, o que n�o foi atendido pelo governo.

 


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