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Estado de Minas

Vagas para alunos cotistas j� s�o maioria em 63 universidades federais

Este foi o primeiro ano em que a reserva para estudantes de escolas p�blicas superou o porcentual aberto � ampla disputa


postado em 04/09/2016 12:20 / atualizado em 04/09/2016 12:44

(foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A Press )
(foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A Press )
S�o Paulo - As 63 universidades federais do pa�s j� oferecem mais vagas para cursos de gradua��o por sistema de cotas e a��es afirmativas do que pelo formato de concorr�ncia comum. Este foi o primeiro ano em que a reserva para estudantes de escolas p�blicas superou o porcentual aberto � ampla disputa, dominado historicamente por alunos oriundos de unidades particulares de ensino.

O aumento foi impulsionado pela Lei 12.711, a chamada lei de cotas. Sancionado e regulamentado em 2012, o texto previa que gradualmente as universidades passassem a destinar vagas para cotas at� que, ao fim de quatro anos, o porcentual atingisse 50% com base em crit�rios sociais e raciais (mais informa��es no quadro ao lado). No primeiro semestre de 2016, foram ofertadas 114,5 mil vagas reservadas (51,7%), ante 113 mil de disputa livre (48,3%). Em 2013, a propor��o destinada a cotas estava em 33,4%.

O cumprimento da meta dos 50%, no entanto, ainda n�o significa que metade dos alunos atualmente matriculados nas universidades tenha vindo da escola p�blica. Relat�rio da Associa��o Nacional dos Dirigentes das Institui��es Federais de Ensino Superior (Andifes) mostrou que as federais tinham, em 2014, 939 mil estudantes, dos quais 305 mil, ou 32,55%, haviam entrado por meio de cota.

A expectativa � de que a reserva para cotas continue aumentando nos pr�ximos anos. Em 2022, est� prevista uma revis�o do texto, que nasceu com argumento de pol�tica provis�ria. Especialistas em Educa��o elogiaram o cumprimento da meta e ressaltaram o papel da inclus�o para a representatividade, mas pediram aten��o �s formas de apoio e assist�ncia a alunos que usam a reserva, dos quais metade � de baixa renda.

“As universidades federais s�o onde se forma a elite intelectual, empresarial e pol�tica do Pa�s. Ent�o, uma universidade mais com a cara do Brasil, representada por negros e pessoas de baixa renda, ajuda a formar uma elite mais consciente”, disse o professor da Universidade Estadual do Rio (Uerj) Andr� L�zaro. “De outra forma, um conjunto de quest�es relevantes para a na��o acaba se perdendo por esse p�blico n�o dispor de uma intelig�ncia formada na linguagem do ensino superior.”

L�zaro pede que um formato de avalia��o seja institu�do mais claramente para que em 2022 possa ser feita uma avalia��o dos efeitos da lei. Hoje, diferentes pesquisadores conduzem an�lises sobre a medida. Um deles � o coordenador do Centro de Pol�ticas P�blicas do Insper, Naercio Menezes Filho, que analisou notas do Enem de beneficiados por cotas.

O estudo mostra que a reserva de vagas n�o provocou queda relevante na nota m�nima nem m�dia de entrada nas institui��es de ensino. “H� muita gente de escola p�blica na disputa. Ent�o, os aprovados acabam entre os 10% com melhor desempenho. As cotas parecem muito boas, porque aumentam a representatividade sem diminuir muito a nota.”

Plural. O estudante Hasani dos Santos, de 22 anos, est� no �ltimo ano de Ci�ncias Sociais na Universidade Federal de S�o Carlos (UFSCar). � o primeiro da fam�lia a entrar em uma universidade. “Minha vis�o de ascens�o sempre foi com o trabalho, nunca tive perspectiva de fazer universidade.” Para ele, cotistas favorecem a pluralidade. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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