
Laura j� n�o precisa de aparelhos para respirar e seus pais, os funcion�rios p�blicos Ricardo Wagner Rodrigues de Carvalho e Priscila, se revezam todos os dias para acompanhar a filha internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Das 11h �s 23h, est�o ao lado de Laura, � espera de que ela d� algum sinal de que est� se recuperando. “Os m�dicos n�o podem nos dar nenhuma previs�o sobre o quadro da menina. Ela chegou a esbo�ar rea��es aos est�mulos dos m�dicos, mas isso n�o se repetiu. As coisas v�o perdendo o sentido, os dias parecem iguais para n�s”, desabafa Ricardo, contando que, para incentiv�-la a reagir, eles t�m levado para o hospital tudo o que ela mais gosta: bonecas, filmes e outros brinquedos.
“Contamos hist�rias para ela. A nossa jornada � muito longa. Nossa estrutura familiar foi muito abalada, perdemos a Ana Fl�via, minha sobrinha. A irresponsabilidade causa um efeito prolongado”, afirma, acrescentando que o carreteiro Leonardo cometeu um crime e, como tal, deve pagar por isso. “Todos os dias acordo e tento me convencer de que isso ocorreu. Ver o quartinho dela do jeito que ela deixou d�i muito.” O Anel Rodovi�rio era um trecho bastante percorrido pela fam�lia que mora no Bairro Dona Clara, Regi�o da Pampulha. Mas, desde aquele dia, Ricardo n�o passa mais por l�.