(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Estat�stica da BHTrans indica 60 mil viagens de t�xi por dia, n�mero considerado baixo

Tr�nsito ruim e concentra��o de ve�culos em pontos est�o entre os motivos


postado em 30/04/2012 07:13 / atualizado em 30/04/2012 07:50

Fila de táxis na Rua Bernardo Guimarães , em Lourdes(foto: Alexandre Alves de Oliveira/Divulgação - 19/4/11)
Fila de t�xis na Rua Bernardo Guimar�es , em Lourdes (foto: Alexandre Alves de Oliveira/Divulga��o - 19/4/11)


A falta de t�xis que irrita quem precisa voltar do trabalho ou retornar do lazer, sobretudo nas noites de fins de semana, pode ser medida pela baixa produtividade do setor. De acordo com a BHTrans os 5.961 ve�culos cadastrados no sistema de transporte realizam 60 mil viagens di�rias. A m�dia � de 12 corridas por dia, segundo a empresa de transporte e tr�nsito. Com o cruzamento dos dados, chega-se a 5 mil ve�culos trabalhando. � como se, todos os dias, 961 t�xis sequer deixassem suas garagens.

Esse rendimento reduzido j� foi percebido pela BHTrans. Todas as vezes que um ve�culo passa por revis�o ou tem o tax�metro aferido, a empresa recolhe um chip com os dados desse t�xi para seu banco de dados. “Isso � um fato: os taxistas de Belo Horizonte passam mais tempo parados do que trafegando. N�o sabemos se nos pontos ou se presos no tr�nsito”, constata a diretora de Atendimento e Informa��o da BHTrans, Jussara Bellavinha.

Questionada se essa produtividade poderia ser um ind�cio de que muitos permission�rios usam m�o de obra de auxiliares em vez de trabalhar, a diretora disse acreditar que isso pode ser indicativo, mas que ser� combatido com mais efici�ncia com a implanta��o do sistema biom�trico. “Vamos poder saber quando um permission�rio n�o produz o m�nimo de 36 horas que o servi�o requer para que a cidade seja bem atendida”, afirma.

O presidente da cooperativa Uni-T�xi, Jos� Ant�nio Fran�a, diz que a m�dia de tempo de suas corridas � de 20 minutos. Ele confirma que h� muita gente que acaba ociosa, mas porque n�o consegue chegar ao passageiro. Jos� Ant�nio defende que haja estudos mais rigorosos para saber realmente qual a necessidade de t�xis da cidade. “Temos de saber qual o impacto disso. E o impacto do tr�nsito? Ser� que falta t�xi ou o tr�nsito n�o deixa os companheiros trabalharem? Um estudo precisa ser feito”, cobra. Para ele, o simples aumento de carros com a licita��o para 605 ve�culos que est� para ser encerrada no dia 11 de junho n�o ser� suficiente. “Quando aumenta a frota tem de criar mais pontos. Onde ser�o implantados os novos pontos? No Centro? Ser� que cabe? Vamos reduzir as vagas e fazer mais pontos?”, questiona.

Sistema biométrico que a BHTrans vai implantar para monitorar jornada de trabalho de taxistas(foto: Marcos Michelin/EM/DA Press - 24/2/12)
Sistema biom�trico que a BHTrans vai implantar para monitorar jornada de trabalho de taxistas (foto: Marcos Michelin/EM/DA Press - 24/2/12)
Localizador


Com uma m�dia de tempo por corrida de 25 minutos, o diretor de administra��o comercial da Coomot�xi, Cristian Carlos Soares, conta que consegue administrar a produ��o da sua cooperativa por meio de despachos eletr�nicos. Cada ve�culo � dotado de localizador por sat�lite e r�dio. “Antes, a atendente tinha 40 corridas na tela e gastava 15 minutos s� para chegar na �ltima. Hoje isso � autom�tico. O motorista que estiver mais perto j� � acionado pelo sistema”, conta.

O diretor comercial da Cooper BH T�xi, Ed de Souza, confia na implanta��o do sistema de aberturas de corridas pela biometria – que dever� se equipado em toda a frota em tr�s anos, segundo expectativa da BHTrans – para melhorar o servi�o de t�xis em Belo Horizonte. “Vai ser muito vantajoso. Vamos acabar com os propriet�rios de t�xi que nunca trabalharam. Vai melhorar o controle de corridas e ter fiscaliza��o maior disso da�. O problema � a carga hor�ria. Somos uma categoria aut�noma e cada um faz seu hor�rio de trabalho”, disse.

Para o doutor em Engenharia de Transportes e diretor da consultoria ImTraff, Frederico Rodrigues, a concentra��o de t�xis nos pontos prejudica a sua utiliza��o nos hor�rios de maior demanda. “Tem-se muitas filas onde a rotatividade � baixa. Os ve�culos esperam uma hora para fazer uma corrida. N�o temos todos os t�xis em opera��o simultaneamente”, avalia.

O presidente do Sindicato dos Taxistas (Sincavir), Dirceu Efig�nio, informou que a entidade � representante de classe e n�o fiscaliza a atividade, por isso n�o comentaria os alugu�is de t�xis ou a baixa produtividade, principalmente por discordarem do m�nimo de 36 horas semanais de trabalho que a BHTrans deseja impor aos permission�rios.

Outras capitais tamb�m n�o licitam.

A licita��o do sistema de t�xis n�o contempla o setor por inteiro em nenhuma das grandes capitais brasileiras. Na maior cidade do Brasil, S�o Paulo, n�o h� licita��es, mas sorteios de placas realizados pela prefeitura. Pelo menos 32 mil ve�culos circulam pela metr�pole. No Rio de Janeiro, 32 mil autoriza��es de t�xis est�o ativas e o sistema tamb�m n�o passou por concorr�ncia p�blica. O com�rcio de licen�as era livre at� o ano passado, quando a Justi�a expediu liminar impedindo transfer�ncias e cobrando licita��o no setor. Em Curitiba, circulam 2.250 ve�culos e n�o h� processo licitat�rio para as concess�es. A Prefeitura de Porto Alegre, por sua vez, proibiu as transfer�ncias de permiss�es. Das 3.925 autoriza��es de t�xi em vig�ncia, nenhuma foi licitada. Em Belo Horizonte, at� o ano de 1995, todas as quase 6 mil concess�es foram distribu�das sem licita��o. Naquele ano, a BHTrans lan�ou o primeiro edital, para 350 vagas, das quais 288 ainda rodam hoje. Este ano, 605 licen�as ser�o concedidas em licita��o que termina em 11 de junho. Na capital mineira rodam 5.961 ve�culos. Cadastrados na empresa h� 5.955 permission�rios, que s�o os titulares da licen�a, e 5.309 auxiliares, que pagam aluguel e s� podem trabalhar nos ve�culos em que foram cadastrados.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)