
Uma opera��o da Pol�cia Civil realizada pela Divis�o Especializada de Atendimento da Mulher, do Idoso e do Portador de Defici�ncia, terminou com a pris�o de sete agressores de mulheres presos. Os suspeitos foram detidos por descumprirem medidas protetivas estipuladas pela Justi�a. Os suspeitos foram apresentados na tarde desta quarta-feira.
Os agressores que n�o obedeciam � determina��o judicial foram identificados pelo Grupo de repress�o � viol�ncia dom�stica (GRVD), criado h� tr�s semanas. Comandado pela delegada Renata Rodrigues de Oliveira Batista, o setor vai focar nas medidas protetivas para tentar evitar que elas sejam burladas. A opera��o, denominada como Combate e Atitude, seria para cumprir 15 mandados de pris�o. Por�m, apenas sete homens foram encontrados pelos policiais.
De acordo com a delegada Renata Rodrigues, um dos presos havia sido denunciado por 18 vezes pela v�tima por descumprir as medidas. “O grupo foi criado para preservar a integridade f�sica e mental das v�timas”, afirmou a delegada. Um dos agressores que n�o foi localizado chegou a usar a tornozeleira eletr�nica, mas conseguiu se desfazer do equipamento e fugir.
Um dos homens presos, Fernando Ferreira, 34 anos, tentou se defender das acusa��es. “A mulher invadiu a minha casa, destruiu meu patrim�nio e me agrediu. Para mim, n�o tem como n�o burlar a lei, pois sou vizinho e tenho dois filhos com ela. Por isso n�o tem como eu ficar mais de 500 metros de dist�ncia dela”, disse.
A opera��o foi montada para tentar diminuir o descumprimento por parte dos agressores. Quase sete anos depois da Lei Maria da Penha, que co�be a viol�ncia dom�stica, 80% dos agressores ignoram a lei e passam por cima das medidas de prote��o �s mulheres em Belo Horizonte. Os dados foram repassados pela Delegacia Especializada de Atendimento � Mulher.
Segundo a delegada Margaret de Freitas, de janeiro a mar�o deste ano, a Justi�a expediu 2,4 mil medidas protetivas. No ano passado, foram quase 10 mil pedidos.