Empresa de telecomunica��es � condenada a indenizar atendente homossexual

Uma empresa de telecomunica��es de Belo Horizonte vai pagar indeniza��o para uma ex-funcion�ria que foi hostilizada no ambiente de trabalho por ser homossexual. A trabalhadora entrou com processo dizendo que foi v�tima de ass�dio moral, porque intensa persegui��o e recebia tratamento desigual por parte de sua supervisora. O caso foi julgado pela ju�za June Bay�o Gomes Guerra, na 28ª Vara do Trabalho de BH que determinou pagamento de R$7 mil para a ex-empregada.

A funcion�ria trabalhava no posto de atendimento telef�nico, fazendo marca��o de servi�os de instala��o de TV a cabo. Durante os depoimento do processo, uma testemunha disse que viu a supervisora chamar a ex-empregada de "sapat�o", "coisinha" e "bruxa. Na ocasi�o, a subordinada foi ao banheiro chorar e pouco tempo depois, foi dispensada do emprego. Al�m das ofensas, a chefe colocava a atendente para se sentar ao fundo da sala e que chegou a aconselhar os demais a n�o se sentarem perto dela, porque sofreriam "m� influ�ncia". Outra testemunha disse que foi alertada pela supervisora para n�o ficar pr�xima � atendente porque ela era l�sbica.

Para a ju�za, ficou comprovado que a empresa, por interm�dio da supervisora, criou um clima tenso e hostil para a trabalhadora, com discrimina��o, humilha��es e at� segrega��o no ambiente de trabalho. "Trata-se de n�tida ofensa � dignidade da empregada, bem como ao direito � honra e a imagem da pessoa humana", destacou. Segundo a magistrada, a empresa ultrapassou os limites de seu poder diretivo e disciplinar, incorrendo em verdadeiro abuso de direito. Assim a ju�za, condenou a empresa ao pagamento de indeniza��o. A decis�o foi mantida pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em grau de recurso e j� transitou em julgado.