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Estado de Minas

M�dicos desistem do interior de Minas

Cai de 88 para 86 o n�mero de profissionais que trabalhar�o pelo programa federal em Minas. S� num munic�pio, 150 pacientes seriam atendidos por semana no posto de sa�de


postado em 23/08/2013 06:00 / atualizado em 23/08/2013 06:39

"Todos eles (m�dicos estrangeiros) falam portugu�s. J� trabalharam em Portugal e em pa�ses da �frica em que se fala portugu�s", Helv�cio Magalh�es, secret�rio de Aten��o � Sa�de do Minist�rio da Sa�de (foto: ED�SIO FERREIRA/EM/D.A PRESS)


Cl�ber Martins andava de um lado para o outro, aflito. Na manh� de ontem, em Belo Horizonte, enquanto participava de reuni�o entre o Minist�rio da Sa�de e prefeituras mineiras que devem receber bolsistas do programa Mais M�dicos, o secret�rio de Sa�de de Ibia� soube que a profissional designada para o munic�pio do Alto Parana�ba havia desistido. “Estamos apavorados. Ela mora em Montes Claros e acabou de me ligar, dizendo que est� se preparando para fazer resid�ncia. Ent�o, por que se inscreveu? Devia ter pensado nisso antes”, reclamou.

O profissional destinado a outra cidade mineira, Virgem da Lapa, no Vale do Jequitinhonha, tamb�m desistiu, informou ontem o minist�rio. “N�o estava sabendo disso. Ele era formado na Espanha. A previs�o era que atendesse 150 pacientes por semana. Ficamos decepcionados e preocupados. Temos car�ncia muito grande de m�dicos”, afirmou o secret�rio de Sa�de do munic�pio, Patrick Warner Martins Murta.

Os dois casos contribu�ram para reduzir a 86 a quantidade de bolsistas confirmados para Minas, 71 formados no Brasil e 15 no exterior. Nada garante que os n�meros se mantenham, j� que � poss�vel que haja mais desist�ncias. At� agora, apenas 4,7% dos pedidos feitos por prefeituras mineiras ser�o atendidos. Somente 45 munic�pios devem ser beneficiados, 9,1% dos 495 que aderiram ao programa.

As desist�ncias se juntam aos 13 m�dicos com diploma estrangeiro que estavam confirmados para Minas em balan�o divulgado no dia 14, mas acabaram n�o apresentando documentos exigidos para a conclus�o do processo de cadastramento, segundo o minist�rio. Os munic�pios prejudicados com as baixas ficam de fora da lista dos beneficiados pela primeira rodada de inscri��es do programa federal.

Eles ter�o que aguardar o resultado da segunda fase de sele��o, que foi aberta segunda-feira e termina no dia 30. Os profissionais formados no Brasil devem come�ar a trabalhar em 2 de setembro. O minist�rio informou que os formados no exterior designados para Minas come�am a chegar amanh� a BH, onde devem participar de treinamento supervisionado pela UFMG entre os dias 26 deste m�s e 13 de setembro. Esse grupo passar a atuar em 16 de setembro.

L�ngua portuguesa

O secret�rio de Aten��o � Sa�de do minist�rio, Helv�cio Magalh�es, acredita que o baixo n�mero de bolsistas confirma uma car�ncia de profissionais no Brasil. “Temos enorme defici�ncia na oferta de m�dicos”, afirmou na reuni�o na manh� de ontem. Ele voltou a defender a vinda de estrangeiros, inclusive dos 4 mil cubanos que devem chegar at� o fim do ano e cuja contrata��o foi anunciada quarta-feira pelo ministro de Sa�de, Alexandre Padilha.

Magalh�es recha�ou a cr�tica de que os m�dicos caribenhos poder�o ter problemas para falar e compreender a l�ngua portuguesa. “Todos eles falam portugu�s. J� trabalharam em Portugal e em pa�ses da �frica em que se fala portugu�s”, ressaltou.

As prefeituras t�m at� segunda-feira para confirmar a participa��o dos profissionais selecionados e indicar as unidades de sa�de onde eles v�o atuar. Os gestores tamb�m devem informar a forma de custeios da moradia e da alimenta��o dos bolsistas, al�m de oferecer o traslado do aeroporto at� o munic�pio de destino.

No caso de locais de dif�cil acesso, ainda devem oferecer transporte di�rio da moradia do m�dico at� o local de trabalho. Os selecionados pelo Mais M�dicos recebem bolsa de R$ 10 mil. O minist�rio ainda concede ajuda de custo em tr�s valores: R$ 30 mil para quem atuar na Amaz�nia Legal, em regi�es de fronteiras e �reas ind�genas; R$ 20 mil para quem trabalhar no Nordeste do pa�s, no Centro-Oeste e, em Minas, no Vale do Jequitinhonha; de R$ 10 mil para os demais munic�pios. Em todo o pa�s, 1.338 bolsistas devem ir para 514 cidades.

Saiba mais

Medida provis�ria

O programa Mais M�dicos foi institu�do em medida provis�ria pela presidente Dilma Roussef em 8 de julho. Os profissionais selecionados devem trabalhar por tr�s anos na �rea de aten��o b�sica. A iniciativa prioriza munic�pios do interior e periferias de grandes cidades. Os formados no exterior n�o precisam revalidar o diploma, etapa exigida para os que n�o participem do programa e queiram atuar no Brasil. Os bolsistas vindos de fora, por�m, precisam obter registro provis�rio expedido por conselho regionais de medicina.


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