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Estado de Minas

Em j�ri, testemunhas falam do relacionamento entre �rika Passarelli e o pai

Tr�s testemunhas foram ouvidas na tarde desta segunda-feira. Ex-estudante � julgada por um j�ri formado por tr�s mulheres e quatro homens


postado em 10/02/2014 16:48 / atualizado em 10/02/2014 17:47

Érika Passarelli é acusada de planejar a morte do pai para receber cerca de R$ 1,2 milhão em apólices de seguro(foto: Renata Caldeira/TJMG)
�rika Passarelli � acusada de planejar a morte do pai para receber cerca de R$ 1,2 milh�o em ap�lices de seguro (foto: Renata Caldeira/TJMG)

O julgamento de �rika Passarelli, acusada de arquitetar a morte do pai, M�rio Jos� Teixeira Filho, de 50, para receber cerca de R$ 1,2 milh�o em ap�lices de seguro, segue com a oitiva de testemunhas no F�rum Edmundo Lins, em Itabirito, na Regi�o Central de Minas Gerais. Ao todo, tr�s pessoas foram ouvidas – um corretor de seguros, um amigo da v�tima e o padrasto da r�. Os dois �ltimos relataram o conv�vio entre a ex-estudante e o pai.

O primeiro a ser ouvido foi o corretor de seguros, Marcelo de Almeida, que esclareceu a contrata��o de seguro por parte de M�rio. Segundo ele, a v�tima, ao assinar a ap�lice, disse que viajava muito e tinha medo de morrer durante esse tempo que ficava fora de casa. Conforme a testemunha, Teixeira deixou claro que o seguro garantiria os estudos de seu filho mais novo e que �rika seria a tutora da crian�a, caso ele morresse.

O corretor afirmou que os seguros n�o seriam feitos se ele tivesse conhecimento de que a ex-estudante j� havia sido condenada por estelionato. Tamb�m ressaltou que n�o houve pagamento � r�, pois a ap�lice foi cancelada quando o inqu�rito sobre a morte de M�rio foi aberto.

O segundo a ser ouvido foi Carlos Manuel Rosa, que � amigo de M�rio. A testemunha ressaltou a rela��o entre a r� e a v�tima. Segundo ele, M�rio levou v�rias vezes �rika em sua casa e sempre a chamou de “minha loirinha”. Tamb�m afirmou que ela era a filha preferida da v�tima.

Carlos disse que M�rio era uma pessoa "maquiav�lica" que n�o gostava sequer de si mesmo. Tamb�m contou que n�o tem conhecimento de nada que desabone a conduta da r�. Falou ainda que visita a r� todos os domingos no pres�dio em que ela se encontra.

Tamb�m foi ouvido o padrasto de �rika, o m�dico Fernando Drumond Teixeira. Ele contou que conheceu a r� quando ela tinha 20 dias de vida. Segundo ele, Passarelli era a xod� do pai e o filha que mais o preocupava.

O m�dico contou que ap�s a morte do pai, a r� passou a apresentar um quadro de depress�o que perdura at� hoje. Ele chegou a prescrever medicamentos para ela, os quais provocavam efeitos colaterais, entre eles, amn�sia. O cardiologista contou que est� convicto que �rika � inocente.

Ao promotor, o m�dico respondeu que a r�, pelo comportamento criminoso reiterado, poderia ser considerada doente. Ele comentou que n�o recomendou que a enteada fugisse do estado e n�o sabia onde ela esteve quando foragida. O depoimento terminou por volta das 17h10. Em seguida, o juiz come�ou a leitura de pe�as.

Ex-estudante ao lado de seus advogados no Fórum de Itabirito(foto: Renata Caldeira/TJMG)
Ex-estudante ao lado de seus advogados no F�rum de Itabirito (foto: Renata Caldeira/TJMG)


J�ri

Assim que come�ou a sess�o, na manh� desta segunda-feira, o advogado de �rika, Fernando Magalh�es, pediu a palavra e reclamou da aus�ncia de um promotor natural na comarca de Itabirito. Segundo defensor, a promotoria trabalha na cidade em regime de coopera��o. Hoje, a acusa��o � feita por Cristian Lucio da Silva. Mesmo com a interven��o, a sess�o prosseguiu com o sorteio dos jurados feito pelo juiz Ant�nio Francisco Gon�alves que � o presidente do Tribunal do J�ri. Tr�s mulheres e quatro homens julgar�o a r�.

O crime

M�rio Jos� foi executado em agosto de 2010. O corpo foi achado com tr�s tiros �s margens da BR-356. Al�m de �rika, o ex-namorado Paulo Ricardo de Oliveira Ferraz, 19, e o sogro, o cabo da Pol�cia Militar, Santos das Gra�as Alves Ferraz, de 47, tamb�m respondem pelo crime, acusados da execu��o. Pai e filho foram presos e liberados por alvar� de soltura. O processo foi desmembrado, por isso os outros dois r�us ser�o julgados em outra ocasi�o.

O crime foi cometido depois que o pai da jovem contratou tr�s seguros de vida totalizando R$ 1,2 milh�o cuja filha seria a �nica benefici�ria. O plano dos dois era encontrar um corpo para forjar a morte de M�rio. A estudante receberia os seguros e dividiria o dinheiro com o pai. No entanto, enquanto tentavam aplicar esse golpe milion�rio, eles tiveram um desentendimento e, paralelamente, �rika arquitetou a morte do pai, pedindo ajuda ao namorado e ao sogro.

Os rastros de �rika foram seguidos durante quase dois anos. At� a Pol�cia Federal ajudou na procura pela mulher. A pol�cia teve not�cias dela em Paranagu� (PR), no interior de Minas e na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, antes de encontr�-la no Rio de Janeiro em mar�o de 2012, em uma casa de prostitui��o. Al�m do crime contra o pai, a ex-estudante j� respondeu a v�rios processos de estelionato por golpes aplicados em lojas de BH.


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