Bruno Freitas
Promessa de retomada da qualidade do transporte coletivo para os passageiros e agilidade para o tr�nsito, o Move completa amanh� seis meses de implanta��o das tr�s primeiras linhas cercado por desafios. O principal deles, a velocidade dos �nibus abaixo do previsto nas vias fora dos corredores exclusivos, o que tem se refletido diretamente na qualidade do sistema de transporte r�pido por �nibus (BRT) oferecido aos usu�rios.
Dos cinco benef�cios para a popula��o anunciados pela BHTrans em 8 de mar�o, quando os �nibus articulados ganharam as ruas, agilidade, conforto, pontualidade, seguran�a e integra��o, tr�s s�o alvo de queixas recorrentes das 400 mil pessoas que hoje usam o sistema: agilidade, conforto e pontualidade. A previs�o � de que o sistema, operando em sua plenitude, ir� atender 700 mil passageiros/dia nas 81 linhas integradas a quatro esta��es.
A solu��o a curto prazo para a lentid�o nas vias de tr�nsito misto, sinaliza a BHTrans, � a instala��o de radares de invas�o de faixa exclusiva, coibindo carros e motos que hoje circulam impunes e prejudicam a fluidez do Move. Apesar dos problemas, a empresa que gerencia o transporte e o tr�nsito na capital defende que j� foram alcan�ados ganhos significativos com o BRT, como a possibilidade de integra��o entre diferentes linhas de �nibus – pagando uma �nica tarifa em at� tr�s itiner�rios – e seguran�a, al�m de esta��es com pagamento antecipado, embarque em n�vel e �nibus de maior capacidade, com ar-condicionado. “No m�dio prazo, temos a sensa��o de uma troca modal muita intensa na cidade”, sustenta o presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar.
Tendo por base o argumento de que todos os ajustes para melhoria de qualidade do Move est�o sendo feitos gradativamente, por meio de ferramentas e equipamentos de monitoramento, a BHTrans sustenta que, depois da implanta��o inicial, em oito fases, a redu��o da quantidade de �nibus convencionais nas avenidas Cristiano Machado, Ant�nio Carlos, Pedro I e Vilarinho trouxe ganhos importantes em termos de fluidez para ve�culos particulares.
Na primeira via, o total de coletivos que circulavam na pista mista passou de 293 para 135, redu��o de 37%. J� na Ant�nio Carlos, houve redu��o acumulada de 64%, passando de 354 �nibus convencionais na pista mista para 129.