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Estado de Minas

Recursos federais para revitaliza��o do Rio S�o Francisco caem 70%

A revitaliza��o ficou s� na promessa: S�rie do EM mostra que investimento em preserva��o encolheu, enquanto verba para retirar recursos h�dricos da bacia cresceu 47%


postado em 12/10/2014 06:00 / atualizado em 12/10/2014 10:31

Em Iguatama, primeira cidade cortada pelo rio, troncos e bancos de areia formaram um dique sob ponte. Região não vê dinheiro para recuperação ambiental desde 2011(foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
Em Iguatama, primeira cidade cortada pelo rio, troncos e bancos de areia formaram um dique sob ponte. Regi�o n�o v� dinheiro para recupera��o ambiental desde 2011 (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)


Iguatama – As eros�es que por anos escavaram pastagens nas barrancas do Rio S�o Francisco, despejando terra, ra�zes, galhos e �rvores inteiras no leito, formaram um dique nos pilares da ponte que corta Iguatama, a primeira cidade por onde passa o curso d’�gua, no Centro-Oeste de Minas. Por causa da seca, pescadores viram quando essa represa se formou sobre os bancos de areia e reduziu o Velho Chico, de uma c alha de 40 metros de largura e quatro metros de profundidade, a um estreito corredor de 17 metros, t�o raso que mal chega a 40 cent�metros nas canelas de quem passa por ele. Mas a estiagem n�o � a �nica vil� desta que � considerada a pior situa��o do manancial em todos os tempos. Desde 2011, a regi�o deixou de receber investimentos para a��es de preserva��o, como a conserva��o de margens, cercamento de nascentes e recomposi��o de matas ciliares. Est� longe de ser uma situa��o isolada: ela se repete ao longo dos 2.700 quil�metros do curso por cinco estados, j� que a Uni�o fechou a torneira para a preserva��o do rio, ao mesmo tempo em que aumentou os investimentos para retirar �gua da bacia, com as obras de transposi��o.

Veja imagens da degrada��o do Rio S�o Francisco




Usando a metodologia dos auditores do Tribunal de Contas da Uni�o, que avaliaram as 41 a��es do Programa de Revitaliza��o do Rio S�o Francisco entre 2004 e 2011, a reportagem do Estado de Minas constatou que os investimentos da Uni�o em revitaliza��o encolheram 68,4% nos �ltimos tr�s anos – de R$ 363 milh�es, em 2012, para R$ 115 milh�es neste ano, segundo dados da Controladoria-Geral da Uni�o. Do total de a��es que comp�em o programa, 25 simplesmente deixaram de ser aplicadas. Enquanto isso, os investimentos para a transposi��o das �guas do Velho Chico para canais no semi�rido nordestino aumentaram 47% desde 2012, saltando de R$ 703 milh�es para R$ 1,035 bilh�o no mesmo per�odo.

“Em 2006, o presidente Lula garantiu que, para cada real gasto na transposi��o do Rio S�o Francisco, um real seria investido em revitaliza��o. S� que esse n�vel de investimentos nunca ocorreu. A situa��o do rio s� piorou”, considera o presidente do Comit� da Bacia Hidrogr�fica do Rio S�o Francisco, Anivaldo Miranda. Hoje, a entidade destaca que o curso d’�gua principal e seus afluentes enfrentam a “mais grave crise de todos os tempos”.

Coordenador do Programa de Revitaliza��o, o Minist�rio do Meio Ambiente admite a seca em v�rias a��es de conserva��o e melhoria da qualidade das �guas do Velho Chico, que agora passam por reavalia��o t�cnica. Contudo, enquanto os recursos para aumentar a quantidade e a qualidade de �gua da bacia hidrogr�fica somaram R$ 760 milh�es desde 2012 e agora est�o paralisados, o aporte para as obras de transposi��o alcan�ou R$ 2,7 bilh�es no tri�nio, e chegar� a R$ 8,2 bilh�es em dezembro de 2015, quando a obra deve iniciar a opera��o de bombeamento de �gua.

Clique para ver mais detalhes do infográfico(foto: Arte EM)
Clique para ver mais detalhes do infogr�fico (foto: Arte EM)

 

 


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