Rio Verde Grande, um dos afluentes do Rio S�o Francisco, volta a correr

Luiz Ribeiro e Luana Cruz

O Rio Verde Grande, um dos afluentes do Rio S�o Francisco no Norte de Minas, voltou a correr. O retorno do manancial virou atra��o. Na manh� de ontem, em clima de festa, dezenas de moradores do munic�pio de Ja�ba se concentraram junto � ponte sobre o rio, que corta a cidade, para testemunhar a volta da �gua, que n�o corria havia tr�s meses. “A cidade foi tomada por um clima de alegria”, afirmou o locutor Adailton Gomes de Souza, morador de Ja�ba.

Mas a regi�o ainda sofre com os efeitos de uma das piores secas da hist�ria. Conforme Adailton, o leito do Verde Grande ficou t�o seco “que foi transformado em estrada para a passagem de motos”. Moradores vinham fazendo ora��es, pedindo chuva. Por isso, muitos deles agradeceram pela volta da �gua ao rio, atribuindo o fato �s b�n��os dos c�us.

A �gua que corre vem das chuvas dos �ltimos dias nas cabeceiras do rio, nos munic�pios de Montes Claros, Juramento e Boca�uva. E, apesar da festa, os moradores de Ja�ba v�o continuar sofrendo com a seca, porque l� o per�odo chuvoso ainda n�o come�ou.

Idelmar Pereira da Silva, t�cnico da Empresa de Assist�ncia T�cnica e Extens�o Rural (Emater) no projeto de irriga��o do Ja�ba, informa que os moradores est�o na expectativa de que o per�odo chuvoso comece logo. “� importante que chova logo, e por um certo tempo, para que os produtores possam plantar e colher.” Plantios do projeto Ja�ba s�o irrigados com �gua do Rio S�o Francisco. Mas, por causa da estiagem e da redu��o do volume liberado pela Usina Hidrel�trica de Tr�s Marias, desde junho est�o suspensos os cultivos no per�metro.

RACIONAMENTO

O pequeno volume de chuvas na Regi�o Centro-Oeste de Minas n�o foi suficiente para tirar as cidades de Oliveira e Formiga do racionamento. Os munic�pios investiram em a��es de conscientiza��o da popula��o, fiscaliza��o do desperd�cio e po�os artesianos, mas sem desativar os esquemas de interrup��o de fornecimento aos consumidores.

Vi�osa, na Zona da Mata, tamb�m sofre com a estiagem. No final de outubro, o racionamento de �gua foi ampliado de 12 para 24 horas. O abastecimento estava sendo interrompido em alguns bairros, por escala, desde o �ltimo dia 10, e mesmo assim a a��o n�o estava resolvendo o problema.

Outro problema � que determinados locais estavam ficando sem �gua durante o fornecimento. Isso por causa da baixa press�o nas tubula��es da adutora que usa a gravidade para impulsionar a �gua. Os t�cnicos, ent�o, passaram a realizar manobras para atender as regi�es afetadas.