
Os guardas municipais de Belo Horizonte fazem um protesto na manh� desta sexta-feira depois da confus�o com policiais militares, que terminou com uma servidora baleada. O grupo saiu em passeata pelo Centro da capital. Os profissionais reivindicam melhores condi��es de trabalho, principalmente a autoriza��o para o uso de arma de fogo. Os guardas fazem uma paralisa��o de 24 horas e de acordo com o Sindicato dos Servidores P�blicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), a categoria pode entrar em greve na pr�xima quarta-feira se n�o houver negocia��o com a prefeitura.

A guarda ferida ontem, L�lia Emiliano, de 27 anos, passou por cirurgia na madrugada desta sexta e est� bem, conforme informou a Funda��o Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig). A assessoria de imprensa da funda��o n�o deu detalhes do procedimento. Lilia continua internada no Hospital Jo�o XXIII, para onde foi transferida por volta de 20h30 depois dos primeiros atendimentos no Hospital Odilon Behrens. A guarda deu entrada na unidade de sa�de com uma fratura na mand�bula provocada por bala de borracha.
A briga entre guardas e PMs aconteceu na tarde de quinta-feira. Segundo informa��es do guarda municipal Maicon de Almeida Macedo Santos, L�lia e outros quatro agentes faziam abordagens � pessoas que estavam oferecendo transporte irregular nas imedia��es da rodovi�ria de BH, quando o militar reformado Daleimar Il�rio Moreira, de 47 anos, foi flagrado praticando a atividade irregular. Ele reagiu � abordagem de guardas com empurr�es e chutes.
Para cont�-lo, um guarda fez contra ele um disparo de arma de choque (taser) e deu voz de pris�o. O abordado disse que era policial militar, mas, segundo os guardas, n�o apresentou documento. Em seguida, ele pegou o celular e ligou para o 190. Momentos depois, tr�s viaturas da Pol�cia Militar chegaram ao local. De acordo com o tenente-coronel Gedir Rocha, subcomandante do 1º Batalh�o, a central de atendimento da PM (190) recebeu um chamado de tentativa de homic�dio.
Os PMs cercaram os agentes da prefeitura dizendo que eles n�o podiam efetuar a pris�o de um militar. Novos empurr�es come�aram e, segundo a vers�o de Santos, um policial sacou uma arma calibre doze com muni��o de borracha e atirou. A guarda, que foi atingida e teve o lado direito da bochecha transpassado pela bala, n�o participava da confus�o e apenas estava pr�xima ao tumulto.
A vers�o de populares que estavam pr�ximo ao conflito e viram a cena, no entanto, � diferente. Segundo eles, no meio da confus�o a arma do policial teria disparado acidentalmente. L�lia foi socorrida, enquanto o guarda F�bio Vaz Peixoto, de 34 anos, foi detido por desacato. O sargento reformado suspeito de transporte clandestino e o PM que disparou tamb�m foram para a delegacia. As corregedorias das duas corpora��es acompanharam o caso.
Boletins de ocorr�ncia
Depois de toda confus�o, a Guarda Municipal registrou boletim de ocorr�ncia com pedido de apura��o dos crimes de amea�a, abuso de autoridade, transporte clandestino de passageiros e les�o corporal de natureza grave. Ainda na quinta-feira, os guardas sa�ram em passeata protestando contra as condi��es de trabalho.
Conforme o tenente-coronel Gedir Rocha, o B.O feito pela PM tem registro de les�o corporal contra a L�lia e desacato por parte do guarda F�bio Vaz. O policial Daleimar Il�rio est� � disposi��o da Justi�a e um inqu�rito foi aberto pela PM para apurar a situa��o.
REIVINDI��OES A Prefeitura de Belo Horizonte informou, em nota, que ainda n�o recebeu pauta do Sindicato dos Servidores P�blicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel) com as poss�veis reivindica��es. Segundo a PBH, n�o existe sucateamento de materiais permanentes, servi�o e de consumo.
(Com informa��es de M�rcia Maria Cruz e Thiago Lemos)