
Imprud�ncia, aus�ncia de a��es que amenizem acidentes, defici�ncias na opera��o da rodovia e nenhuma previs�o para obras definitivas. As falhas que se eternizam e tiram vidas no Anel Rodovi�rio de Belo Horizonte ficaram mais uma vez evidentes depois que uma carreta atingiu 10 ve�culos, matando uma pessoa e ferindo outras quatro na noite de quarta-feira, no trecho mais perigoso da via, conhecido como descida do Bet�nia, na Regi�o Oeste de BH. A Pol�cia Civil j� come�ou a investigar o caso e a per�cia vai verificar se o ve�culo de carga estava acima dos 60 km/h permitidos quando ficou desgovernado. Aos policiais, o motorista Daniel Fabr�cio Faleiro, de 34 anos, disse que uma falha mec�nica causou o acidente. Especialistas afirmam que n�o d� mais para esperar pela sonhada reforma da estrada, cuja �ltima v�tima foi Luiz Andr� Al�pio Ara�jo, de 43, que trabalhava como restaurador de carros antigos. O problema � que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) afirma que neste ano n�o h� chance de as m�quinas come�arem os trabalhos nos 26,5 quil�metros mais movimentados da capital mineira.
Para o coordenador do curso de engenharia de transportes do Cefet/MG, Guilherme Leiva, a requalifica��o do Anel Rodovi�rio, que eliminaria problemas como acessos prec�rios e aus�ncia de pistas marginais, est� atrasada pelo menos 10 anos. “A ocupa��o que se tem no entorno do Anel n�o � compat�vel com o tr�nsito que circula por ele”, afirma o especialista. Ele lembra tamb�m que t�o importante quanto reformar a via � criar o Rodoanel, para retirar de dentro da capital o fluxo de carga e de longas dist�ncias.
O superintendente do Dnit em Minas, Evandro Fonseca, afirma que t�cnicos do �rg�o est�o trabalhando para finalizar o anteprojeto da reforma. O documento, afirma, leva em conta os estudos anteriores, mas descarta come�ar a obra apenas por trechos priorit�rios, como havia sido cogitado pela gest�o anterior. “Estamos considerando todo o Anel Rodovi�rio. A obra ser� feita pelo Regime Diferenciado de Contrata��o Integrada, no qual a empresa vencedora ser� respons�vel tamb�m por detalhar as interven��es. Nossa expectativa � terminar esse documento at� novembro”, informa. Sobre o in�cio efetivo da obra, Fonseca afirma que essa decis�o ser� tomada por Bras�lia.