
A Justi�a autorizou a Pol�cia Civil a ampliar o prazo do inqu�rito que apura as circunst�ncias do rompimento da Barragem do Fund�o, pertencente � mineradora Samarco, em Mariana, em 5 de novembro. O prazo legal de 30 dias se encerraria neste s�bado, mas o delegado regional de Ouro Preto, Rodrigo Bustamante, respons�vel pelo caso, se antecipou em pedir mais tempo, relatando ao juiz Frederico Esteves Gon�alves, da Comarca de Mariana, a s�rie de motivos que justificam a necessidade da prorroga��o. “Nosso objetivo era garantir que os trabalhos tivessem prosseguimento, sem interrup��o no ritmo das apura��es”, destacou.
O policial argumentou que o inqu�rito � muito complexo e que a investiga��o exige a realiza��o de in�meras dilig�ncias e per�cias, consideradas imprescind�veis para a apura��o das circunst�ncias do acidente e as responsibilidades dos envolvidos. No momento, o inqu�rito se encontra em fase de instru��o, com a coleta de depoimentos de testemunhas e investigados.
Paralelamente � Pol�cia Civil, a Pol�cia Ferderal (PF) tamb�m investiga a trag�dia. O pedido de apura��o por parte da corpora��o foi feito pelo Minist�rio P�blico Federal (MPF). O inqu�rito foi aberto no dia 17 de novembro para verificar os crimes ambientais provocados pelo rompimento da barragem de rejeitos de minera��o da Samarco, que � controlada pela Vale e a BHP.
De acordo com a PF, a abertura de inqu�rito aconteceu porque os rejeitos atingiram o Rio Doce, que � bem da Uni�o, j� que banha mais de um Estado. A corpora��o vai apurar os poss�veis crimes previstos no artigo 54, § 2º, incisos I, II e III, e 62, da Lei nº 9.605/98, que trata de delitos ambientais.
A lama de rejeitos de minera��o causou devasta��o sem precedentes por cidades banhadas pelo Rio Doce, al�m de ter devastado distritos de Mariana como Bento Rodrigues e Paracatu.