A libera��o da m�sica ao vivo em bares e restaurantes de Belo Horizonte vem provocando pol�mica entre moradores que vivem pr�ximo aos estabelecimentos. A Associa��o de Moradores do Lourdes, a Pr�-Lourdes, vai entregar nesta ter�a-feira � Associa��o Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel-MG), uma lista com recomenda��es a empres�rios do setor. A presidente da institui��o que representa as fam�lias do bairro, L�cia Pinheiro Rocha, � contra a medida.
Segundo a presidente da associa��o de moradores, os empres�rios n�o v�o se importar em pagar as multas por causa da arrecada��o que t�m diariamente. “Quem compra uma cerveja no atacado por R$ 2 e vende por R$ 12 n�o se importa em pagar multa alguma”, afirmou.
Com a publica��o do documento, os estabelecimentos do setor em BH se enquadram na atividade de entretenimento, conforme a Classifica��o Nacional de Atividades Econ�micas (Cnae), fugindo das imposi��es do C�digo de Posturas, que, entre outras exig�ncias, impunha a realiza��o de estudos de impacto na vizinhan�a para permitir atividades culturais como m�sica ao vivo, saraus, dan�a, entre outras.
Mesmo assim, os estabelecimentos ter�o que seguir a Lei 9.505/2008. Ela determina que entre as 19h e as 22h o limite de ru�dos permitido � de 60 decib�is; das 22h at� meia-noite, de 50 decib�is; e, na madrugada, entre meia-noite e �s 7h, o m�ximo permitido � de 45 decib�is. A PBH afirmou que vai agir com mais rigor na fiscaliza��o, inclusive contra carros de som que ficam pr�ximos aos bares e restaurantes.
Para L�cia Rocha, a fiscaliza��o ainda � falha. “A Pr� Lourdes � campe� do 156. Tamb�m usa o SAC e a ouvidoria da PBH. Raramente aparece um fiscal e quando isso acontece precisamos acompanh�-lo de perto, abrindo as nossas casas e janelas. Em todas as vezes o Laudo T�cnico conclui por POLUI��O SONORA. Depois de umas dez medi��es, o que geralmente demanda 6 meses, instaura-se um processo administrativo para cassa��o do ALF (Alvar� de Localiza��o e Funcionamento) . Quando isso ocorre, empreendedor entra na Justi�a e consegue uma liminar para continuar funcionando. A Procuradoria nada faz para derrubar a liminar e o boteco continua a todo vapor”.