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Estado de Minas

Profetas de Aleijadinho sofrem com poeira de min�rio e ataques de v�ndalos

Agress�es ao acervo levantam discuss�o sobre a necessidade ou n�o da remo��o das est�tuas, reconhecidas como patrim�nio cultural da humanidade


26/11/2017 06:00 - atualizado 26/11/2017 08:26

Réplica da estátua de Jonas exposta no Museu de Congonhas
R�plica da est�tua de Jonas exposta no Museu de Congonhas (foto: Beto Novaes/EM/D.A.Press)
As agress�es ao acervo do Santu�rio Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas, na Regi�o Central, reconhecido como patrim�nio cultural da humanidade pela Unesco, servem para ampliar as discuss�es sobre a necessidade ou n�o de remo��o das est�tuas dos profetas esculpidas por Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. A cidade est� cercada de mineradoras e a poeira do min�rio causa uma s�rie de danos �s obras de arte. “A situa��o � diferente de d�cadas atr�s”, assinala o diretor do Museu de Congonhas, S�rgio Rodrigo Reis.


O escaneamento digital feito em 2011 e 2012 permitiu o registro completo das esculturas, a exemplo das perdas na pedra-sab�o e marcas deixadas por v�ndalos, como rabiscos feitos com pregos, chaves etc.. “Mesmo com vigil�ncia 24 horas, houve novas inscri��es nas esculturas”, lamenta o diretor.

  Ele diz que o museu � tamb�m espa�o de pesquisas sobre monumentos p�treos. Num semin�rio internacional realizado recentemente, os especialistas revelaram que o biocida usado na d�cada de 1990 para limpar as esculturas e evitar les�es e ataque principalmente de l�quens tem contraindica��es, por ser corrosivo. Com preocupa��o, o diretor diz que os l�quens voltaram � superf�cie das pe�as.

Contemplando o adro pela primeira vez, em especial o profeta Daniel, o engenheiro paulista Oswaldo Pastore observou as marcas na pedra. E se surpreendeu com o estado de conserva��o. “A deteriora��o � grande, tem marcas de riscado. S�o obras de arte, precisam de cuidado permanente.” Fotografando tudo e fazendo selfies, os amigos M�rdio dos Santos, m�dico, e Rafael Soares Pe�anha, de Feira de Santana (BA), servidor p�blico, consideraram o conjunto “impressionante”. Para M�rdio, a beleza enriquece o patrim�nio barroco do pa�s. “� mais bonito do que se imagina”, acrescentou Rafael.

SEGURAN�A

No segundo andar do Museu de Congonhas fica a Galeria das R�plicas, com Joel e Jonas a postos; as sombras plotadas na parede vermelha aguardam Am�s, Abdias, Daniel, Baruc, Isa�as, Oseias, Ezequiel, Jeremias, Naum e Habacuc. O cen�rio � a deixa para S�rgio esclarecer que, desde a d�cada de 1940, foram feitas r�plicas dos profetas, e as pioneiras, que estavam na Fazenda Boa Esperan�a, em Belo Vale, do Instituto Estadual do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico de Minas Gerais (Iepha), se encontram hoje no Museu de Congonhas, em sistema de comodato com a institui��o. As condi��es do material, no entanto, s�o de degrada��o.

Para quem estranha ver os originais bicenten�rios ao ar livre e as r�plicas em museu, S�rgio esclarece que as segundas guardam informa��es e conhecimento, sendo, na verdade, pe�as de seguran�a. No caso de algum dano �s esculturas sa�das do g�nio de Aleijadinho – h� recibos assinados por ele no Arquivo Eclesi�stico da Arquidiocese de Mariana –, os restauradores podem recorrer tanto ao material digital, que guarda min�cias das 12 esculturas, quanto �s feitas “� imagem e semelhan�a” dos originais.

Quem visitar o Museu de Congonhas, que completar� dois anos no dia 15 e fica perto do Santu�rio Bom Jesus de Matosinhos, poder� ver, a partir de quinta-feira, uma exposi��o com v�deos, desenhos e fotografias que contam a hist�ria das r�plicas dos profetas. O local funciona de ter�a a domingo, das 9h �s 17h (com entrada a R$ 10), na quarta-feira, das 13h �s 21h (entrada franca).


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