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Estado de Minas

Agricultura familiar vira alternativa para setor aliment�cio reduzir depend�ncia do sistema vi�rio

Belo Horizonte sedia, neste domingo, o IV Encontro Nacional de Agroecologia (ENA), que busca discutir pol�ticas p�blicas, aproximar o cidad�o do agricultor agroecol�gico e incentivar popula��o a consumir produtos sem interfer�ncia qu�mica


postado em 03/06/2018 11:01 / atualizado em 03/06/2018 12:12

Agricultores familiares tentam se aproximar da população a partir do IV Encontro Nacional de Agroecologia (ENA)(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press.)
Agricultores familiares tentam se aproximar da popula��o a partir do IV Encontro Nacional de Agroecologia (ENA) (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A Press.)

 A agricultura familiar ganha holofotes da opini�o p�blica, em busca de uma alimenta��o mais saud�vel e menor depend�ncia do agroneg�cio monocultor, transportado pelos ve�culos de carga. Vista como cidade pioneira em iniciativas ambientais, a capital sediou, neste domingo, o IV Encontro Nacional de Agroecologia (ENA) e reuniu cerca de duas mil pessoas na Pra�a da Liberdade, no Centro-Sul do munic�pio. A programa��o acontece dias depois do belo-horizontino encarar cen�rios de escassez de frutas, verduras e legumes nas g�ndolas dos supermercados e sacol�es espalhados pela cidade, o que amplia a necessidade de se apoiar alternativas sustent�veis.


Sob o lema “democracia e agroecologia: unindo campo e cidade”, o evento tem como principal objetivo aproximar o agricultor familiar da popula��o urbana. “N�s precisamos de apoio de quem vive nas cidades para contestar o modelo do agroneg�cio. Temos n�o s� a concentra��o de renda e de terra no Brasil, mas tamb�m uma especializa��o monocultora. � o que a gente chama de eros�o gen�tica”, afirma Maria Em�lia Lisboa, coordenadora do ENA.


Maria Emília Lisboa chama atenção para a dependência do agronegócio de combustíveis fósseis, por meio do transporte rodoviário por caminhões; agricultura familiar seria alternativa mais próxima do consumidor(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press.)
Maria Em�lia Lisboa chama aten��o para a depend�ncia do agroneg�cio de combust�veis f�sseis, por meio do transporte rodovi�rio por caminh�es; agricultura familiar seria alternativa mais pr�xima do consumidor (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A Press.)
Segundo Lisboa, o fato do agricultor agroecol�gico estar perto do consumidor final, al�m de oferecer um produto fresco, evita a depend�ncia do transporte vi�rio. “� uma economia baseada nos insumos f�sseis, dependente do diesel. No lugar desse 'passeio dos alimentos', a agroecologia promove o contr�rio. N�s precisamos de manter os circuitos de proximidade e do apoio do agricultor urbano”, destaca.


Al�m do apoio da popula��o, o evento procura criar redes de parceria entre agricultores familiares. A partir da troca de contatos, os trabalhadores podem articular estrat�gias para chamar aten��o do poder p�blico para a falta de investimentos no setor. “A gente est� aqui buscando trocar experi�ncias, tecer novas redes para fazer trocas de informa��o e enriquecer nossas produ��es e viv�ncias no campo”, ressalta Geraldo Campos, que sobrevive com planta��es de caf� e frutas diversas em Laginha, no Leste do estado.


Ligada � Articula��o Nacional de Agroecologia da Amaz�nia (ANA), V�nia Carvalho veio do Par� para Belo Horizonte para divulgar trabalho executado no Norte do pa�s. “Viemos aqui para mostrar que � poss�vel produzir alimentos saud�veis, sem veneno. Precisamos de apoio do governo, que s� tem apoiado o agroneg�cio”, diz.


A programa��o conta com a participa��o de diferentes movimentos ligados � educa��o, sa�de, quilombolas, ind�genas e outros povos tradicionais e ser� encerrada no Parque Municipal Am�rico Renn� Giannetti, �s 13h. Presidente da Centra �nica dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), Beatriz Cerqueira pontua que a institui��o ajuda nas quest�es burocr�ticas enfrentadas pelos agricultores. “A contribui��o nossa � na organiza��o desses trabalhadores, para vencer os desafios intermedi�rios e levar esse alimento � mesa do consumidor final”, destaca.


L�der mundial. Respons�vel por 23,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, o agroneg�cio alcan�ou sua maior participa��o na economia nacional em 2017, de acordo com levantamento da Confedera��o da Agricultura e Pecu�ria do Brasil (CNA).


Esses dados refletem no ranking mundial de uso de agrot�xicos, liderado pelo pa�s desde 2008. Por ano, o cidad�o brasileiro consome 7,3 litros de subst�ncias qu�micas. Essa quantidade pode acarretar diversos problemas neurol�gicos, limita��es em produ��es hormonais, puberdade precoce, aborto, m� forma��o fetal etc., segundo estudos da Associa��o Brasileira de Sa�de Coletiva (Abrasco) e do Minist�rio da Sa�de – Funda��o Oswaldo Cruz.



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