Quatro homens invadiram e incendiaram um �nibus da linha 415 (Granja Verde/Centro) na madrugada desta quarta-feira (19) na Via Expressa, em Betim, Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. Ao motorista, que estava sozinho no ve�culo, foram entregues duas folhas escritas na frente e verso contendo amea�as, supostamente de detentos da Penitenci�ria Nelson Hungria.
De acordo com o boletim de ocorr�ncia, os quatro homens, que usavam uma camisa tampando o rosto, pararam o �nibus na Via Expressa, na regi�o do Bairro Capelinha. Um deles permaneceu na parte da frente, pr�ximo ao motorista do coletivo, enquanto os outros pularam a catraca e jogaram combust�vel no ve�culo.
Os homens, ent�o, atearam fogo no �nibus e pularam a mureta central da avenida, fugindo no sentido Bairro Bernardo Monteiro, em Contagem, tamb�m na Grande BH. O motorista n�o ficou ferido. O Corpo de Bombeiros e a Transcon compareceram no local para retirar o ve�culo.
A PM n�o soube precisar o conte�do das cartas, que est�o em posse da Pol�cia Civil para investiga��o, mas imagens encaminhadas ao Estado de Minas batem com as caracter�sticas informadas pela corpora��o. S�o duas folhas de caderno da marca M�xima e est�o totalmente preenchidas na frente e no verso.

Em outro momento, a carta diz que “temos o estado nas nossas m�os, s� n�o queremos que a sociedade pague por algo que eles devem. N�o achamos justo”, mas que, se n�o forem ouvidos, “dessa vez o estado de Minas Gerais vai entrar em guerra”. As amea�as continuam: “Se pra voc�s vai precisar ter rio de sangue, ent�o a partir de segunda-feira se n�o tivermos resposta do estado de Minas Gerais, n�s vamos parar o estado”.
Por fim, logo antes da assintura “Detentos da Nelson Hungria” aparecer na carta, o autor ainda amea�a o diretor da unidade prisional. “Pedimos aos moradores de bem que n�o saiam de casa a partir do dia 20/12/2018, n�o saia na rua, n�o peguem �nibus e nem fiquem em nada que seja p�blico, pois iremos para cima”. A carta ainda conclui: “N�o queremos que gente de bem pague pelo erro do diretor da unidade prisional Nelson Hungria”.
A Pol�cia Civil informou � reportagem que n�o vai divulgar o conte�do da carta para resguardar as investiga��es.