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Estado de Minas CORONAV�RUS

BH: Reabertura de shoppings populares representa risco?

Estabelecimentos est�o na lista de atividades que voltar�o a funcionar j� na pr�xima segunda-feira, mas especialista teme aglomera��es


postado em 22/05/2020 19:32 / atualizado em 22/05/2020 20:10

Shoppings Oiapoque, Tupinambás e Xavantes se preparam para a reabertura na próxima segunda-feira(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Shoppings Oiapoque, Tupinamb�s e Xavantes se preparam para a reabertura na pr�xima segunda-feira (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

O com�rcio volta a funcionar gradualmente em Belo Horizonte a partir da segunda-feira (25), segundo anunciou hoje a prefeitura. Entre as atividades autorizadas a abrir as portas j� na primeira semana, est�o os shoppings populares, que funcionar�o das 11h �s 19h. A medida causou espanto em alguns especialistas e setores da sociedade, j� que os estabelecimentos costumam reunir grande quantidade de pessoas diariamente. Ao mesmo tempo, shoppings formais foram exclu�dos da primeira etapa de flexibiliza��o.

Para aderirem � fase inicial de reabertura, os shoppings populares dever�o seguir as medidas sanit�rias condicionadas pela Secretaria de Sa�de da capital mineira. Entre as orienta��es, est�o manter um �rea m�nima de 5 metros quadrados por pessoa, controlar a entrada e sa�da de pessoas no interior do estabelecimento, manter os funcion�rios dos caixas protegidos e n�o realizar promo��es que induzam aglomera��o dentro e fora do estabelecimento. (Veja todas as medidas no final do texto)

Ainda que com todas orienta��es sanit�rias, o diretor da Sociedade Mineira de Infectologia, Antonio Toledo J�nior, ressalta os riscos que a volta dos shoppings populares pode gerar, em meio a um momento em que o n�mero de casos aumenta no estado e em Belo Horizonte. Nesta sexta-feira, Minas registrou pela terceira vez consecutiva o maior n�mero de novos casos de COVID-19 em 24 horas - 399, de um dia para o outro; 5.695 no total. 

“Aumenta o risco, sem d�vida, porque tem mais gente circulando e mais gente pr�xima uma da outra. O que a prefeitura est� tentando fazer � um risco controlado. Tem outros aspectos que est�o sendo considerados e que tamb�m s�o relevantes. Mas � um risco, sim. Acho at� que vai ficar pouco tempo aberto”, analisa o infectologista, apontando para uma poss�vel suspens�o da flexibiliza��o do com�rcio. 
 

Tr�s indicadores de seguran�a 


Nesta sexta-feira, conforme j� tinha o Estado de Minashavia antecipado, o secret�rio de Sa�de, Jackson Machado Pinto, explicou que a reabertura gradual do com�rcio est� relacionada a tr�s indicadores: n�mero m�dio de transmiss�o por infectado, ocupa��o de leitos UTI e ocupa��o de leitos de enfermaria.

Toledo J�nior avalia que as medidas impostas pela prefeitura s�o adequadas, mas que n�o impedem um risco maior de cont�gio, j� que que haver� maior n�mero de pessoas na rua. 

“Tecnicamente, as medida n�o s�o erradas, � mais uma quest�o de op��o da prefeitura de abrir ou n�o. Na verdade, o que interessa s�o esses cuidados que estabeleceram e que j� estavam estabelecidas para os supermercados. Qual a diferen�a entre o shopping popular e do Mercado Central?  O que n�o pode � relaxar o monitoramento da sociedade. Tem que ter consci�ncia de que esse relaxamento n�o quer dizer que a pandemia acabou. Na verdade, em BH a pandemia nem come�ou, s� n�o sabemos quando ela vai chegar. N�o pode achar que, porque teve esse afrouxamento de isolamento, a pandemia n�o vai chegar ou j� passou”, alerta. 


PROPRIET�RIO SE PREPARAM 

A libera��o do com�rcio pela prefeitura gerou a satisfa��o do empresariado de Belo Horizonte, que j� vinha h� algumas semanas pressionando o prefeito Alexandre Kalil (PSD) a flexibilizar as regras de isolamento social. Nesta sexta-feira, propriet�rios de shoppings populares de BH j� vinham se preparando para abrir as portas na pr�xima segunda-feira. 

“Desenvolvemos um aplicativo que direciona as pessoas o mais r�pido poss�vel para o setor que ela est� procurando. Essa mesma tecnologia apita se duas pessoas estiverem a menos 1,5 metros uma da outra”, conta M�rio Valadares, administrador dos shoppings Tupinamb�s e Oiapoque.

Conforme ele explica, na entrada dos estabelecimentos funcion�rios ir�o solicitar aos consumidores que baixem o aplicativo para entrar nos shoppings. Para isso, est� liberado gratuitamente o wi-fi no local. “A ideia � que a pessoa chegue, fa�a a compra rapidamente e v� embora. No caso do Oiapoque, vamos fazer esse limite de uma pessoa a cada 13 metros”, comenta.

Ao todo, o shopping localizado na Regi�o Central de BH, tem 16.382 metros. No entanto, considerando que h� 701 lojistas e 52 funcion�rios trabalhando no local, a capacidade m�xima de clientes no estabelecimento ser� de 507.

(foto: Divulgação/Oiapoque)
(foto: Divulga��o/Oiapoque)


Para calcular esse entra e saide pessoas, o shopping conta com uma tecnologia chamada “Virtual Gate”, que contabiliza o n�mero de cabe�as que est�o no local. “Essa tecnologia � a melhor do mundo, ela consegue detectar at� se � uma crian�a ou um adulto”, diz Valadares.

Segundo dados da tecnologia, em uma segunda-feira, a m�dia de pessoas localizadas dentro do shopping chega a 2.500, simultaneamente. O pico j� registrado � de 3.128. 

Por outro lado, as lojas do Shopping Xavantes, tamb�m no Centro de BH, funcionar�o no sistema de rod�zio. “Para reduzir o fluxo de pessoas e controlar a forma��o de aglomera��es, o tr�fego de clientes tamb�m ser� reduzido de acordo com as diretrizes estabelecidas. O n�mero de entradas ser� menor e haver� senhas para acesso ao shopping. Todos os lojistas e clientes devem usar m�scaras e ter�o a temperatura aferida antes de entrar nas depend�ncias”, comentou a administra��o do shopping por meio de nota.

Normas determinadas pela prefeitura

1. Colaboradores do grupo de risco (pessoas com mais de 60 anos, gestantes, pessoas em tratamento quimioter�pico, em uso de medicamentos imunossupressores, imunosuprimidos, diab�ticos, hipertensos com avalia��o m�dica, asm�ticos e doen�a pulmonar obstrutiva cr�nica) dever�o permanecer em casa;

2. Se apresentar sintomas, afastar-se imediatamente pelo per�odo m�nimo de 14 dias;

3. Afastar-se em situa��o de caso em pessoa que vive na mesma resid�ncia;

4. Exigir comprova��o de vacina��o contra influenza para aqueles que se enquadram nos crit�rios do Minist�rio da Sa�de;

5. Disponibilizar meios para higieniza��o das m�os a cada duas horas ou a qualquer momento, dependendo da atividade, incluindo antes e ap�s utilizar m�quinas de cart�es de cr�dito ou d�bito;

6. �rea �til m�nima de 5 metros quadrados por pessoa, incluindo colaboradores, com apenas um cliente por vendedor;

7. N�o permitir a entrada de clientes sem m�scaras e sintom�ticos respirat�rios;

8.Disponibilizar �lcool 70% na entrada e em pontos estrat�gicos do estabelecimento;

9. Manter funcion�rios do caixa protegidos;

10. Manter sistema de controle de entrada e sa�da de pessoas no interior do estabelecimento (barreira f�sica, senha ou outro) a fim de evitar aglomera��o;

11. N�o realizar atividades e/ou promo��es que induzam aglomera��es dentro e fora do estabelecimento;

12. Afixa��o obrigat�ria de cartazes informando lota��o m�xima e de medidas de higieniza��o 9. das m�os, etiqueta da tosse e espirro;

13. Estabelecer hor�rios preferenciais para atendimento a clientes de grupos de risco;

14. N�o disponibilizar e/ou utilizar bebedouros coletivos;

15. Orientar os clientes para restringir o n�mero de acompanhantes (principalmente os grupos de risco);

16. Restringir em 50% a lota��o dos elevadores com disponibilidade de �lcool gel pr�ximo da entrada e da sa�da;

17. Ar condicionado desligado se houver ventila��o natural ou com sua manuten��o comprovada (recomenda��es ser�o dadas em anexo espec�fico);

18. Protocolo de higieniza��o de mobili�rios, superf�cies, destacando ma�anetas, corrim�os, etc.;

19. Sal�es de beleza, cl�nicas de est�tica, manicure, pedicure somente poder�o funcionar com hor�rio marcado, sem espera e com intervalo de no m�nimo 30 minutos ap�s a finaliza��o do cliente anterior;

20. N�o permitir o uso de toalhas de tecido para secar as m�os;

21. As lixeiras devem ser providas de dispositivos que dispensem o acionamento manual;

22. Todos os produtos de limpeza e desinfec��o devem estar registrados ou autorizados pelo �rg�o competente e conforme NOTA T�CNICA nº 26/2020/SEI/COSAN/GHCOS/DIRE3/ANVISA, dispon�vel no endere�o eletr�nico www.anvisa.gov.br

23. Sinaliza��es e marca��es internas de fluxos e distanciamento;

24. Todos os estabelecimentos dever�o disponibilizar registros , quando solicitados pela fiscaliza��o, por meio de c�meras ou outras alternativas que permitam a comprova��o da execu��o das medidas de higieniza��o e de redu��o de riscos de contamina��o de colaboradores e clientes
 
* Estagi�rio sob supervis�o da editora Liliane Corr�a 


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