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Estado de Minas

Pandemia derruba estoques de sangue no Brasil: saiba por que e doe

No Dia Mundial do Doador de Sangue, Hemominas garante seguran�a e faz apelo a doadores. Bancos de leite humano tamb�m enfrentam crise


14/06/2020 06:00 - atualizado 14/06/2020 07:59

Há vagas para ser solidário: na Fundação Hemominas, seis dos oito grupos de sangue que compõem o estoque estão em nível de alerta
H� vagas para ser solid�rio: na Funda��o Hemominas, seis dos oito grupos de sangue que comp�em o estoque est�o em n�vel de alerta (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 11/2/20)

 

Em tempos de pandemia do novo coronav�rus, a luta pela vida passa por m�dicos, respiradores, leitos de tratamento intensivo, entre outros insumos indispens�veis. Mas, em diversos hospitais e UTIs, inclusive neonatais, h� sempre algu�m precisando tamb�m de sangue e leite para continuar sobrevivendo. No entanto, o per�odo que o Brasil e o mundo enfrentam tem sido marcado pela redu��o dr�stica em doa��es e desaparecimento de pessoas dispostas a doar essas subst�ncias vitais.

 

Na data em que se lembra o Dia Mundial do Doador de Sangue, a Funda��o Hemominas destaca ter registrado queda de 30% no n�mero de doadores. Como consequ�ncia, os estoques dispon�veis est�o em n�vel de alerta para seis dos oito grupos sangu�neos coletados. O �rg�o identificou uma redu��o de cerca de 30% nas doa��es dos grupos O positivo e de 25% nos de O negativo, al�m de baixa coleta no grupo A, como informa o assessor da Ger�ncia de Capta��o e Cadastro da Funda��o Hemominas, Thiago Sindeaux.

 

“Percebemos que, como o fator RH negativo � mais comum entre a popula��o brasileira, a gente enfrenta sempre uma queda mais acentuada deles. Chamamos a aten��o para o grupo O negativo, que � universal e do qual sempre precisamos, e que est� com queda acentuada”, observou Thiago Sindeaux.

 

Ele atribui a queda no n�mero de doadores ao isolamento social, com fatores como a restri��o de circula��o das pessoas em transporte p�blico. No m�s passado, a Hemominas registrou 24 mil comparecimentos, n�mero que � menor do que a m�dia de tempos normais, que pode variar. “Antes da pandemia, a gente enfrentava uma queda devido ao per�odo de f�rias e de carnaval, al�m das chuvas. Enfrentamos um n�vel de queda, mas n�o t�o acentuado. Algo em torno de 20%. Agora estamos chegando a n�veis bem superiores”, pontua o assessor.

 

 

Seguran�a extra


Sindeaux chamou a aten��o para a seguran�a oferecida aos doadores, como a disponibiliza��o de �lcool em gel nas depend�ncias das unidades da Hemominas, al�m do refor�o da higieniza��o, desinfec��o e limpeza dos banheiros. A funda��o tamb�m adotou distanciamento m�nimo entre funcion�rios, assim como entre os pacientes.

 

 

“Estamos intercalando os doadores nas cadeiras. Uma tem doador, a outra n�o tem, para que a gente possa manter um n�vel de seguran�a necess�rio. Tamb�m estamos atendendo pelo agendamento. Foi uma forma que conseguimos encontrar para acompanhar e gerenciar o controle de doadores, para que n�o haja aglomera��o”, afirmou Sindeaux. Segundo ele, o atendimento tem sido mais individualizado, e o uso de m�scaras � obrigat�rio entre os doadores e funcion�rios. “Todas essas medidas ajudam a proteger ainda mais os nossos doadores”, sustenta.

 

Os doadores podem fazer o agendamento por meio do site do Hemominas, assim como pelo aplicativo MG App, para smart- phones. � recomendado que o doador verifique, na pr�pria p�gina virtual do �rg�o, os n�veis de sangue dispon�veis.

 

“Temos n�veis muito diferentes. Hoje temos uma necessidade maior do O, positivo e negativo e do A negativo. Para aquele doador que agendou e n�o puder comparecer, pedimos que cancele o agendamento, para que o hor�rio fique livre para outra pessoa”, aconselhou.

 

Per�odo � duplamente cr�tico para capta��o

Processo de coleta, que já era reconhecido pelo alto nível de cuidados sanitários, se tornou ainda mais criterioso durante a pandemia
Processo de coleta, que j� era reconhecido pelo alto n�vel de cuidados sanit�rios, se tornou ainda mais criterioso durante a pandemia (foto: Adair Gomes/Funda��o Hemominas/Divulga��o)

 

O m�s de junho � considerado, tradicionalmente, per�odo de escassez nos estoques de sangue, por registrar diminui��o no n�mero de doadores no Brasil, e entre os motivos est� exatamente o aumento da incid�ncia de infec��es respirat�rias, com a queda das temperaturas. Esse foi um dos motivos que levou � cria��o, em junho de 2015, da campanha Junho Vermelho, para incentivar a doa��o. Neste ano, diante da pandemia causada pelo novo coronav�rus e da recomenda��o de distanciamento social, a campanha � considerada ainda mais necess�ria. A presidente da Funda��o Hemominas, J�nia Cioffi, destaca que a necessidade de transfus�o de sangue n�o diminuiu com a COVID-19. “Pacientes com diversas patologias continuam com a mesma necessidade de transfus�o para sobreviver”, ressalta.

 

Leite para prematuros tamb�m est� em baixa

 

Os bancos de leite humano d�o suporte a beb�s prematuros internados em unidades de tratamento intensivo (UTIs) neonatais. � a partir do alimento que eles ganham peso e crescimento adequados. No entanto, neste per�odo de pandemia, o �ndice de doa��o caiu em diversos postos de coleta em Minas Gerais, assim como ocorre nos bancos de sangue.

 

De acordo com a coordenadora do banco de leite da Maternidade Odete Valadares, Maria Herc�lia de Castro Barbosa, h� unidade em que chegou a ser registrada queda de 50% na doa��o. O estado conta com 12 bancos de leite, e a m�dia de redu��o neles foi de 30%.

 

“Cada banco de leite tem um n�vel de estoque, pois depende do n�mero de crian�as que precisa de atender. Os bancos do interior s�o bem pequenos, n�o precisam de um estoque t�o grande, pois a UTI � pequena e tem poucos leitos. J� um banco de leite que atende a uma demanda maior, tem que ter um estoque bem superior. Temos que trabalhar com um estoque de seguran�a para um per�odo de 10 a 15 dias”, informa Maria Herc�lia.

 

A coordenadora destacou a seguran�a e transpar�ncia na doa��o. O processo come�a com uma pr�-triagem da doadora, via telefone. Uma entrevista � feita para saber se ela se encaixa no perfil. O pr�ximo passo s�o pedidos de exames de hepatite, HIV, de sangue, entre outros. Um m�dico analisa os resultados antes de liberar a doa��o.

 

Instru��es s�o passadas tamb�m por telefone. Funcion�rios com todos os equipamentos de prote��o individual entregam frascos esterilizados, para que a m�e com excedente de leite possa colher e armazenar o l�quido em casa. Os mesmos colaboradores voltam para buscar o material, identificado com um n�mero de matr�cula, para facilitar a identifica��o da doadora para a Vigil�ncia Sanit�ria. S�o procedimentos que garantem seguran�a para quem doa e para quem receber� o leite.

 

“Apesar de a pasteuriza��o ser um m�todo que elimina 100% dos micro-organismos patog�nicos, n�s n�o aceitamos leite de m�es com suspeita de COVID-19, que estejam gripadas ou que tenham algu�m na fam�lia que esteja gripado. Toda semana perguntamos isso para a m�e. Se tiver, n�o pode doar naquela semana e at� 14 dias depois do per�odo de gripe ou qualquer problema de sa�de”, esclarece Maria Herc�lia.

 

Atualmente, o banco de leite da Maternidade Odete Valadares tem uma m�dia de 80 a 100 doadoras. Na soma com outros bancos de leite p�blicos no estado s�o aproximadamente 180 m�es. No entanto, o n�mero de mulheres ativas caiu em um ter�o em Belo Horizonte. Antes da pandemia, eram 120 em toda a cidade. Agora, s�o 80.

 

Diante da queda de volume de leite, sobretudo no interior, Maria Herc�lia faz um apelo para que m�es com excedente de leite doem. A coordenadora destaca a seguran�a do processo e lembra que v�rios rec�m-nascidos dependem do alimento para viver.

 

“O processo � bem seguro. A portaria que regulamenta o funcionamento dos bancos de leite � muito segura biologicamente. A m�e pode ficar tranquila, pois ter� o m�nimo de contato com nossa equipe, que vai paramentada e protegida. Ela estar� proporcionando benef�cios para beb�s que est�o lutando para sobreviver. �s vezes, eles ficam internados dois, tr�s meses. Nesse per�odo, o leite das m�es biol�gicas vai diminuindo e eles acabam necessitando do leite pasteurizado para sobreviver”, concluiu.

 

Al�m dos 12 bancos de leite, Minas conta com 30 pontos de coleta. Os endere�os podem ser consultados pelo www.redeblh.fiocruz.br

 

Facebook cria ferramenta


 

Para tentar contornar a crise de abastecimento nos estoques de sangue, a partir desta semana os hemocentros que abastecem a rede p�blica de sa�de passar�o a contar com uma ferramenta do Facebook. Com ela, as unidades conseguem notificar pessoas que sejam cadastradas como doadoras de sangue na plataforma:  hoje j� s�o cerca de 10 milh�es no pa�s. Para cadastrar-se como doador de sangue na rede social, basta acessar facebook.com/ doesangue (www.facebook.com /donateblood). No celular, tamb�m � poss�vel acessar o menu do Facebook e clicar em “Doa��es de Sangue”. J� para entrar em contato com a Funda��o Hemominas, ter mais informa��es e tirar d�vidas, basta ligar para 155 op��o 1, ou acessar o site da institui��o: www.hemominas.mg.gov.br.

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