Entrevista: Estev�o Urbano fala sobre 1 ano de combate � COVID-19 em BH
'O Kalil � um sujeito que sofre com cada morte', diz m�dico infectologista, revelando os bastidores e desafios do Comit� de Enfrentamento ao Coronav�rus da PBH
(foto: Arte sobre foto de Leandro Couri/EM/D.A Press)
Um protagonismo inesperado que revela ainda mais humildade. O m�dico infectologista Estev�o Urbano � um dos quatro integrantes do Comit� de Enfrentamento � Pandemia de COVID-19, que completa um ano em Belo Horizonte nesta semana.
Nesta s�rie de entrevistas com os m�dicos que fazem parte do time de orienta��o ao prefeito Alexandre Kalil (PSD), Estev�o revela as ang�stias com as decis�es que impactam a vida de milhares de belo-horizontinos, confidencia os bastidores da postura de Kalil e conta se pretende aceitar as propostas de integrar a carreira pol�tica.
Al�m de mentor na prefeitura, Estev�o � presidente da Sociedade Mineira de Infectologia e diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia, coordenador dos servi�os de infectologia dos hospitais Madre Teresa, Biocor Instituto e Vila da Serra, infectologista do Hospital J�lia Kubitschek e professor em�rito da Faculdade de Ci�ncias M�dicas de Minas Gerais.
A dificuldade, muitas vezes imposta pelo n�o acatamento das decis�es, tira o sono e preocupa o especialista, que se diz atento a ouvir todos os lados e ser norteado pela biomedicina.
“� assim que eu me comporto, tentando ser humilde o suficiente para entender que quem assume essa posi��o, esse protagonismo n�o solicitado mas que nos foi incubido, tem que estar bem preparado para ouvir cr�ticas, para assumir os �nus do processo e n�o trazer isso de forma desrespeitosa, autorit�ria. Quem est� na chuva � pra se molhar”, afirma.
Confira a entrevista completa
O que Belo Horizonte aprendeu em um ano de pandemia?
A grande maioria das pessoas, de forma emp�rica contabilizo sendo cerca de 70% a 80% das pessoas, aprendeu que o v�rus � cruel, que a pandemia � uma situa��o perversa, tudo e todos sofrem.
Essas pessoas aprenderam que a pandemia � uma aula de cidadania, de compartilhamento, de como viver a vida em coletividade. Um dos legados desse ano de pandemia foi aprender na pr�tica aquilo que apenas sab�amos de livros, na teoria, que � a necessidade de, ao enfrentarmos uma guerra e o inimigo, sermos uma cidade e n�o um indiv�duo, sermos uma coletividade e n�o um ser individual.
Agora, existem 20 a 25% das pessoas que at� hoje n�o conseguem entender o sin�nimo da palavra empatia, colabora��o, compartilhamento. Essas pessoas possivelmente n�o aprender�o mais, porque depois de tanto sofrimento, de tanta mudan�a em todos os setores e de tantos �bitos, se n�o aprenderam, n�o v�o aprender mais.
Como voc� recebeu o convite para integrar o comit� da prefeitura e como foi o in�cio dos trabalhos?
Foram 12 horas para o comit� ser montado e 24 horas para come�armos a tomar as medidas. E de l� para c� muita coisa aconteceu, mas o in�cio foi assim.
Por que aceitar esse convite?
Quando voc� escolhe uma profiss�o, quando ama essa profiss�o, voc� tem objetivos pessoais e objetivos coletivos. Depois de 30 anos de exerc�cio da medicina, agregando experi�ncia e conhecimento, seria impens�vel, para cada um de n�s, falar ‘n�o’. Porque seria falar ‘n�o’ ao nosso ideal sonhado desde a formatura, de contribuir de alguma forma enquanto cidad�os para melhorar a vida das pessoas.
Voc� j� chegou a pensar em desistir de contribuir com o comit�?
Nunca houve qualquer movimento que pudesse pensar em abandono do comit�, em desistir do trabalho. �bvio que todos n�s nos cansamos muito, porque todos nos cansamos na pandemia. Houve v�rios buracos e pedras no meio do caminho, mas algu�m imaginaria que enfrentar uma pandemia seria flores? Nunca houve isso. Nunca haveria e nunca haver�.
"Algu�m imaginaria que enfrentar uma pandemia seria flores?"
Estev�o Urbano, m�dico infectologista
Pandemia � um momento �nico na hist�ria da humanidade, ent�o, sabendo de que este caminho seria muito dif�cil, j� est�vamos preparados para enfrentar o cansa�o, as press�es, e etc. E quando isso aconteceu, em v�rios momentos, nunca houve qualquer movimento de falar ‘t� na hora de sair’ porque o v�rus n�o cansou. As pessoas n�o deixaram de precisar. Ent�o, n�o cabia a n�s pensar em desistir. Isso � absolutamente verdadeiro, transparente, falando do fundo do cora��o.
Como � a rela��o do prefeito Alexandre Kalil (PSD) com os integrantes do comit�? Ele se re�ne com voc�s?
Primeiro, acolhedora. O prefeito nos acolheu e nos protegeu. As decis�es que sugerimos, ele toma e assume como sendo uma decis�o do prefeito. Segundo, ele nos ensinou.
"O Kalil � um sujeito que sofre com cada morte. Ele perde as noites, enche os olhos de l�grimas quando conversa sobre isso nos bastidores conosco"
Estev�o Urbano, m�dico infectologista
O Kalil � um sujeito que sofre com cada morte. Ele perde as noites, enche os olhos de l�grimas quando conversa sobre isso nos bastidores conosco. Ele nos ensinou muito como ser um pol�tico com acertos e erros, mas que pode se preocupar e se envolver afetivamente com a popula��o, o que n�o � t�o comum entre os pol�ticos.
Outra coisa, ele sempre foi extremamente direto e transparente. Da mesma forma que coloca suas posi��es, ele ouve com muita aten��o e acolhe tudo o que o comit� sugere. Ele argumenta, contra-argumenta, no final as decis�es s�o sempre dele, mas nunca houve uma mente fechada com opini�es preconcebidas.
O Kalil n�o trouxe uma desonestidade intelectual, que � ‘eu j� tenho uma opini�o preconcebida sobre tudo e o que eles falarem vai entrar por um ouvido e sair pelo outro porque eu quero que se cumpra aquilo que eu penso’. N�o. Ele vem com a mente aberta e ouve todos os aspectos para depois formar uma opini�o e tomar uma posi��o.
Isso quer dizer que o comit� tem realmente participa��o ativa?
Ele n�o faz do comit� um �rg�o de assessor virtual, um fantoche, um comit� sem voz. O comit� tem uma independ�ncia e uma influ�ncia nas decis�es que eu poderia dizer que fiquei at� surpreso pelo n�vel de abertura �s nossas argumenta��es, a argumenta��o da ci�ncia, para a tomada das suas decis�es.
Um cara muito aberto, muito alegre e nos momentos de descontra��o contando hist�rias fant�sticas. � uma pessoa de uma personalidade muito diferente, de um carisma muito grande. O Kalil ser humano tamb�m � um cara que � surpreendente, tem uma cultura geral muito grande, l� muito, sempre tem respostas e tiradas engra�ad�ssimas. � muito bacana quando a gente se re�ne, em todos os aspectos.
Estev�o Urbano, m�dico infectologista e integrante do Comit� de Enfrentamento � COVID-19 da PBH (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A. Press)
O que mudou na sua vida nesse um ano de pandemia, um ano de comit� e tamb�m de exposi��o?
Do ponto de vista da din�mica do dia a dia, mudou completamente. Quando voc� � muito exposto, passa a ser uma pessoa que, dentro de um contexto que � de Belo Horizonte, passa a ser reconhecida nas ruas, nos supermercados, etc. Voc� tem que se superar em termos de responsabilidade enquanto cidad�o, tem que dar exemplo.
"Voc� come�a a ser um cidad�o melhor, porque se vai na televis�o, no r�dio, no jornal pedir a contribui��o das pessoas, esse exemplo primeiro tem que ser o seu. Voc� tem que praticar melhor o exerc�cio da cidadania"
Estev�o Urbano, m�dico infectologista
Agora, eu sou um cara meio t�mido, ent�o �s vezes fico um pouco com vergonha de sair na rua, ser reconhecido, ser abordado, para o bem ou para o mal, e j� fui abordado para os dois lados. E a� voc� tem que aprender uma din�mica que nunca foi sua: lidar com o p�blico. Entramos no comit� e n�o sab�amos o universo onde est�vamos entrando. N�o era e nunca tinha sido o nosso universo, ent�o � um grande desafio lidar com isso.
�s vezes, tenho um pouco de vergonha, quero sair para fazer uma compra, um p�o, ir ao supermercado fazer compra, e �s vezes prefiro n�o sair com medo de ser reconhecido e n�o saber como me comportar com a abordagem das pessoas. E com as press�es voc� tamb�m muda um pouco no cen�rio familiar. Sempre h� um pouco de medo, de rea��es de toda a fam�lia, lidar com isso tamb�m � um grande desafio.
Como lidar com pessoas que n�o confiam e n�o concordam com o seu trabalho de especialista, de cientista e m�dico?
A primeira coisa que sempre fiz, desde crian�a e continuo fazendo at� hoje, foi reconhecer as minhas limita��es, respeitar as opini�es alheias, ouvir todos e ser gentil, educado, sem rea��es de enfrentamento.
Sou uma pessoa muito de ouvir e n�o de confrontar nessas situa��es. E pedir desculpas pelos nossos erros, de n�o poder agradar a todos, mas sempre mantendo uma postura honesta, transparente, de deixar a impress�o para as pessoas de que, acertando ou errando, ali n�o tem interesses pessoais, n�o tem interesse prim�rio ou secund�rio.
O que voc� pontua como os principais acertos desse um ano do comit�?
No ponto de vista pessoal, o acerto sempre foi a honestidade em tratar os assuntos sem opini�es preconcebidas. Voc� n�o pode ser o dono da verdade, n�o pode deixar de ouvir os outros. Num momento t�o desconhecido, em que as informa��es mudam t�o rapidamente, se voc� tiver honestidade de n�o querer impor posi��es, de mudar, corrigir caminhos e dormir com a cabe�a tranquila, isso j� � um grande acerto.
Do ponto de vista coletivo, acho que tivemos acertos que foram vistos e consolidados quando se olha para tr�s. Porque quando voc� toma uma decis�o, n�o sabe se est� acertando ou errando. Quando olha para tr�s e agora v� os n�meros de mortes e como esses n�meros s�o favor�veis a Belo Horizonte, pode chegar � conclus�o de que muitas medidas realmente foram acertadas.
Seguir sempre a ci�ncia, n�o se deixar contaminar por ideologias pol�ticas, n�o se submeter a press�es, por maiores que elas fossem. Propor nos momentos certos, seguidos por metodologia, indicadores, n�meros e n�o por 'achismos', movimentos de flexibiliza��es e ‘desflexibiliza��es’, talvez esteja ali o maior protagonismo de Belo Horizonte, capital que mais fez esses movimentos no Brasil, sempre com base na ci�ncia.
Procurando escolher os momentos certos para tomar essas atitudes desde a primeira desmobiliza��o, que n�o chamo de lockdown, pouco depois que o comit� come�ou a atuar at� agora em janeiro.
Foi a �nica capital que j� prevendo os estragos nas festas de fim de ano e da viagem de f�rias fez um fechamento de certa forma preventivo. Acho que os resultados mostraram que foi um acerto como tamb�m tiveram outros.
S�o acertos pontuais que eu acho que os n�meros mostram, que a estat�stica confirma.
Outro acerto foi ouvir sempre. Os pol�ticos, os comerciantes, todos os setores, as escolas, sejam os pais, os alunos, os professores, por mais que isso n�o chegasse ao p�blico, que se fossem reuni�es, conversas de bastidores. Mas estivemos dialogando com todos os segmentos da sociedade.
Olhando para tr�s, fazendo um balan�o de como foi esse ano, � poss�vel enxergar algum erro?
Tudo que a gente acha que � acerto, para o pr�ximo pode ser erro e vice-versa. Cada um tem uma �tica dos fatos. Acho que n�s ainda n�o descobrimos a forma ideal de comunica��o. N�o sei se seria uma quest�o s� nossa ou seria tamb�m dificuldade de entendimento por parte dos cidad�os.
Mas quando vemos pessoas sem m�scara, lojas abertas clandestinamente, festas acontecendo com 500, 1 mil pessoas, �s vezes d� aquela impress�o que n�o nos comunicamos bem, n�o conseguimos alcan�ar bem o cora��o e a mente de muitas pessoas. Sempre reflito se a gente n�o deveria melhorar essa comunica��o.
Continuamente n�s nos questionamos sobre isso e com certeza alguma falha teve para que muitas pessoas n�o tivessem sido atingidas como gostar�amos que fosse. Talvez a gente precise melhorar mais o nosso discurso, aprimorar nossa fala para atingirmos mais pessoas. Esse foi um tema que eu sempre me questionei muito.
O shopping popular foi a forma de evitar que essas pessoas fossem para a rua voltar como ambulantes. Ali voc� n�o tinha uma alternativa boa, tinha a alternativa menos pior.
Ou voc� volta com uma medida que n�o � a ideal e causando muitas discuss�es das pessoas, inclusive desacreditando algumas medidas do comit�, ou voc� vai fazer pessoas em situa��es p�ssimas do ponto de vista de economia, vai permitir que elas afluam de novo para as ruas e a situa��o se torne ainda pior. N�o abrir o shopping popular poderia ser um tiro pela culatra.
Houve uma grande press�o para a reabertura das escolas. A decis�o de n�o autorizar o retorno das crian�as foi acertada?
Outra decis�o question�vel, que seria n�o abrir escolas at� hoje, eu n�o diria que seria um erro porque em todos os momentos em que pens�vamos em abrir, quando est�vamos confiantes da abertura, os �ndices explodiam.
Abrir no momento de uma crise, depois de meses fechados, ser� que seria o ideal? Algo muito question�vel, que eu n�o diria que teria sido um erro, embora sei que essa medida � extremamente controversa. Tem muita gente que acha que � um erro n�o abrir.
A popula��o sempre reclamou, ao longo desse ano, da lota��o dos �nibus, que continua mesmo com as restri��es do com�rcio. Alguma medida poderia ter sido tomada?
Todos sabem que ali pode haver a transmiss�o, mas n�o foi um erro n�o melhorar as condi��es do transporte p�blico porque sempre soubemos disso. Foi falta de medidas que realmente resolvessem essa quest�o.
A situa��o � t�o complexa que, mesmo sabendo que � importante, que necessita ser melhorada, voc� �s vezes n�o tem as ferramentas em m�os. Seria um erro se n�o nos preocup�ssemos com o transporte p�blico, e isso n�o aconteceu. Simplesmente n�o tivemos ferramentas para tornar esse transporte mais seguro.
Carreira pol�tica est� nos seus planos? Voc� j� chegou a ser sondado para uma poss�vel candidatura?
� incr�vel que acontece tanta coisa quando voc� est� na posi��o de protagonismo. Desde pegar uma ficha de uma paciente que est� na sua frente, no consult�rio, perguntar ‘quais s�o os seus sintomas?’ e ela responder: ‘N�o, doutor, n�o estou sentindo nada. Quero saber quando vou casar, quando posso fazer uma festa’. E at� ser convidado para me candidatar nas elei��es passadas.
Surreal, n�? Eu digo surreal porque s�o, principalmente a quest�o pol�tica, quest�es nunca imaginadas da minha parte, nunca pensadas. A partir do momento da montagem do comit�, quando apareciam essas propostas, eu achava surreal. Mas n�o h� nenhuma inten��o, qualquer que seja, m�nima, 0,1% que seja, de fazer qualquer tipo de carreira pol�tica. Chance zero.
O que a gente pode esperar do pr�ximo ano de pandemia em BH?
Tudo o que a gente fala agora � pass�vel de erros numa margem t�o grande que a gente tem que ter muito cuidado. Para n�o levar as pessoas ao relaxamento, mas tamb�m para n�o lev�-las ao p�nico, principalmente porque tem uma cepa variante que est� sendo conhecida agora e que � muito mais aleat�ria que a original.
Acho que 2021 continuar� sendo um ano muito dif�cil. Tenho esperan�a que o segundo semestre seja melhor porque, a partir do momento em que a vacina��o em massa ocorrer, come�aremos a ter um efeito rebanho que mudar� todo o cen�rio que temos hoje.
"A �nica d�vida �: essa variante vai driblar a vacina? Espero que n�o. Hoje eu n�o poderia dizer que sim nem que n�o, s� que quero que n�o"
Estev�o Urbano, m�dico infectologista
Se a variante n�o afetar muito o adoecimento das pessoas, principalmente nas formas graves, com certeza o efeito rebanho nos levar� a uma nova realidade a partir do segundo semestre. � um ano que ser� duro, mas tem esperan�a ao mesmo tempo.
O comit� da prefeitura deve durar at� quando?
Eu diria que o tempo que a pandemia exigir. Obviamente, tenho que incluir a frase: o tempo que o prefeito quiser, n�? Depende do prefeito. Enquanto ele quiser e enquanto a pandemia exigir, tenho certeza que nenhum de n�s do comit� pensaremos em sair, em abandonar o barco. Como o cen�rio de 2021 ainda � complexo, acredito que esse comit� dure pelo menos mais um ano.
Quem � Estev�o Urbano?
Estev�o Urbano, m�dico infectologista e integrante do Comit� de Enfrentamento � COVID-19 da PBH (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A. Pess)
IDADE: 55 anos
FORMA��O: M�dico
ESPECIALIZA��O: Infectologia
LOCAL EM QUE ESTUDOU: Faculdade de Ci�ncias M�dicas de Minas Gerais
OUTRAS ATUA��ES: Sociedade Mineira e Brasileira de Infectologia, coordenador dos servi�os de infectologia dos hospitais Madre Teresa, Biocor Instituto e Vila da Serra, infectologista do Hospital J�lia Kubitschek, professor em�rito da Faculdade de Ci�ncias M�dicas de Minas Gerais
O que � o coronav�rus
Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte. V�deo: Por que voc� n�o deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 � transmitida?
A transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.