
Morte acidental. Essa foi a conclus�o da Pol�cia Civil sobre a morte de Hilma Balsam�o de Morais, de 38 anos, ocorrida no dia 20 de novembro, depois de cair de um terra�o, no Bairro Castelo, em Belo Horizonte. As investiga��es foram resultado de um trabalho conjunto com o Minist�rio P�blico do Estado de Minas Gerais (MPMG).
“N�s realizamos diversas dilig�ncias probat�rias, tanto com oitivas de testemunhas e exames periciais diversos e tivemos, entre essas dilig�ncias investigat�rias, a realiza��o de uma reprodu��o simulada dos fatos”, explica a chefe do Departamento Estadual de Investiga��o de Homic�dios e Prote��o � Pessoa (DHPP), Let�cia Gamboge.
Segundo a promotora de Justi�a, Denise Guerzoni, titular do 1º Tribunal do J�ri da comarca de Belo Horizonte, inicialmente, eram consideradas tr�s linhas investigativas: feminic�dio, suic�dio ou acidente fatal. “A conclus�o � muito convincente e tranquila de que n�o houve uma morte violenta, e de que aconteceu um acidente fatal aliado a duas circunst�ncias: a n�o interven��o de terceiros quando da queda e a um torpor, porque quando dos achados periciais, foi encontrado um alto teor alco�lico no organismo da v�tima.”
Outra promotora de Justi�a, Ana Cl�udia Lopes, do 1º Tribunal do J�ri da comarca de Belo Horizonte, foi taxativa: “N�s n�o temos d�vidas a respeito dessa fatalidade; as circunst�ncias que envolveram a morte da Hilma”. Ela destaca o empenho e a transpar�ncia do MPMG e da PCMG na condu��o dos trabalhos, sobretudo a preocupa��o com a fam�lia de Hilma, t�o impactada com a morte da mulher.
Queda acidental
Segundo relato da delegada, no dia da morte, apenas tr�s pessoas estavam no terra�o do apartamento: um empres�rio, que � o propriet�rio do im�vel e parceiro de Hilma, o filho dele e um amigo do empres�rio.
Segundo depoimentos colhidos pela pol�cia, no dia da morte, acontecia uma festa na cobertura, ocasi�o em que os convidados fizeram uso de bebidas alco�licas.
Segundo a delegada Ingrid Estevam, no final da noite, Hilma teria se desentendido com o empres�rio. “Em determinado momento, ela vai em dire��o ao filho do propriet�rio da resid�ncia, tenta tomar o celular dele, porque ele estava filmando a a��o a pedido do pai, para mostrar que ela estava exaltada, e depois que ela toma esse celular e joga-o no ch�o, ela vai em dire��o � piscina. Todos naquele momento acharam que ela iria pular na �gua, no entanto, ela sobe no parapeito e passa uma perna para a parte externa e, por descuido, n�o consegue segurar o corpo e cai.”
A delegada Ingrid entende que Hilma n�o teria a inten��o de se matar. O que aconteceu, na verdade, foi uma aus�ncia de percep��o na hora que ela subiu no parapeito.
O perito Bruno Henrique, da Pol�cia Civil, apresentou uma reprodu��o simulada dos fatos, que demonstram ter sido uma queda acidental de Hilma. “Todas as vers�es, das quatro pessoas que presenciaram a queda, convergiram no fato de que ela caminhou sozinha at� a escada que dava acesso ao piso elevado da piscina.”
Bruno explica ainda que a simula��o do evento mostra que uma das les�es encontradas na parte interna das coxas de Hilma � compat�vel com o movimento de transposi��o das pernas pelo parapeito. “Ela caiu de uma altura de 13 metros."
Vinte e seis pessoas foram ouvidas no inqu�rito e foram realizadas oito per�cias, pelo Instituto de Criminal�stica e pelo Instituto M�dico Legal. Segundo o delegado Guilherme Cat�o, um dos exames apontou o elevado teor alco�lico no organismo de Hilma, o que pode explicar o desequil�brio e a queda.
“Com o alto teor alco�lico, que a v�tima se encontrava no dia, ela acabou perdendo a percep��o de fun��es b�sicas, como profundidade e perigo”, enfatiza o delegado Cat�o.
Ele afirma, que uma das testemunhas de grande import�ncia nas investiga��es foi um vizinho, uma vez que ele relatou com detalhes a discuss�o e queda da mulher. “Por volta de umas 11h20, essa testemunha come�ou a ouvir a discuss�o que vinha da cobertura onde ocorreu o fato. Nesse momento, a testemunha foi at� o terra�o e viu essa discuss�o. Esse depoimento ratifica as declara��es de outras testemunhas.”