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Estado de Minas PANDEMIA

Minas se aproxima dos 45 mil mortos pela COVID-19

At� este domingo (20/6), 44.536 vidas foram perdidas no estado em decorr�ncia do novo coronav�rus


20/06/2021 10:41 - atualizado 20/06/2021 11:15

Leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Poço Fundo, cidade da Região Sul de Minas Gerais(foto: Fábio Marchetto/Governo de Minas)
Leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Po�o Fundo, cidade da Regi�o Sul de Minas Gerais (foto: F�bio Marchetto/Governo de Minas)
Dados divulgados neste domingo (20/6) pelo governo de Minas apontam que 44.536 pessoas morreram no estado por conta das complica��es causadas pela COVID-19 desde mar�o de 2020. Foram 189 �bitos nas �ltimas 24 horas, e Minas Gerais deve ultrapassar a marca das 45 mil vidas perdidas pelo coronav�rus ainda nesta semana.

Entre esse s�bado (19) e este domingo, foram 5.161 infec��es. Ao todo, foram 1.738.342 pessoas contaminadas com a COVID-19 em territ�rio mineiro. Desse total, 91.778 permanecem em acompanhamento m�dico e outras 1.602.028 conseguiram se recuperar da doen�a.

Tamb�m de acordo com dados do governo, Minas vacinou contra o coronav�rus 6.036.350 pessoas, sendo que 2.614.777 receberam a segunda dose do imunizante. O estado recebeu 11.291.334 doses do Minist�rio da Sa�de e enviou 10.672.381 para as Unidades Regionais de Sa�de (URSs), sendo 10.513.896 encaminhadas aos munic�pios.
 
O governo de Minas espera terminar em junho deste ano a vacina��o com a primeira dose de pessoas sem comorbidades entre 55 e 59. Em julho, a expectativa � de vacinar com a dose inicial cidad�os de 50 a 54 anos de idade.
 
Neurologista, Diego Dorim reforça a necessidade de manter cuidados(foto: RAMON LISBOA/EM/D.A. PRES)
Neurologista, Diego Dorim refor�a a necessidade de manter cuidados (foto: RAMON LISBOA/EM/D.A. PRES)
Vacina: a palavra poderosa d� nome a uma dose de esperan�a aguardada pelo Brasil desde mar�o de 2020, quando a pandemia do novo coronav�rus chegou ao pa�s – mas gera tamb�m uma s�rie de d�vidas, informa��es desencontradas ou mesmo dados deliberadamente falsos.


J� em junho de 2021, enquanto quatro imunizantes cumprem o papel de tentar livrar a popula��o de adoecimento, hospitaliza��es e mortes pela COVID-19, ao lado da certeza de que a vacina��o salva vidas, novas perguntas surgem. Principalmente para quem testou positivo para a doen�a mesmo ap�s ter recebido a dose ou conhece algu�m nessa situa��o.

O que mais importa para eles � que a aplica��o impediu que a doen�a se manifestasse de forma agressiva. Mas por que a infec��o acontece? Como tem sido o quadro desses pacientes? Qual o per�odo ideal para que o organismo crie anticorpos contra o Sars-Cov-2? J� � poss�vel aglomerar e esquecer a m�scara? A reportagem do Estado de Minas procurou respostas a essas quest�es com fabricantes e especialistas.

Para in�cio de conversa, � preciso compreender que as vacinas s�o o primeiro passo para o fim da pandemia do novo coronav�rus, mas a imunidade n�o come�a imediatamente depois de tomar o imunizante, e nem mesmo logo ap�s a necess�ria segunda dose. Caso uma pessoa tenha COVID-19 logo ap�s se imunizar, isso n�o significa que a vacina n�o funcionou, mas que seu o sistema imunol�gico n�o teve tempo suficiente para reagir � vacina��o e criar resposta imune, explicam especialistas.

Por isso, � importante entender cada f�rmula. A primeira vacina licenciada para uso no pa�s foi a CoronaVac, com tecnologia da chinesa Sinovac e produzida nacionalmente pelo Instituto Butantan, de S�o Paulo. O intervalo recomend�vel entre as duas doses � de 14 a 18 dias. Sem efic�cia atestada para apenas uma aplica��o, ela garante 77,96% de �xito com o refor�o.

A segunda licen�a concedida no pa�s foi para a Covishield, mais conhecida  no Brasil como AstraZeneca – nome da empresa farmac�utica brit�nica que desenvolveu a prote��o em parceria com a Universidade de Oxford. � produzida nacionalmente nos laborat�rios da Bio-Manguinhos, que faz parte da estrutura da Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz). O tempo de espera entre as duas doses � de at� 12 semanas. Na bula, a fabricante afirma que h� efic�cia “pouco mais de 50% a partir de 21 dias da aplica��o” e 73,43% garantida com duas doses.

Outra aprova��o foi do imunizante desenvolvido pela norte-americana Pfizer em parceria com a alem� BioNTech. O registro estabelece o uso da vacina com esquema de duas doses, com intervalo de 21 dias entre elas, apresentando “prote��o parcial ap�s cerca de 12 dias da primeira dose”. “A vacina apresentou efic�cia global de 95% em toda a popula��o do estudo, incluindo an�lise em diferentes grupos �tnicos, e pacientes com condi��es cl�nicas de risco, sendo observada ainda uma efic�cia de 94% em indiv�duos acima de 65 anos”, informou o bra�o da Pfizer no Brasil.

A Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) tamb�m deu aval ao uso emergencial da vacina da Janssen, farmac�utica da Johnson & Johnson, no fim de mar�o. Ela tem n�vel de prote��o de 85% em casos graves e 66% em casos moderados e leves. � a �nica dispon�vel at� o momento que prev� apenas uma dose para imuniza��o completa.

Apesar disso, o Minist�rio da Sa�de s� anunciou a chegada dos imunizantes na primeira semana de junho. O governo ter� de 10 a 14 dias para receber, distribuir e aplicar as doses que chegaram ao Brasil na ter�a-feira (15/06) porque a primeira remessa ter� 3 milh�es de doses cuja validade vai expirar em 27 de junho, segundo informa��o do Conselho Nacional dos Secret�rios de Sa�de (Conass).

As fabricantes explicam que cada organismo reage de uma forma, dependendo de fatores como a faixa et�ria e o pr�prio sistema imunol�gico. De acordo com o Instituto Butantan, em geral, � preciso esperar pelo menos duas semanas ap�s a segunda dose para garantir prote��o de qualquer vacina, pois � o tempo que o sistema imunol�gico humano leva para criar anticorpos neutralizantes, que barram a entrada do v�rus nas c�lulas.

“Ainda vale lembrar que uma quantidade ainda maior de anticorpos pode ser registrada at� um m�s ap�s o fim da vacina��o, tamb�m variando de indiv�duo para indiv�duo”, informou o Instituto Butantan.

A médica Thalita Rassi recebeu as duas doses, se infectou, mas teve sintomas sem gravidade.(foto: Arquivo pessoal)
A m�dica Thalita Rassi recebeu as duas doses, se infectou, mas teve sintomas sem gravidade. (foto: Arquivo pessoal)

Imuniza��o em massa para prote��o de todos 

� importante esperar, por�m, que grande parte da popula��o tenha sido imunizada antes de pensar em voltar a antigos h�bitos. Por isso, h� uma luta de especialistas em defesa de vacina��o em massa, j� que os vacinados ainda t�m potencial para se contaminar e tamb�m para transmitir o v�rus para quem n�o tem prote��o.

“As pessoas que se vacinaram devem manter todas as medidas protetivas ainda, como distanciamento social, uso de m�scaras e lavagem das m�os”, alerta Lorena de Castro Diniz, coordenadora do Departamento Cient�fico de Imuniza��o da Associa��o Brasileira de Alergia e Imunologia.

“Nenhuma vacina � 100% eficaz. As vacinas n�o impedem, em sua grande maioria, a infec��o, mas sim a evolu��o para a doen�a”, afirma Lorena, ao explicar que o quadro de pacientes vacinados n�o deve resultar em hospitaliza��es. “A grande maioria vai apresentar sintomas leves, mas como a resposta de forma��o de anticorpos e a imunidade inata s�o individuais, n�o conseguimos prever como ser� essa evolu��o em cada caso”, acrescenta a imunologista.

SA�DE EXPOSTA 

Os profissionais de sa�de foram os primeiros a se vacinar, diante do alto risco de  exposi��o ao v�rus. A m�dica Thalita Rassi, de 36 anos, foi imunizada com duas doses de CoronaVac em fevereiro. Mas teve diagn�stico de COVID-19 em 28 de mar�o, 45 dias ap�s a segunda dose da vacina. Apresentou febre, dor no corpo e sofreu perda de olfato e paladar.

Mas, gra�as � vacina, n�o sofreu com falta de ar, nem sintomas respirat�rios, podendo se tratar em casa e cumprindo o isolamento por 14 dias. “Esse v�rus � muito novo e cada organismo reage de uma maneira, ent�o devemos ser muito cuidadosos e cautelosos”, disse Thalita. “Isso tudo vai passar, mas temos que nos cuidar e ter paci�ncia”, comenta.

O m�dico neurologista Diego Dias Ramos Dorim, de 36, garantiu a segunda dose da CoronaVac em 22 de fevereiro. Duas inje��es que o salvaram de uma evolu��o no quadro cl�nico de COVID-19, confirmado em 5 de maio �ltimo. “Comecei com sintomas de espirro e coriza um pouco mais fortes em rela��o ao habitual. Como tenho uma crian�a em casa e minha esposa est� gr�vida, resolvi fazer o teste, que deu positivo”, conta.

Com o diagn�stico, ele se isolou e passou a usar m�scara at� dentro de casa. Agora, refor�a ainda mais a necessidade das medidas de prote��o individual e faz um alerta: “Mesmo ap�s a vacina��o, n�o relaxem nos cuidados. A vacina n�o impede voc� de se infectar, mas impede as formas graves e moderadas da doen�a. � preciso lembrar que n�o � porque est� vacinado que tudo est� liberado. As medidas pessoais de cuidados e isolamento devem ser mantidas”, refor�ou.

A t�cnica em enfermagem Rosemar Botelho Marques, de 53, tamb�m garantiu a imuniza��o com a CoronaVac em fevereiro e testou positivo para COVID-19 em 8 de maio. Como ela � fumante, pensou que a tosse poderia ser causada pelo cigarro. “Tive tosse e dor de cabe�a. Fiz o teste, porque meu marido apresentou sintomas de gripe. Logo depois, fiquei em isolamento social, mas foi um per�odo tranquilo. Agora, � continuar me cuidando”, afirma.

 




 



 


 


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