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Estado de Minas COVID-19

S� nove cidades de Minas ainda driblam a morte na pandemia

Com popula��o inferior ao total de �bitos pela doen�a no estado, grupo inclui munic�pios que apostaram no isolamento, apesar da perda de renda


22/07/2021 06:00 - atualizado 22/07/2021 09:34

Vista de Santana dos Montes do alto da torre da igreja: cidade de 3.777 habitantes manteve rigor no isolamento em momentos mais críticos e aposta na informação contra a COVID-19 (foto: Renato Weil/EM/D.A Press - 16/6/05)
Vista de Santana dos Montes do alto da torre da igreja: cidade de 3.777 habitantes manteve rigor no isolamento em momentos mais cr�ticos e aposta na informa��o contra a COVID-19 (foto: Renato Weil/EM/D.A Press - 16/6/05)
Um ano e quatro meses ap�s o registro da primeira morte por COVID-19 em Minas Gerais, somente nove cidades continuavam sem mortes em decorr�ncia da doen�a at� a manh� de ontem (21/7). Juntas, elas re�nem menos de 40 mil moradores (confira quadro), uma popula��o inferior ao total de vidas perdidas pelo estado para o novo coronav�rus. Embora a baixa densidade demogr�fica j� seja uma ajuda – a mais populosa delas tem somente 11.230 habitantes –, o “drible” na morte pela doen�a exige sacrif�cios, como o feito pela tur�stica Santana dos Montes, que n�o poupou nem os hot�is do fechamento em momentos mais cr�ticos.

O total de habitantes das nove cidades � de 39.505, enquanto o boletim epidemiol�gico divulgado ontem pela Secretaria do Estado de Sa�de (SES) apontou mais 208 �bitos por COVID-19, levando para 49.233 o total em Minas Gerais desde o in�cio da pandemia – quase 10 mil a mais do que a soma dos moradores dos nove munic�pios que ainda “driblam” a morte por COVID. Do total de mortos no estado, 67% tinham alguma comorbidade, a maioria cardiopata ou diabetes. A m�dia de idade das v�timas � de 67 anos e 71% delas tinham 60 anos ou mais. A taxa de letalidade est� em 2,6%.
Embora n�o estejam livres da doen�a, algumas cidades t�m conseguido controlar o avan�o e agravamento dos casos. Entre aquelas que n�o registraram nenhuma morte, quatro est�o na Regi�o Central do estado: Desterro do Melo, com 2.901 habitantes; Diogo Vasconcelos com 3.802; Santana dos Montes, com 3.777 moradores; e Serra Azul de Minas com 4.293. 

Outros dois munic�pios respondem � macrorregi�o do Vale do Jequitinhonha/Mucuri: Aricanduva, com 5.231 habitantes, e Jos� Gon�alves de Minas, com 4.501.

J� Bonito de Minas, a mais populosa do grupo, tamb�m sem nenhuma morte confirmada at� ontem, est� no Norte de Minas e tem 11.230 moradores. Pedro Teixeira, na Zona da Mata, com 1.807 habitantes, e Serranos, no Sul de Minas, com 1.963, tamb�m aparecem na rela��o.

Sacrif�cios


Para tentar ficar fora da lista macabra, Santana dos Montes n�o poupou nem mesmo o setor hoteleiro e, consequentemente, o turismo, setor de peso na economia da cidade. Apesar de o funcionamento de hot�is ter sido permitido pelo programa Minas Consciente, a prefeitura determinou o fechamento de todos durante a onda roxa. “E eles s�o a principal gera��o de renda”, destacou a secret�ria de Sa�de, Daiana Cristina.

A cidade costumava receber, antes da pandemia, cerca de 300 turistas por fim de semana. “Mesmo na onda amarela – na qual a cidade est� inserida atualmente – tem muitas coisas que n�o podem funcionar 100%. Os hot�is est�o s� com 75% de capacidade e alguns apenas com 50%”, relatou Daiana. Somam-se a isso, as restri��es para a realiza��o de eventos e a fiscaliza��o ostensiva para barrar festas clandestinas.

'O primeiro impacto foi abrupto porque ficamos fechados por quase tr�s meses e com muitas incertezas'

Bruno Nogueira, propriet�rio de hotel-fazenda em Santana dos Montes



Assim como h� o medo de turistas levarem a doen�a para o munic�pio de 3.777 habitantes, a prefeitura tamb�m tem apostado em campanhas de conscientiza��o para os moradores que v�o viajar. Com com�rcio limitado, muitos recorrem �s cidades vizinhas para fazer compras ou se movimentam para tratamentos de sa�de em outras localidades. “V�o para Conselheiro Lafaiete, temos muitos pacientes em tratamento de sa�de em Belo Horizonte e algumas pessoas usam a cidade de Caranda� para fazer compras, por exemplo”, relatou a secret�ria de Sa�de. Para tentar evitar o cont�gio, a prefeitura divulga orienta��es sobre a utiliza��o correta do transporte e refor�o ao uso de m�scaras. Desde o in�cio da pandemia, s�o 118 casos confirmados.

Na cidade, que ficou os �ltimos 15 dias sem nenhum novo caso, a conscientiza��o foi uma tarefa �rdua. “Aqui, a nossa popula��o � de dif�cil entendimento. Mas quando chegamos na onda roxa, ela come�ou a fazer o que era preciso”, contou. O uso de m�scara � o principal desafio. “Ainda pedimos que n�o deixem de usar”, refor�ou a secret�ria.


(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)


Adapta��o


As restri��es do munic�pio para conter o avan�o da doen�a for�aram o propriet�rio de um hotel-fazenda, Bruno Nogueira, a se adaptar. “O primeiro impacto foi abrupto porque ficamos fechados por quase tr�s meses e com muitas incertezas”, afirmou. A partir do momento em que um ensaio de reabertura se tornou poss�vel, j� com todos os protocolos engatilhados, foi necess�rio repensar a nova realidade. “E deu certo. Os hot�is-fazenda j� t�m uma voca��o natural para lidar com essa situa��o, porque s�o �reas rurais, espa�osas, muito abertas”, destacou.

No in�cio do ano, foram mais 30 dias totalmente fechados. Entretanto, na maior parte da pandemia foi poss�vel manter as portas abertas com redu��o da capacidade. “Isso, a princ�pio, era uma preocupa��o nossa, porque, afinal de contas, havia uma estrutura toda montada, tanto de folha de pagamento como de lazer para funcionar com 100% e, de repente, a gente tinha 50%”, relembrou.

Com uma nova realidade, tamb�m vieram as mudan�as de h�bitos e o perfil dos h�spedes. “O que se verificou, na pr�tica, foi que os per�odos menos procurados come�aram a ser mais demandados”, citou. Os fins de semana foram trocados pelo per�odo de segunda a sexta. “Isso acabou por compensar a ocupa��o”, disse.

Para Nogueira, a mudan�a � consequ�ncia do aumento do home office e da suspens�o das aulas presenciais. Passado o per�odo mais angustiante, em uma cidade com cen�rio epidemiol�gico mais confort�vel, ele vislumbra dias melhores. “Temos a voca��o natural de um hotel-fazenda de funcionar nessas circunst�ncias, que a gente viveu e est� vivendo ainda”.

*Amanda Quintiliano especial para o EM

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