
O Centro de Tecnologias de Vacinas (CT Vacinas) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) segue para uma nova fase das pesquisas com a vacina SpiN-TEC, contra a COVID-19.
A institui��o busca a autoriza��o junto � Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) para o in�cio dos testes cl�nicos, previsto para o final de setembro.
Os objetivos s�o avaliar a seguran�a da vacina, identificando se ela provoca ou n�o efeitos adversos em humanos, e comprovar a sua efic�cia. A fase 1 contar� com a participa��o de aproximadamente 40 volunt�rios e a 2, entre 150 e 300 volunt�rios.
Assim, os testes ser�o realizados com volunt�rios que j� tenham recebido as duas doses da vacina CoronaVac h� pelo menos seis meses. Com isso, ser� avaliada a capacidade de resposta em rela��o a esse refor�o contra a COVID-19.
Para a autoriza��o da Anvisa, a UFMG est� na fase final de prepara��o de dossi�s contendo dados e informa��es que demonstram o bom funcionamento da vacina a partir dos resultados dos testes pr�-cl�nicos, realizados em camundongos humanizados, em hamsters e em primatas.
De acordo com a UFMG, os resultados dessa fase foram todos positivos: a vacina n�o gerou efeitos colaterais adversos detect�veis e demonstrou a capacidade de produ��o de anticorpos.
"J� tivemos algumas reuni�es com a Anvisa para entender as demandas e o formato do encaminhamento desses dados e, no momento, estamos adequando a abordagem das informa��es segundo os padr�es exigidos pela Ag�ncia", informa o professor Fl�vio da Fonseca, um dos pesquisadores do CT Vacinas � frente do desenvolvimento da SpiN-TEC.
O dossi� deve ser entregue at� o final deste m�s e os dados e informa��es ser�o analisados pelo Comit� de Avalia��o de Estudos Cl�nicos, Registro e P�s-Registro de Medicamentos para Preven��o ou Tratamento da Covid-19 (Comit� Covid-19) da Anvisa.
O pesquisador do CT Vacinas ressalta que os imunizantes brasileiros, entre eles o SpiN-TEC, chegar�o aos bra�os dos brasileiros somente no ano que vem, quando a popula��o j� estar� vacinada. Com isso, essas vacinas ser�o caracterizadas como dose de refor�o, com o objetivo de manter a imunidade das pessoas em rela��o �s infe��es provocadas pelo Sars-Cov2, v�rus com o qual ainda conviveremos por muito tempo.
SpiN-TEC promete combater maior n�mero de variantes
O termo SpiN remete � prote�na quim�rica, decorrente da mistura das prote�nas S e N. Assim, apresenta uma constru��o aprimorada em rela��o aos imunizantes que contemplam apenas a prote�na S, na qual ocorre a maioria das muta��es do novo coronav�rus.Ao associar a prote�na S � N, mais est�vel e menos acometida pelas muta��es respons�veis pelo surgimento de variantes do novo coronav�rus conhecidas at� hoje, inclusive na variante delta, a SpiN-TEC promete combater um n�mero maior de variantes do novo coronav�rus.
"Percebemos a import�ncia dessa outra prote�na, a N, do n�cleocaps�deo do Sars-Cov2, quando est�vamos desenvolvendo o kit diagn�stico para COVID-19 e definimos por adicion�-la � vacina em desenvolvimento", explica Fl�vio da Fonseca.
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Guia r�pido explica com o que se sabe at� agora sobre temas como risco de infec��o ap�s a vacina��o, efic�cia dos imunizantes, efeitos colaterais e o p�s-vacina. Depois de vacinado, preciso continuar a usar m�scara? Posso pegar COVID-19 mesmo ap�s receber as duas doses da vacina? Posso beber ap�s vacinar? Confira esta e outras perguntas e respostas sobre a COVID-19.