
As investiga��es come�aram ap�s a Pol�cia Civil receber uma den�ncia, no in�cio de agosto, de que o animal havia sido v�tima de maus-tratos. Os policiais se deslocaram at� a resid�ncia do rapaz, onde identificaram sinais de inc�ndio criminoso. A per�cia foi acionada e compareceu ao local. Na sequ�ncia, foi solicitado - e posteriormente expedido - um mandado de pris�o preventiva, cumprido ontem.
O suspeito confessou o crime, e disse que colocou fogo no animal em retalia��o � ex-namorada, dona do cachorro, que terminou o relacionamento h� cerca de quatro meses.
Ele relatou que trancou o c�o em um banheiro da pr�pria casa, com alguns m�veis velhos de madeira, jogou etanol que adquiriu em um posto sobre o animal e ateou fogo. O cachorro conseguiu fugir e foi socorrido depois de alguns dias para, em seguida, ser encaminhado a um n�cleo veterin�rio.

"O cachorro fugiu. Ele deve ter ficado aproximadamente de tr�s a sete dias com ferimentos graves, at� o momento em que uma vizinha chamou o Corpo de Bombeiros e ele foi socorrido", conta o delegado Thiago Gomes Ribeiro.
"Os veterin�rios realizaram um excelente trabalho, o cachorro estava realmente bem debilitado, corria um grande risco de vida. � um ato de extrema crueldade. Um indiv�duo desses n�o est� h�bito para o conv�vio social", complementa o policial.
Reabilita��o do animal
Segundo o veterin�rio Thiago Maijer, que atendeu o animal, o c�o permaneceu cerca de um m�s internado na cl�nica para tratar os ferimentos. Ele tamb�m relatou que o animal passou por um processo de reabilita��o comportamental, e explicou que “animais v�timas de maus-tratos n�o podem ser encaminhados para qualquer adotante, em raz�o dos traumas sofridos, o que pode vir a gerar agressividade".
Ap�s o per�odo de reabilita��o, o c�ozinho foi adotado por um estudante de veterin�ria e recebeu o nome de Coronel. De acordo com a Pol�cia Civil, o cachorro n�o foi devolvido para a ex-namorada, pois ela teria deixado o animal com o suspeito ap�s o t�rmino.
2ª pris�o por maus-tratos em duas semanas
No �ltimo dia 20 de agosto, a Pol�cia Civil prendeu em flagrante de um homem, de 69 anos, que teria castrado um gato de forma prec�ria, utilizando um canivete. O animal, que foi adotado pelo investigador Ac�ssio Jos� Paese, recebeu o nome de Vit�rio.
Para o delegado Thiago Gomes Ribeiro, a altera��o legislativa que passou a punir com mais rigor a pr�tica de maus-tratos, sobretudo contra c�es e gatos, permite uma a��o mais incisiva da Pol�cia.
“Dentro da nova lei, � poss�vel uma repress�o mais contundente em rela��o a esses casos. No caso dos maus-tratos, a pena de reclus�o � de dois a cinco anos”, afirma o delegado.
(Gabriella Starneck / Especial para o EM)