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Estado de Minas COVID-19

Coronav�rus provoca um vaiv�m de 'bolhas' em escolas de BH

Surtos e casos suspeitos ou confirmados fecharam temporariamente tr�s escolas e tiraram de sala turmas de outras 34 desde abril, aponta sindicato


16/09/2021 06:00 - atualizado 16/09/2021 07:21

Alunos em sala de aula de escola municipal de BH: segundo a prefeitura, o único fechamento na rede pública da cidade ocorreu em decorrência de suspeita de surto que não se confirmou
Alunos em sala de aula de escola municipal de BH: segundo a prefeitura, o �nico fechamento na rede p�blica da cidade ocorreu em decorr�ncia de suspeita de surto que n�o se confirmou (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press - 24/6/21)


A pandemia do novo coronav�rus (Sars-CoV-2) obrigou duas escolas particulares e uma p�blica municipal em Belo Horizonte a suspenderem temporariamente as aulas devido a relatos de surtos do v�rus desde a retomada das atividades presenciais, em abril. Contudo, tem sido rotineiro o aparecimento de casos de COVID-19 que levam � interrup��o das atividades presenciais de turmas e bolhas (fra��es de turmas) espec�ficas. N�o h� n�meros oficiais, mas, s� na rede particular, den�ncias apontam que em pelo menos 34 institui��es turmas e bolhas tiveram que regredir �s aulas a dist�ncia depois da detec��o de casos suspeitos ou confirmados de infec��o pelo v�rus. A informa��o foi repassada com exclusividade ao Estado de Minas pelo Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro Minas) e p�s-apurada pela reportagem. Nas escolas municipais de BH, h� relatos de 130 alunos ou profissionais que testaram positivo, segundo o sindicato dos trabalhadores da categoria (SindRede).

As informa��es da entidade de classe que representa os professores do setor privado chegaram por meio de um canal de den�ncias an�nimas telef�nicas e por mensagens. Para se ter uma ideia desse universo, as salas de aulas dessas 34 institui��es de ensino elencadas por funcion�rios nas den�ncias de casos de COVID-19, obrigando ao retorno dos alunos �s suas casas, comportavam 26.151 matriculados, em 2020, de acordo com o Minist�rio da Educa��o. O n�mero de alunos de fato afastados e de turmas � desconhecido. Em BH, h� 834 escolas particulares conforme o censo 2020.
 
S� na semana passada, segundo informa��es recebidas pela reportagem, teriam sido tr�s institui��es a suspender bolhas e turmas presenciais devido a casos e suspeitas de COVID-19, entre alunos e professores, todas na Regi�o Centro-Sul. O total seria de sete turmas ou bolhas, dos ensinos infantil ao fundamental. Pelas den�ncias recebidas, a regional de Belo Horizonte que mais teve institui��es com casos de COVID-19, obrigando ao encerramento das aulas presenciais, foi a Centro-Sul (veja a tabela), com 12 escolas, seguida das regionais Pampulha e Oeste, com seis institui��es tendo de tomar esse tipo de medida preventiva cada uma. Nenhuma escola ou col�gio da Regional Venda Nova apresentou den�ncia de regresso �s teleaulas devido � doen�a at� o momento.

De acordo com a presidente do Sinpro Minas, Val�ria Morato, n�o se tem um controle exato das quantidades de turmas e de bolhas afastadas do estudo presencial por falta de informa��es. “Oficialmente, s� se divulga quando uma institui��o tem surto e paralisa todo o seu funcionamento. Mas quanto �s turmas e bolhas, v�rias escolas j� suspenderam o ensino presencial, mas n�o informam, apesar de isso ser uma exig�ncia sanit�ria”, afirma a presidente do sindicato dos professores particulares.

Respons�vel por receber e processar as den�ncias, a diretora do Sinpro-MG, Telma Santos, relata uma rotina de descumprimentos das diretrizes e dificuldades para fiscalizar. Ela acredita que haja outros col�gios com suspens�o de atividades presenciais, mas que n�o fizeram uma den�ncia. “Os casos n�o s�o informados oficialmente pelas escolas. Na verdade, um dos pontos de den�ncias � justamente o fato de as escolas omitirem os casos, pressionarem os trabalhadores para omitir e assim n�o terem de suspender as aulas”, afirma.

Outro ponto que preocupa s�o as den�ncias de descumprimento aos protocolos sanit�rios definidos pelas autoridades sa- nit�rias. “Uma das den�ncias recebidas traz o relato de uma grande escola cuja dire��o assumiu uma interpreta��o da orienta��o de distanciamento que favorece mais alunos nas salas. E �queles (funcion�rios) que n�o estivessem contentes (com isso), o desligamento seria facilitado”, relata. Segundo a diretora, mesmo tendo o Minist�rio P�blico do Trabalho emitido uma recomenda��o para que as escolas deem livre acesso ao sindicato para colaborar com a verifica��o dos ambientes e protocolos, v�rias institui��es se negam a acatar a orienta��o.

Outro lado


O Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG) informa n�o dispor de estat�sticas de turmas afastadas do ensino presencial, que seriam casos pontuais. “As escolas est�o sendo orientadas para atender com rigidez aos protocolos e informar, atrav�s de formul�rio pr�prio, os casos suspeitos e tamb�m positivados � Vigil�ncia Sanit�ria e � Secretaria de Sa�de”, informa a entidade.

Segundo a presidente da entidade que representa as escolas particulares, Zuleica Reis, a responsabilidade de acompanhar, informar e registar casos � de cada escola junto aos �rg�os competentes da �rea de sa�de. “N�o trabalhamos com especula��es de dados. O momento � de uni�o junto �s fam�lias, estudantes, professores, funcion�rios e �rg�os da sa�de que est�o monitorando as escolas.” A presidente, por outro lado, demonstrou interesse em receber tamb�m as den�ncias. “Queremos ter acesso a informa��es sobre esses relatos, bem como esses surtos abafados pelas escolas. � importante que se deem os nomes, para que possamos orientar. N�o podemos trabalhar com especula��es. Se descumprimentos reais estiverem ocorrendo, n�o podemos fechar os olhos”, salientou.

Total de escolas particulares que suspenderam as atividades presenciais de turmas ou bolhas temporariamente devido à COVID-19 por regional de BH (clique para ampliar)
Total de escolas particulares que suspenderam as atividades presenciais de turmas ou bolhas temporariamente devido � COVID-19 por regional de BH (clique para ampliar) (foto: Arte/Paulinho Miranda)



SindRede contabiliza 130 contamina��es de alunos


As secretarias municipais de Sa�de (SMSA) e de Educa��o (SMED) de Belo Horizonte informam que nenhum surto de COVID-19 foi detectado na rede p�blica municipal e precisou suspender completamente as atividades presenciais na capital mineira. Entretanto, nenhuma das pastas divulgou dados sobre turmas e bolhas que tenham regredido �s aulas exclusivamente remotas devido a casos positivos de COVID-19 entre alunos ou profissionais. Por outro lado, tamb�m por meio de den�ncias de filiados, o Sindicato dos Trabalhadores em Educa��o da Rede P�blica Municipal de BH (SindRede) informou ter tido not�cias de ao menos 130 casos de alunos positivos para o novo coronav�rus e que muitos deles resultaram em suspens�o de turmas e de bolhas presenciais, mas n�o em interrup��o das aulas das institui��es.

“N�o s�o muitas as que suspenderam bolhas ou o funcionamento, mas essas informa��es n�o s�o divulgadas. Nossa maior preocupa��o continua sendo com a quest�o da contamina��o. Vale dizer que atualmente o n�mero de crian�as presentes nas escolas ainda � baixo. Mas tem aumentado nas �ltimas semanas e tende a crescer ainda mais”, avalia a diretora do SindRede, Vanessa Portugal.

Segundo ela, outras preocupa��es se fazem urgentes com o retorno dos alunos. “O quadro de professores que temos n�o tem condi��o de executar o trabalho presencial e o remoto. N�o � o mesmo tipo de trabalho. A prefeitura precisa garantir a seguran�a sanit�ria. Esse um metro de distanciamento de cabe�a a cabe�a, em algumas salas de aula, n�o tem sido efetivo, com crian�as ocupando a mesma mesa, separadas por barreiras de acr�lico. � preciso tamb�m que haja equipamentos para os professores e para as crian�as que precisam estudar pelo m�todo remoto”, afirma a diretora do sindicato.

A SMSA informa que mant�m o monitoramento constante dos indicadores da doen�a no munic�pio e que o retorno das aulas est� sendo feito de forma gradual e segura, com base em evid�ncias cient�ficas. “O protocolo foi elaborado visando � seguran�a dos funcion�rios e alunos das institui��es que estiverem em atividades presenciais. A orienta��o para casos suspeitos de COVID-19 � o afastamento e encaminhamento da pessoa para a unidade de sa�de, al�m do isolamento e busca de contactantes”, afirma a secretaria.

As secretarias informam ainda que houve suspens�o das aulas "no Col�gio Santo Agostinho, em maio, e no Col�gio Loyola, em junho. Na rede p�blica de ensino n�o houve nenhum surto, at� o momento. No entanto, por precau��o, houve suspens�o das atividades na Escola Municipal Magalh�es Drumond, por causa de sete casos suspeitos, dos quais seis testaram negativo, n�o caracterizando surto".

De acordo com os protocolos da SMSA e da SMED, as aulas s� s�o paralisadas se houver surtos, caso contr�rio s�o mantidas as medidas de preven��o ao cont�gio. “As secretarias municipais de Sa�de e de Educa��o monitoram rigorosamente a situa��o das unidades, e os profissionais que apresentam sintomas est�o sendo encaminhados para testagem e afastados por 10 dias. J� para os que tiveram contato com pessoas suspeitas e ainda n�o apresentam sintomas � orientado o afastamento por 14 dias”.

Balan�o da doen�a


De acordo com o Boletim Epidemiol�gico e Assistencial divulgado ontem pela Prefeitura de Belo Horizonte, a velocidade de transmiss�o da doen�a est� em 0,96 na cidade, dentro da faixa de controle, abaixo de 1. Tamb�m est�o na zona de controle as taxas de ocupa��o de unidades de terapia intensiva (UTI)  para COVID-19, de 45,3, e de enfermaria para pacientes com a doen�a, de 29,6%. Ainda segundo o boletim, o total de casos na cidade chegou a 278.275, dos quais 6.621 resultaram em mortes. Em Minas Gerais, segundo a Secretaria de Estado de Sa�de (SES), os casos somam 2.103.798, com 53.845 mortes.

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