Segundo a PBH, adolescentes a partir de 16 anos n�o precisam estar acompanhados de pais ou respons�veis no momento da imuniza��o. Para receber a vacina, eles precisam apresentar documento de identifica��o, podendo ser identidade ou certid�o de nascimento.
A prefeitura recomenda que o adolescente apresente o CPF ou o Cart�o Nacional de Sa�de.
O jovem tamb�m precisa apresentar comprovante de resid�ncia em Belo Horizonte, n�o ter recebido vacina contra a COVID-19 ou qualquer outra vacina nos �ltimos 14 dias e n�o ter tido COVID-19 com in�cio de sintomas nos �ltimos 30 dias.
A PBH informa ainda que os cerca de 29 mil adolescentes de 17 anos ser�o imunizados somente com a vacina da Pfizer, j� que � o �nico imunizante autorizado pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) no Brasil para adolescentes de 12 a 17 anos.
Sobre a vacina��o de jovens com idades inferiores, a prefeitura explica que “� imprescind�vel que novas remessas de vacinas sejam entregues a Belo Horizonte para a amplia��o dos grupos a serem vacinados. A Prefeitura reafirma a disponibilidade de pessoal e de todos os insumos necess�rios para a imediata continuidade do processo.”
Import�ncia da vacina��o dos adolescentes
A infectologista Melissa Valentini ressalta que a �nica maneira de combater uma epidemia como a da COVID-19 � ampliando a vacina��o e tendo a maior parte do p�blico vacinado.
“Caso contr�rio, com um percentual de pessoas n�o vacinadas, o v�rus continua circulando nessa popula��o, h� o surgimento de variantes e a epidemia n�o consegue ser erradicada.”
Por isso, ela afirma que a vacina��o de jovens dessa faixa et�ria � extremamente importante. Al�m disso, a infectologista alerta para o aumento do n�mero de casos da doen�a entre os adolescentes.
“De acordo com o boletim semanal de testes feitos pelo Grupo Pardini, nas duas �ltimas semanas, apesar dos adolescentes serem os que menos tentam, eles est�o com percentual de testes positivos maior do que das outras popula��es, mostrando que, neste momento, s�o as pessoas com maior risco.”
Os dados apresentados pelo laborat�rio mostram que adolescentes entre 14 e 17 anos apresentam maior percentual de testes positivos de COVID-19, assim como a popula��o acima de 60 anos. "Mostrando a import�ncia da dose de refor�o (para os idosos).”
Melissa afirma que crian�as e adolescentes t�m uma chance muito menor de apresentarem casos graves da doen�a, em compara��o com adultos com comorbidades e idosos.
“O cen�rio � preocupante, a partir do momento que o jovem volta a trazer o v�rus para dentro de casa. Mesmo com os pais e av�s vacinados, todos sabem que nenhuma vacina imuniza 100% contra nenhuma doen�a.”
O pediatra e epidemiologista do Grupo Pardini, Jos� Geraldo Leite Ribeiro, tamb�m refor�a a import�ncia da vacina��o nesta faixa et�ria.
“Eu mesmo tive a oportunidade de tratar dois adolescentes na �ltima semana que se infectaram. Como a maioria deles, forma leve, um pouco de dor de garganta, febre baixa. Mas, esse quadro leve e, �s vezes, at� os assintom�ticos, do ponto de vista epidemiol�gico s�o preocupantes porque a pessoa acaba saindo de casa, frequentando outros ambientes e aumentando a possibilidade da transmiss�o.”
A vacina��o desses adolescentes, de acordo com ele, � necess�ria para reduzir essa taxa de infec��o.
“Outra quest�o importante � que os idosos e imunodeficientes perdem uma parte deles, a sua prote��o de 6 a 8 meses depois da segunda dose da vacina. Ent�o, o adolescente pode acabar transmitindo para essa popula��o, sejam esses vacinados ou n�o”, completa.
Vacina da Pfizer e contraindica��es
A infectologista ressalta que os jovens devem receber apenas o imunizante produzido pela Pfizer.
“Qualquer outra vacina, n�o deve ser aplicada nos adolescentes de 12 a 17 anos. A �nica vacina aprovada pela Anvisa � a Pfizer. Isso � uma coisa importante que os pais saibam.”
Melissa lembra que no estado de S�o Paulo, os jovens nessa faixa et�ria receberam imunizantes de outros laborat�rios. Mas, ela n�o recomenda essa medida tomada pelo governo paulista.
“N�o � o que o Programa Nacional de Imuniza��o recomenda e os pais devem ficar atentos a isso.”
A respeito das contraindica��es, os especialistas afirmam que elas s�o raras. “S�o as mesmas no caso dos adultos. Em rela��o � vacina da Pfizer, que ser� usada, � apenas alergia grave � pr�pria vacina. N�o h� outra pr�-condi��o que contraindique absolutamente a vacina��o”, explica o pediatra.
“S�o as habituais. Se a pessoa tiver tido COVID nos �ltimos 30 dias, n�o deve tomar (a vacina). Se tiver algum quadro agudo, com febre tamb�m n�o”, diz Melissa.
Ela lembra que os efeitos adversos da vacina n�o diferem muito do ocorrido na popula��o adulta. “H� um percentual de adolescentes, principalmente, do sexo masculino que na segunda dose podem ter uma miocardite associada a vacina. Entretanto, a chance de ter uma inflama��o cr�nica pelo v�rus, � muito maior do que pela vacina.”
De acordo com a infectologista, foram registrados alguns casos nos Estados Unidos, onde a vacina��o desta faixa et�ria j� est� mais avan�ada. “Mas � um percentual muito pequeno que n�o justifica a contraindica��o da vacina.”
Melissa refor�a que n�o h� motivos para preocupa��o dos pais neste sentido.
“Essa vacina foi aprovada pela nossa ag�ncia regulat�ria, j� est� sendo administrada em v�rios pa�ses da Europa e dos Estados Unidos e tem condu��o de estudos cl�nicos at� em crian�as mais novas, a partir de 5 anos. Provavelmente, ela ser� liberada em breve para essa faixa et�ria tamb�m. Nesse momento, os benef�cios de se vacinar s�o muito mais importantes do que os riscos que ela pode trazer.”
Ela explica ainda que a vacina contra a COVID-19 n�o deve ser combinada com nenhuma outra. “Deve haver um intervalo de 15 dias antes e depois entre elas.”
A PBH prometeu divulgar os locais de vacina��o para os adolescentes de 17 anos em seu portal at� o fim do dia. Assim que houver a informa��o dos postos dispon�veis para esta faixa et�ria, a mat�ria ser� atualizada.
* Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Ellen Cristie.
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