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Estado de Minas PANDEMIA

Adolescentes de 17 anos comemoram vacina��o em BH: 'momento hist�rico'

Cerca de 29 mil adolescentes nessa faixa et�ria s�o esperados para garantir a imuniza��o, nesta quarta-feira (29/9), com a primeira dose da Pfizer


29/09/2021 14:48 - atualizado 29/09/2021 16:58

Laura Mourão:
Laura Mour�o: "Estamos na fase que era para estarmos vivendo tudo, mas a vida parou" (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Ap�s conflitos pol�ticos e pol�micas, a fila da vacina��o contra a COVID-19 voltou a andar para os adolescentes sem comorbidades  nesta quarta-feira (29/9) em Belo Horizonte. Sob cr�ticas de autoridades pol�ticas e m�dicas, o Minist�rio da Sa�de (MS) havia suspendido a recomenda��o para aplicar o imunizante no p�blico de 12 a 17 anos – exceto aqueles com alguma condi��o cl�nica de sa�de.

Mas, apenas seis dias depois do an�ncio, voltou atr�s no parecer. Na capital mineira, contudo, mesmo caso a medida tivesse sido mantida pelo governo federal, a prefeitura do munic�pio j� havia garantido que a campanha n�o seria interrompida, conforme a disponibilidade no estoque de doses.

O que originou a medida adotada pelo MS foi a suspeita da morte de uma adolescente imunizada que havia sido relacionada com a vacina, mas acabou descartada ap�s an�lise.

De acordo com o secret�rio-executivo da pasta federal, Rodrigo Cruz, um comit� formado por representantes do minist�rio e da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) confirmou que o falecimento da jovem de 16 anos, em S�o Bernardo do Campo, no estado de S�o Paulo, n�o tinha liga��o com o imunizante. “Os benef�cios da vacina��o s�o maiores que os eventuais riscos de eventos adversos”, disse o servidor.

Passado esse per�odo de incertezas, BH deu in�cio, hoje, � primeira fase da imuniza��o dos belo-horizontinos de 17 anos, sem comorbidades, completados at� 30 de setembro – e quem comemora s�o eles.

No posto drive-thru do Corpo de Bombeiros, na Regi�o Centro-Sul, Mariana Lehman, J�lia Vianna, Carlos Eduardo Rodrigues e Laura Mour�o relatam com entusiasmo a sensa��o de dever cumprido logo depois de receberem a primeira dose da Pfizer.

Conforme autoriza��o da Anvisa, at� o momento, somente o imunizante norte-americano pode ser aplicado no grupo. Cerca de 29 mil adolescentes da faixa et�ria s�o esperados para garantir a prote��o, segundo o Executivo municipal.

Júlia Vianna:
J�lia Vianna: "� um momento muito hist�rico para qualquer pessoa" (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

 
“� um momento muito hist�rico para qualquer pessoa, que vou lembrar para o resto da minha vida. Acho que a vacina � muito importante n�o s� para nosso pa�s, mas para o mundo inteiro. Temos um poder e apoio muito grande por causa do SUS, por isso estou muito grata e feliz”, declarou a estudante de 17 anos, J�lia Vianna.

Assim como ela, Mariana Lehman relata como a vacina representa a esperan�a da retomada, aos poucos, da vida como era antes, ou pelo menos onde o conv�vio com as pessoas volte a ser seguro.

“Todo mundo sofreu muito com esse per�odo, o mundo mudou. Mas algumas coisas como poder abra�ar, ir para a escola normalmente, acho que j� faz muita diferen�a”, afirmou.

Import�ncia da vacina��o dos adolescentes

Por serem considerados um grupo de baixo risco para sintomas graves da COVID-19, o debate sobre vacinar ou n�o adolescentes acontece desde a cria��o dos primeiros imunizantes.

Com o estopim criado pelo Minist�rio da Sa�de, especialistas, em sua maioria, aproveitaram para destacar que, para controle de uma epidemia, � necess�rio que a maior parte da popula��o esteja protegida com a dose do imunizante.

“A melhora no cen�rio epidemiol�gico brasileiro, com queda de 60% no n�mero de casos e de 58% de mortes por COVID-19 nos �ltimos 60 dias, n�o � motivo para a interrup��o. A vacina��o � um dos fatores, sen�o o principal, que colaborou para esse avan�o. Vacinar os adolescentes pode contribuir ainda mais”, destacou, em nota, a Sociedade Brasileira de Imuniza��es (SBIm), ap�s decis�o do governo federal de suspender a imuniza��o para a faixa et�ria.

Mariana Lehman:
Mariana Lehman: "Todo mundo sofreu muito com esse per�odo, o mundo mudou" (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)


“O per�odo de espera pela vacina foi demorado. Eu queria muito. Desde que come�ou tudo, n�s adolescentes estamos esperando. Agora, mal posso esperar para as coisas voltarem ao normal”, ressaltou Mariana.

Sensa��o de juventude perdida

Quando se pensa em adolesc�ncia, muitos dos mais novos j� associam a uma �poca de descobrimentos, independ�ncia, e claro, da vida de festas e divers�o como s�o mostradas nos filmes e livros.

Contudo, com o surgimento do coronav�rus, a gera��o que estava carregada de expectativas para esta nova fase acabou se frustrando pela repentina mudan�a na rotina di�ria de toda a popula��o mundial.

“Todo mundo sofreu com a COVID, mas acho que quem � adolescente est� sofrendo muito mais que o adulto ou o idoso. Estamos na fase que era para estarmos vivendo tudo, mas a vida parou”. O relato � da estudante Laura Mour�o, de 17, vacinada nesta manh� com a Pfizer no Corpo de Bombeiros.

Ela conta que a transi��o de uma vida ativa, entre encontro com amigos e os treinos de gin�stica ol�mpica, para o isolamento social e monotonia dentro da casa foi algo que afetou principalmente seu bem-estar.

“Faz muita falta para nossa sa�de mental a conviv�ncia com outras pessoas. Por isso, na pandemia fiquei muito ansiosa. Mas est� melhorando. S� de poder ir para escola e encontrar com os amigos me deixou muito feliz”, relatou Laura.

Carlos Eduardo Rodrigues Alves Valadares:
Carlos Eduardo Rodrigues Alves Valadares: "O ensino on-line � mais bagun�ado. Tinha que ficar no computador o tempo todo, o dia todo, era muito mais desgastante do que ir � escola e dif�cil de me concentrar" (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)


Quem tamb�m comemora um pouco da rotina ‘normal’ com o retorno �s aulas presenciais dentro do ambiente escolar � Carlos Eduardo Rodrigues, de 17 anos.

O estudante afirma que, mesmo ap�s cerca de um ano e cinco meses por meio do ensino remoto, n�o conseguiu se acostumar com os estudos pelo sistema. Desde 27 de julho, a Prefeitura de Belo Horizonte decretou a retomada das aulas presenciais do ensino m�dio.

“Peguei o ano que mais foi prejudicado, que � o ensino m�dio na pandemia. O ensino on-line � mais bagun�ado. Tinha que ficar no computador o tempo todo, o dia todo, era muito mais desgastante do que ir � escola e dif�cil de me concentrar. Atrapalhou-me bastante. O presencial � sem compara��o. Poder ver as pessoas, o professor e n�o ter distra��es igual em casa”, disse. 

Novo normal

Mesmo com o avan�o da vacina��o e o poss�vel cen�rio de melhora para o pr�ximo ano, a chance de uma recupera��o do tempo perdido n�o � considerada pelos adolescentes de Belo Horizonte.

Al�m dos cuidados mais refor�ados com a higiene, a pandemia tamb�m mostra deixar em alguns deles o sentimento de encarar esse poss�vel novo mundo com mais responsabilidade, entre dias bons e ruins, conforme ressaltou J�lia Vianna.

"Estou me formando agora no ensino m�dio, com certeza, n�o sou a mesma pessoa que seria se eu tivesse terminado o ensino m�dio presencialmente, com tudo completo. Com certeza, o normal antigo n�o volta, acho que tudo sempre muda com qualquer mudan�a que seja, m�nima ou grande. E essa foi muito grande. Acho que vai ser pouco assim: as coisas v�o mudar de um jeito bom, e tamb�m de um jeito ruim, e a gente s� tem que saber se adaptar, porque � sobre isso. A gente tem que sempre estar se adaptando a tudo que acontece”, disse a estudante.
 

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