(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas TRAG�DIA EM BRUMADINHO

Ap�s mais de mil dias, agonia de familiares chega ao fim com identifica��o

A fam�lia de um homem de 55 anos, v�tima de rompimento de barragem em Brumadinho, precisou aguardar 1.021 dias para receber essa not�cia


10/11/2021 16:03 - atualizado 10/11/2021 19:57

Bombeiro trabalha nas buscas pelas vítimas do rompimento de barragem em Brumadinho
Bombeiros est�o prestes a completar tr�s anos de buscas pelas v�timas em Brumadinho (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
A agonia da fam�lia de Uberlandio Ant�nio da Silva chegou ao fim ap�s mais de 1 mil dias. O mec�nico era uma das v�timas do  rompimento da Barragem de C�rrego do Feij�o , em Brumadinho, ocorrido em 25 de janeiro de 2019, em Brumadinho, e foi, enfim, identificado. A informa��o foi confirmada pela Pol�cia Civil nesta quarta-feira (10/11). Agora, sete das 270 v�timas ainda n�o foram encontradas e/ou identificadas.

 

Uberlandio nasceu no dia 20 de julho de 1963 (tinha 55 anos no dia do rompimento) e era natural de Linhares (ES). A fam�lia, inicialmente, n�o autorizou que o nome fosse divulgado pelas autoridades, mas liberou posteriormente.

 

Os detalhes foram repassados pela diretora do Instituto de Criminal�stica, Carla de Vasconcelos, e pelos peritos �ngela Romano e Higgor Dorlas. ''O pessoal j� est� trabalhando h� 1.021 dias. Foi um trabalho pericial muito complexo, envolve muitas estruturas, se��es especializadas', disse Carla de Vasconcelos.


LEIA TAMB�M:  Desastre de Brumadinho: mil dias de dor, saudade e espera

A identifica��o foi realizada por meio dos trabalhos das equipes do Instituto de Criminal�stica, a partir de DNA, j� que n�o existiam dados suficientes para o reconhecimento atrav�s de outro m�todo. ''Ap�s as tentativas de identifica��o com impress�es digitais e arcada dent�ria, n�o foi poss�vel o reconhecimento. Partimos ent�o para exame de DNA, que foi finalizado hoje'', explicou Higgor.

Ele afirmou que o exame de DNA � feito por comparativo. ''A gente tem dados de todas as v�timas. Nesse caso, apontou para uma fam�lia de algu�m que n�o tinha sido encontrado e repetimos o exame para confirmar antes de liberar'', acrescentou.

A comunica��o da identifica��o do corpo foi feita pelo servi�o social do IML.

O corpo foi encontrado no dia 2 de outubro na regi�o conhecida como Ferteco 1. ''Fui acionada para comparecer � mina onde tinham encontrado um corpo praticamente inteiro e no local eu fiz os trabalhos'', afirmou �ngela Romano.

Ao todo, 263 pessoas que morreram em decorr�ncia do rompimento da barragem j� foram identificadas.

''Refor�amos nosso agradecimento ao governador Romeu Zema por manter o compromisso de continuidade das buscas, possibilitando os encontros das nossas joias'', disse a Comiss�o dos N�o Encontrados, por meio de nota.

''Estendemos o agradecimento ao Corpo de Bombeiros e todos os envolvidos que direta ou indiretamente contribuem para que todas sejam encontradas'', acrescentou.

Em 6 outubro, a Pol�cia Civil  havia identificado outro corpo . Tratava-se de Angelita Cristiane Freitas de Assis, que morreu aos 37 anos. Ela trabalhava como t�cnica de enfermagem do trabalho, era casada e tinha dois filhos.

 

Ainda existem de 20 a 30 segmentos corp�reos para serem analisados pelo IML. E a Pol�cia Civil espera que esse n�mero aumente por causa da mudan�a de estrat�gia dos bombeiros ( leia mais abaixo ).  

 

A Opera��o


Os trabalhos das autoridades mineiras em Brumadinho j� passaram de mil dias desde o rompimento da Barragem B1, da Mina C�rrego do Feij�o, de propriedade da Vale, em 25 de janeiro de 2019.

 

O Corpo de Bombeiros come�ou, em setembro, a utilizar uma nova estrat�gia que pode diminuir em dois anos o tempo de buscas - antes, a previs�o era de que elas poderiam levar mais quatro anos at� chegar ao fim.

Conforme o Estado de Minas mostrou no m�s passado, a opera��o est� ancorada atualmente em esta��es de busca na �rea onde funcionava o Terminal de Carga Ferrovi�rio (TCF) da mineradora. Essas esta��es abrigam um maquin�rio capaz de melhorar a observa��o do rejeito revirado, pois j� � utilizada para "peneirar" o min�rio e foi adaptada especificamente para a opera��o. Esse novo m�todo � baseado na segrega��o granulom�trica.

Um maquin�rio recebe o rejeito que ainda n�o foi vistoriado e separa para vistoria de acordo com a gramatura do material. Dentro da cabine, dois bombeiros observam atentos tudo que passa pela esteira e, em caso de visualizar algum objeto que possa ser segmento de corpo, o operador interrompe a m�quina, o material � recolhido e enviado para a an�lise do Instituto M�dico-Legal (IML).


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)