
Uberlandio nasceu no dia 20 de julho de 1963 (tinha 55 anos no dia do rompimento) e era natural de Linhares (ES). A fam�lia, inicialmente, n�o autorizou que o nome fosse divulgado pelas autoridades, mas liberou posteriormente.
Os detalhes foram repassados pela diretora do Instituto de Criminal�stica, Carla de Vasconcelos, e pelos peritos �ngela Romano e Higgor Dorlas. ''O pessoal j� est� trabalhando h� 1.021 dias. Foi um trabalho pericial muito complexo, envolve muitas estruturas, se��es especializadas', disse Carla de Vasconcelos.
LEIA TAMB�M:
Desastre de Brumadinho: mil dias de dor, saudade e espera
Ele afirmou que o exame de DNA � feito por comparativo. ''A gente tem dados de todas as v�timas. Nesse caso, apontou para uma fam�lia de algu�m que n�o tinha sido encontrado e repetimos o exame para confirmar antes de liberar'', acrescentou.
A comunica��o da identifica��o do corpo foi feita pelo servi�o social do IML.
O corpo foi encontrado no dia 2 de outubro na regi�o conhecida como Ferteco 1. ''Fui acionada para comparecer � mina onde tinham encontrado um corpo praticamente inteiro e no local eu fiz os trabalhos'', afirmou �ngela Romano.
Ao todo, 263 pessoas que morreram em decorr�ncia do rompimento da barragem j� foram identificadas.
''Refor�amos nosso agradecimento ao governador Romeu Zema por manter o compromisso de continuidade das buscas, possibilitando os encontros das nossas joias'', disse a Comiss�o dos N�o Encontrados, por meio de nota.
''Estendemos o agradecimento ao Corpo de Bombeiros e todos os envolvidos que direta ou indiretamente contribuem para que todas sejam encontradas'', acrescentou.
Em 6 outubro, a Pol�cia Civil havia identificado outro corpo . Tratava-se de Angelita Cristiane Freitas de Assis, que morreu aos 37 anos. Ela trabalhava como t�cnica de enfermagem do trabalho, era casada e tinha dois filhos.
Ainda existem de 20 a 30 segmentos corp�reos para serem analisados pelo IML. E a Pol�cia Civil espera que esse n�mero aumente por causa da mudan�a de estrat�gia dos bombeiros ( leia mais abaixo ).
A Opera��o
Os trabalhos das autoridades mineiras em Brumadinho j� passaram de mil dias desde o rompimento da Barragem B1, da Mina C�rrego do Feij�o, de propriedade da Vale, em 25 de janeiro de 2019.
O Corpo de Bombeiros come�ou, em setembro, a utilizar uma nova estrat�gia que pode diminuir em dois anos o tempo de buscas - antes, a previs�o era de que elas poderiam levar mais quatro anos at� chegar ao fim.
Conforme o
Estado de Minas
mostrou no m�s passado, a opera��o est� ancorada atualmente em esta��es de busca na �rea onde funcionava o Terminal de Carga Ferrovi�rio (TCF) da mineradora. Essas esta��es abrigam um maquin�rio capaz de melhorar a observa��o do rejeito revirado, pois j� � utilizada para "peneirar" o min�rio e foi adaptada especificamente para a opera��o. Esse novo m�todo � baseado na segrega��o granulom�trica.
Um maquin�rio recebe o rejeito que ainda n�o foi vistoriado e separa para vistoria de acordo com a gramatura do material. Dentro da cabine, dois bombeiros observam atentos tudo que passa pela esteira e, em caso de visualizar algum objeto que possa ser segmento de corpo, o operador interrompe a m�quina, o material � recolhido e enviado para a an�lise do Instituto M�dico-Legal (IML).