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Estado de Minas PANDEMIA

Quais s�o as cidades-polo que respiram aliviadas ap�s o colapso da COVID-19

Munic�pios de refer�ncia que no auge da pandemia viram hospitais lotados e filas nas UTIs colhem efeitos dos tempos de restri��o e, sobretudo, da vacina


22/11/2021 06:00 - atualizado 22/11/2021 07:07

Leito para paciente de COVID-19 vazio na Santa Casa de Montes Claros
Leito vazio na Santa Casa de Montes Claros, que j� sofreu com lota��o superior a 100% da capacidade e hoje tem 13% de ocupa��o na ala de COVID-19: efeito direto da vacina (foto: Hudson Brazil/divulga��o)


Vacina��o, sem descuidar das medidas preventivas e de higiene. Com essa receita aparentemente simples, embora aplicada a duras penas, cidades-polo de Minas que enfrentaram no auge da pandemia amea�as ou colapsos declarados em seus sistemas de sa�de vivem agora situa��o bem diferente.

� medida que crescem os �ndices de popula��o imunizada contra a COVID-19, recuam os de ocupa��o de leitos, tanto de enfermaria quanto de terapia intensiva, assim como o n�mero de casos positivos. O clima de otimismo, por�m, vem acompanhado, em todos os munic�pios, do alerta: a amea�a ainda n�o acabou.

Montes Claros, cidade polo do Norte de Minas com 414,34 mil habitantes, � uma das que tiveram elevada redu��o das interna��es relacionadas � COVID-19 nos �ltimos oito meses.

Em mar�o, no pico da segunda onda da pandemia no Brasil, o munic�pio chegou a ter 354 internados com a doen�a. Na �ltima semana, at� quarta-feira (17/11), o n�mero havia ca�do para 24,  sendo 14 em leitos cl�nicos e 10 em terapia intensiva (UTIs).

A Secretaria Municipal de Sa�de informa que a taxa de ocupa��o dos leitos hospitalares exclusivos para COVID-19 na cidade, que passou de 100% em mar�o, recuou consideravelmente. Hoje h� pacientes em 13% dos leitos cl�nicos, mesmo percentual das vagas de UTIs.

Montes Claros
(foto: Arte EM)
“As restri��es e as medidas preventivas como o uso de m�scaras e a higieniza��o com �lcool em gel foram importantes. Mas foi a vacina��o que consolidou a redu��o da contamina��o, dos casos e, consequentemente, das interna��es nos hospitais. Acho que isso ocorreu em todo o Brasil”, afirma o prefeito Humberto Souto.“Mas devemos continuar com as precau��es, porque a pandemia ainda n�o acabou. A COVID-19 foi controlada, mas continua existindo”, alerta.

“� medida que a vacina��o foi avan�ando, a queda da curva de incid�ncia de casos e interna��es foi inversamente proporcional”, refor�a a secret�ria municipal de Sa�de, Dulce Pimenta. “Observa-se que, mesmo com a vacina��o ainda em andamento, e tamb�m com pessoas que ainda n�o tomaram a segunda dose, a redu��o dos casos e interna��es pela COVID-19 � evidente”, destaca.

O quadro pode ser observado na Santa Casa de Montes Claros, maior hospital do Norte de Minas, que superou 100% de lota��o em mar�o. Na �ltima quarta-feira, de 15 leitos cl�nicos para a COVID-19, apenas um estava ocupado. Das 30 vagas de UTI para casos graves da doen�a, nove tinham pacientes.

Segundo a Secretaria de Sa�de de Montes Claros, 236.527 moradores da cidade j� tomaram duas doses ou dose �nica da vacina, alcan�ando um percentual de 69,14% do p�blico-alvo – pessoas acima de 12 anos (342.094). A pasta informa que 304.199 moradores receberam a primeira aplica��o do imunizante (91,24% do p�blico-alvo).

Press�o sobre “esquecidos”

Ainda precisam completar o esquema de duas aplica��es ou dose �nica 105.567 pessoas no munic�pio. O prefeito Humberto Souto diz que a cobertura vacinal n�o avan�ou mais porque moradores est�o deixando de comparecer aos postos para completar o esquema de vacina��o. Por isso, anunciou que nos pr�ximos dias a cidade vai adotar estrat�gias para estimular as pessoas a se vacinarem.

“Poderemos, por exemplo, eliminar restri��es para as pessoas frequentarem lugares fechados, como restaurantes e casas de eventos, mas com a exig�ncia da segunda dose da vacina para acesso”, anuncia o prefeito. (Luiz Ribeiro)

Al�vio depois do sufoco de abril

Números em Juiz de Fora
(foto: Arte EM)
Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, � mais uma cidade que viu os �ndices de interna��es por COVID-19 despencar com o avan�o da vacina��o. Conforme dados da Secretaria de Sa�de do munic�pio, da semana que passou, na quarta-feira (17/11) havia 71 pessoas internadas na cidade em decorr�ncia da doen�a. No entanto, a maioria das hospitaliza��es est� concentrada em leitos de enfermaria, ocupados por 43 pessoas. Os demais est�o em leitos de UTI.

Segundo o painel gerencial de monitoramento disponibilizado pela Prefeitura de Juiz de Fora, o pico de interna��es aconteceu em 2 de abril deste ano, quando 652 pessoas estavam hospitalizadas. De acordo com as diretrizes do Minist�rio da Sa�de, a popula��o eleg�vel a partir de 12 anos foi convocada para completar o processo vacinal at� 24 de setembro. Entretanto, a administra��o prossegue com a campanha em 48 unidades de sa�de.

Al�m da aplica��o das doses de refor�o para a popula��o idosa, todas as pessoas a partir dos 12 anos podem procurar um dos postos de atendimento. At� a �ltima ter�a-feira, conforme a Secretaria de Sa�de do munic�pio, 378.341 pessoas j� haviam tomado as duas doses, o que representa 73,26% da popula��o imunizada. A terceira dose da vacina j� foi aplicada a 55.169 idosos.

Governador Valadares


O avan�o da vacina��o contra a COVID-19 em Governador Valadares � fator determinante para o baixo n�mero de pessoas internadas nos leitos de UTI COVID-19 na cidade. Das 108 vagas dispon�veis na terapia intensiva, apenas 18 est�o ocupadas. Os dados s�o do mais recente Boletim COVID-19, expedido pela Secretaria Municipal de Sa�de, que registrou 34 casos confirmados da doen�a e nenhuma morte de paciente em tratamento.

Mapa Juiz de Fora, Divinópolis, Governador Valadares
(foto: Arte EM)
Os resultados, de acordo com a Sa�de municipal, s�o origin�rios do trabalho de enfrentamento � COVID-19. Para a pasta, todas as estrat�gias adotadas pelo munic�pio, incluindo a campanha de vacina��o, contribu�ram para a melhora significativa no cen�rio epidemiol�gico da cidade.

Segundo dados do Departamento de Vigil�ncia em Sa�de, a vacina��o contra a COVID-19 at� 12 de novembro apontava 72% pessoas vacinadas com a primeira dose e 55% que j� conclu�ram o esquema com as duas doses. Esse fator, de acordo com a secretaria, � o respons�vel direto pela redu��o nos �ndices de interna��o, bem como o de complica��es e casos graves relacionados � COVID-19.

Mas o cen�rio favor�vel n�o pode determinar um comportamento inadequado em rela��o � pandemia, alerta a pasta. A secret�ria municipal de Sa�de, Caroline Sangali, afirma que sua equipe segue orientando a popula��o a procurar as unidades de sa�de para se vacinar. “E todos devem fazer o uso correto das m�scaras faciais, lavar as m�os com �gua e sab�o ou fazer uso de �lcool em gel, para que cada vez mais as atividades sejam retomadas com seguran�a para todos”, disse.

Divin�polis


Na propor��o do avan�o da vacina��o contra a COVID-19, Divin�polis, no Centro-Oeste de Minas, foi outra cidade que observou a redu��o dr�stica da taxa de ocupa��o hospitalar. A interna��o em leitos de UTI caiu 83,3% na compara��o com o pico da pandemia, em abril deste ano.

Em abril, a m�dia m�vel di�ria era de 108 pacientes internados em estado grave, contra oito no m�s passado, segundo dados do painel da Secretaria Municipal de Sa�de (Semusa) divulgado na �ltima ter�a-feira (16/11).

No setor de enfermaria, o cen�rio n�o � diferente. As interna��es recuaram 75,6% quando comparados os indicadores de abril e outubro. No auge da pandemia, a m�dia era de 123 pacientes internados, contra 30 no m�s passado. Novembro segue a tend�ncia: a m�dia de interna��es na UTI � de nove pessoas e de 14 em leitos cl�nicos.

A cidade, que fica a cerca de 120 quil�metros de Belo Horizonte, espera imunizar 210 mil pessoas do p�blico-alvo. No �ltimo balan�o, na semana passada, 75,1% desse contingente j� havia sido imunizado com a segunda dose ou aplica��o �nica.  *Amanda Quintiliano/Especial para o EM


A f�rmula que esvaziou as UTIs


Com mais de 520 mil pessoas com o ciclo de duas doses ou de dose �nica de vacinas contra a COVID-19, a cidade de Uberl�ndia, no Tri�ngulo Mineiro, tem taxas de ocupa��o de leitos mais baixas durante a pandemia. Por mais de uma vez, representantes da Secretaria Municipal de Sa�de afirmaram que, com o avan�o da imuniza��o, n�o s� a quest�o de leitos, mas tamb�m os �bitos por coronav�rus passaram a ser controlados.

Uberlândia e Uberaba
(foto: Arte EM)
De acordo com o boletim mais recente, a ocupa��o de leitos de UTI voltados para pacientes com a doen�a � de 17%. A queda nesse tipo de caso tirou a press�o sobre o sistema municipal como um todo, que hoje tem 46% das vagas de terapia intensiva ocupadas. Desde o fim de 2020, a ocupa��o de leitos do tipo era crescente, tend�ncia que come�ou a mudar entre o fim de agosto e o in�cio de setembro.

A vacina��o, que come�ou em janeiro, hoje conta com mais de 70% da popula��o de Uberl�ndia com ciclo completo. S�o 501,1 mil com duas doses e 20,3 mil que receberam imunizantes de dose �nica. Al�m disso, 71,5 mil pessoas receberam doses de refor�o. No p�blico geral, a cidade j� vacina jovens de 12 anos.

“Estamos empenhados em diminuir os casos de COVID-19 e os �ndices de interna��es devido � doen�a na cidade. Sabemos que a forma mais eficaz de atingir esse objetivo � ampliar o n�mero de pessoas vacinadas”, disse a coordenadora do Programa de Imuniza��o, Claubia de Oliveira ainda em agosto, quando os n�meros passaram a baixar.

Uberaba


Com a situa��o da pandemia sob controle e comemorando dias sem registrar mortes pela COVID-19, Uberaba apresenta indicadores da doen�a semelhantes aos do in�cio da pandemia. Cen�rio bem distinto daquele que a cidade enfrentou entre mar�o e maio deste ano, quando as interna��es em enfermarias e UTIs exclusivas para COVID-19 nos hospitais p�blicos e privados estavam no limite ou perto dele.

Agora, segundo boletim epidemiol�gico do munic�pio divulgado na noite da �ltima quarta-feira (16/11), h� oito pessoas internadas na ala de enfermaria para COVID-19 (taxa de ocupa��o de cerca de 8%) e 19 no setor de UTI (taxa de ocupa��o de aproximadamente 20%). Al�m disso, nas 48 horas entre segunda e ter�a-feira, foram contabilizados na cidade apenas 24 casos positivos: 11 no primeiro boletim e 13 no segundo. Diante dos n�meros, a Secretaria Municipal de Sa�de considera que os �ndices de monitoramento da pandemia s�o control�veis.

Segundo informa��es do Vacin�metro de Uberaba, atualizado na �ltima ter�a-feira, 16/11, j� foram aplicadas no munic�pio 481.921 doses da vacina contra a COVID-19, divididas entre 259.382 primeiras doses, 193.185 segundas, 21.149 aplica��es de refor�o e 8.205 doses �nicas. Desde o in�cio da pandemia, foram registrados na cidade 44.794 casos de COVID-19, com 1.366 mortes. (Vin�cius Lemos e Renato Manfrim/Especial para o EM)

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