(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas ENERGIA EL�TRICA

Trabalhadores da Cemig entram em greve e criticam 'desmonte' da estatal

Sindicato come�ou paralisa��o nesta segunda-feira (29/11), em meio � CPI que investiga gest�o da companhia


29/11/2021 15:15 - atualizado 29/11/2021 19:25

Sede da Cemig, em Belo Horizonte
Estado de greve na Cemig foi anunciado nesta segunda-feira (29) (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Trabalhadores da Companhia Energ�tica do Estado de Minas Gerais (Cemig) decidiram iniciar greve nesta segunda-feira (29/11). O movimento foi deflagrado ap�s assembleias ocorridas nos pontos do estado onde h� expediente da estatal. Os funcion�rios questionam atitudes do governo de Romeu Zema (Novo) em rela��o aos profissionais eletricit�rios e apontam, ainda, "desmonte" da companhia para facilitar a privatiza��o.

A Cemig � alvo, na Assembleia Legislativa, de uma Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) que investiga a gest�o da estatal desde 2019. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Ind�stria Energ�tica em Minas Gerais (Sindieletro), os funcion�rios est�o em campanha salarial e tentam renovar o acordo coletivo de trabalho. A entidade aponta insatisfa��o com a contraproposta apresentada pela dire��o. A empresa, por�m, afirma que uma sugest�o de reajuste de 11% foi negada pelos representnates dos trabalhadores.

Para marcar as paralisa��es, a ideia � fazer atos em frente �s instala��es da Cemig no estado. Na tarde desta segunda, por exemplo, ocorre ato em frente � sede da empresa, no Bairro Santo Agostinho, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte.

"H� os privil�gios garantidos � alta c�pula, como uma remunera��o milion�ria que engloba sal�rios e rendimento vari�vel e um contrato para fornecimento de refei��es para os diretores no valor de R$ 1,2 milh�o ao ano. Pelos c�lculos do Sindieletro, a refei��o di�ria para cada diretor que usa o restaurante 'vip' da Sede da Cemig custa R$ 350,00", l�-se em comunicado emitido pelo Sindieletro para informar a greve.

Afastamento de presidente � pauta


Na mira da CPI, est� o presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho. O sindicato dos trabalhadores defende o afastamento do executivo at� a conclus�o da investiga��o conduzida pelos deputados, prevista para ser encerrada no in�cio do pr�ximo ano.

Os parlamentares estaduais t�m tentado, tamb�m, entender recentes negocia��es de patrim�nios vinculados � estatal mineira. Em janeiro deste ano, a Cemig vendeu, por R$ 1,37 bilh�o, a fatia que detinha na Light, companhia de luz que atua no Rio de Janeiro. Em 2019, quando ainda estava vinculada � Cemig, a Light negociou, pelo valor simb�lico de R$ 1, suas a��es na Renova, que atua com fontes energ�ticas renov�veis.

A Cemig assegura que a greve iniciada nesta segunda afetou de forma m�nima as opera��es. Leia a nota na �ntegra ao fim deste texto. 

Audi�ncia e visita t�cnica na mira de deputado


Paralelamente aos trabalhos da CPI, a Comiss�o de Trabalho, Previd�ncia e Assist�ncia Social pode fazer uma visita t�cnica � Cemig. A ideia � verificar as condi��es fornecidas aos profissionais da empresa. Uma audi�ncia p�blica tamb�m est� em pauta. Quem lidera as articula��es � Bet�o (PT).

"Defender a negocia��o coletiva e cada um dos itens sociais e econ�micos da pauta de reivindica��es dos trabalhadores � lutar pelo cumprimento de direitos garantidos por lei e por uma Cemig melhor. H� tempos estamos acompanhando o desmonte escancarado da estatal, a constante retirada de conquistas hist�ricas da categoria e � importante somar for�as nesse momento de resist�ncia, diz ele.

Nota da Cemig sobre o estado de greve deflagrado


A Cemig informa que o Sindieletro recusou proposta de reajuste salarial superior a 11%, oferecido pela Companhia a todos os seus empregados. O reajuste incidiria sobre sal�rios e benef�cios, como vale-refei��o e aux�lio educa��o, entre outros. A Companhia ofereceu ainda a manuten��o de condi��es diferenciadas oferecidas a empregados, como pagamento antecipado de 30% dos sal�rios na primeira quinzena do m�s e a quita��o do pagamento at� o pen�ltimo dia do m�s corrente, e n�o at� o quinto dia �til do m�s seguinte, como � previsto pela legisla��o.

A Cemig esclarece que a ades�o � paralisa��o � m�nima, sem qualquer preju�zo operacional. A proposta da Cemig foi aceita por 13 dos 16 sindicatos que representam empregados da Companhia. Entre eles, as representa��es de economistas, engenheiros, advogados, administradores, m�dicos, psic�logos e programadores, al�m da Federa��o dos Trabalhadores nas Ind�strias Urbanas de Minas Gerais.

Na tarde desta segunda, integrantes do Sindieletro e de movimentos sociais invadiram parte do sagu�o da companhia. Foram registrados danos � portaria do edif�cio J�lio Soares, sem registro de feridos. A invas�o tamb�m n�o interferiu no trabalho dos empregados da sede da Companhia. Atualmente, 90% dos empregados da Cemig trabalham normalmente em todas as regi�es do Estado.

A Cemig repudia qualquer tipo de viol�ncia e mant�m o di�logo com todas as entidades sindicais.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)