
Empres�rios de �nibus, por meio do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de BH (Setra-BH), pediram uma reuni�o emergencial com o prefeito belo-horizontino, Alexandre Kalil (PSD), e chegaram a um acordo a respeito da quest�o tarif�ria na capital, com redu��o do valor de R$ 4,50 para R$ 4,30.
A inten��o inicial por parte dos empres�rios era de que a passagem fosse fixada no valor de R$ 5,75, o que n�o aconteceu. Como contrapartida, a Prefeitura de BH vai arcar com gratuidades que s�o concedidas a, no m�nimo, 10% do n�mero total de usu�rios.
"Felizmente, a Prefeitura de Belo Horizonte chegou a um acordo a respeito do transporte p�blico. Todo mundo viu que a corda esticou, esticou, estourou, e eles pediram uma reuni�o. Deviam estar em reuni�o permanente, como n�s est�vamos, esperando o que ia acontecer. Os n�meros eram realmente assustadores, a f�rmula param�trica do contrato nos levaria a uma tarifa de R$ 5,75, que hoje � 4,50; a de 3,15 iria para 4,10; a de R$ 1 iria para R$ 1,30; e a de R$ 1,35 iria para R$ 1,65. Isso n�o � um n�mero que n�s tiramos, � contratual, que sempre briguei que n�s n�o ir�amos aceitar esse tipo de contrato, que n�o est� bom", disse Kalil, nesta ter�a-feira.
"Por outro lado, n�o era certo a gratuidade ficar na m�o do catracado, � o povo que paga para o outro andar. A gratuitidade vai continuar, quem tem direito � gratuidade continua tendo direito, a prefeitura assume essa gratuidade e a passagem, que hoje � R$ 4,50, ser� reduzida para R$ 4,30. A que � R$ 3,15 congela-se em R$ 3,15, a que iria para R$ 1,30 congela-se em R$ 1, e tarifa integrada, que era para chegar a R$ 4,50, como � R$ 4,30, ela cai de R$ 1,35 para R$ 1,15. Ent�o, n�s vamos efetuar esse acordo na Justi�a, depois de efetuado na Justi�a vamos explodir esses n�meros, temos a gratuidade, esse congelamento entra na conta, com mais a redu��o tamb�m entra na conta, n�s assumir as gratuidades, e esse � o n�mero que a popula��o vai efetivamente pagar", completou o prefeito.
A expectativa � de que, em meados de fevereiro, os novos valores sejam colocados em pr�tica, a partir de aprova��o de um projeto de lei na C�mara. Com o acordo, tamb�m se definiram os seguintes valores de outros �nibus, como circulares: R$ 3,15 e R$ 1 se mant�m, enquanto os de R$ 1,35 reduzem para R$ 1,15.
"Esses n�meros ser�o levados para a C�mara Municipal de Belo Horizonte, estamos provocando na Justi�a que no dia 15 de janeiro tenha o acordo homologado e que, em fevereiro, vamos levar os n�meros para a C�mara e, imediatamente, quando forem aprovados, a tarifa cai em 24 horas, imediatamente", disse.
Esse foi o quinto encontro entre prefeitura e empres�rios de �nibus para tentar evitar um "colapso" das empresas de transporte coletivo de BH. Na �ltima quinta-feira (16/12), houve um quarto encontro e, sem acordo, a promessa de que o assunto iria para a Justi�a e se manteria estagnado.
O objetivo dos encontros era viabilizar alguma fonte de custeio para o sistema de transportes na capital mineira. O Setra-BH trabalhava com algumas possibilidades, como o aumento no valor da tarifa (atualmente de R$ 4,50, que se mant�m at� aprova��o de projeto de lei na C�mara) e uma mudan�a quanto �s gratuidades.
Dados da prefeitura informam que cerca de 10% dos usu�rios t�m o benef�cio, como idosos, estudantes, carteiros, oficiais de Justi�a, entre outras categorias profissionais, e usu�rios com defici�ncia f�sica, auditiva, visual, mental, autismo e doentes renais em tratamento - estas gratuidades ser�o mantidas e "bancadas" pelo Executivo. J� a tarifa n�o sofre reajuste desde janeiro de 2019, quando pulou de R$ 4,05 para R$ 4,50.
Kalil disse que est� satisfeito com o acordo e afirmou que uma moderniza��o do atual contrato sobre o transporte p�blico, feito em 2008, ser� uma segunda etapa do processo. "Estou satisfeito, acho que � decente, que � correto. Os t�cnicos nossos se debru�aram nos n�meros, os deles tamb�m, n�s chegamos nisso em uma promessa tamb�m de moderniza��o desse contrato, que � o segundo passo".