
Os alertas para que, mesmo vacinada, a popula��o tome cuidado com aglomera��es nas festas e recessos deste fim de 2021 e in�cio de 2022, mantendo procedimentos preventivos contra o novo coronav�rus, se mostram ainda mais necess�rios com a n�tida amplia��o da circula��o j� no m�s de dezembro.
Em Belo Horizonte, por exemplo, a BHTrans registrou nas primeiras tr�s semanas do �ltimo m�s de 2021 aumento de 8 pontos percentuais do movimento de ve�culos no interior da Avenida do Contorno, na compara��o com o mesmo per�odo de 2020.
Antes da COVID-19, a m�dia di�ria de ve�culos circulando na �rea central era de 279.567. Nas duas primeiras semanas de dezembro de 2020, esse �ndice caiu para 274.904 (-2%), sendo que no mesmo per�odo deste ano chegou a 297.672 (+6%).
O incremento absoluto de carros, motos, caminh�es e �nibus, no per�odo verificado deste m�s, j� chega a 22.768 ve�culos a mais que em 2020. Levando-se em conta que a m�dia era de 11.454 ve�culos por hora, seria como se ocorresse uma inje��o equivalente a praticamente mais 2 horas repletas de automotores no per�metro da Contorno, levando mais pessoas a v�rios destinos e invariavelmente a mais exposi��o e possibilidades de cont�gio.
A amplia��o de atividades, em parte explicada pelas flexibiliza��es de afastamento social permitidas pelos bons indicativos de transmiss�o, casos, mortes e ocupa��es de leitos hospitalares pelo novo coronav�rus, tamb�m se refletiu em �ndices de mobilidade que s�o monitorados pelo programa Google COVID-19 de relat�rios de mobilidade comunit�ria, em Belo Horizonte.
Esses dados mostram que os usu�rios dos produtos de mapeamento, rotas e rastreamento da empresa norte-americana procuraram mais servi�os e se deslocaram com mais frequ�ncia a destinos at� 23 de dezembro deste ano na capital mineira do que o referente � mesma data, em 2020.
O relat�rio mostra que as tend�ncias de mobilidade em Belo Horizonte para estabelecimentos de varejo e lazer, como restaurantes, caf�s, shopping centers, parques tem�ticos, museus, bibliotecas e cinemas era 6% menor do que antes da pandemia, em 2020, e agora j� supera �ndices pr�-pand�micos em 13%.
Os deslocamentos ao destino classificado como “mercados e farm�cias”, que englobam armaz�ns de alimentos, feiras, lojas especializadas em alimentos e drogarias j� eram maiores do que antes de mar�o de 2020, atingindo 64% a mais, mas aumentaram ainda mais, chegando ao patamar de 82% neste m�s.
J� as tend�ncias de mobilidade a lugares como parques locais e nacionais, pra�as e jardins p�blicos estava reprimida em -21% em 2020 e chega a ser 4% maior que a m�dia com a queda no cont�gio pelo novo coronav�rus neste ano. As buscas por esta��es de transporte p�blico, envolvendo metr� e �nibus, tamb�m foram maiores que a m�dia nos dois �ltimos meses de dezembro, sendo 1% em 2020 e 12% em 2021, segundo o relat�rio.
Como muitas empresas encerram suas atividades e ainda h� forte presen�a de trabalho remoto, as idas aos locais de trabalho j� estavam em -16% em 2020 e ca�ram menos em 2021, para -5%. O �nico dado que refletia mais tend�ncias de deslocamentos em 2020 do que em 2021 foi para �reas residenciais, que era de 11% no ano passado a mais que no antes da pandemia e caiu para 4% a mais.
Dados coletados pelo Google
Segundo o Google, o valor base � a mediana do dia da semana correspondente, durante o per�odo de cinco semanas de 3 de janeiro a 6 de fevereiro de 2020. “Calculamos esses insights (tend�ncias) com base nos dados dos usu�rios que ativaram o hist�rico de localiza��o na conta do Google. Portanto, esses dados representam uma amostra dos nossos usu�rios. Como ocorre com todas as amostras, os dados podem ou n�o representar o comportamento exato da popula��o como um todo”, salienta a empresa de alta tecnologia.A companhia frisa que as informa��es particulares sobre os usu�rios est�o protegidas. “Os conjuntos de dados de mobilidade da comunidade foram desenvolvidos para dar informa��es �teis sem deixar de obedecer aos nossos protocolos rigorosos de privacidade e proteger os dados das pessoas. Jamais ser�o disponibilizadas informa��es de identifica��o pessoal, como local, contatos e deslocamento de indiv�duos”, garante.
M�scara ainda � item obrigat�rio

“Usar m�scaras, uso de �lcool em gel, higienizar as m�os e evitar de aglomerar. � o que em grande parte mant�m a popula��o de Belo Horizonte em seguran�a”, destacou o secret�rio municipal de Sa�de de BH, Jackson Machado.
“A Sa�de recomenda que n�o aconte�am aglomera��es na cidade, principalmente porque n�o sabemos o que a �micron vai fazer. Pela SMSA e o Comit� de Enfrentamento � COVID-19 o ideal � que n�o haja aglomera��es no Natal, r�veillon e carnaval. N�o podemos parar de usar m�scaras, pois � uma grande prote��o que temos. N�o vamos relaxar. Mas vamos aproximar nossa vida do normal, j� que os indicadores nos permitem”, disse Machado.
O secret�rio de estado de Sa�de de Minas Gerais, F�bio Baccheretti, admitiu nesta semana que a variante �micron j� � transmitida de forma comunit�ria no estado, mas tamb�m renovou as indica��es para as mesmas medidas de preven��o feitas para as demais muta��es do novo coronav�rus. “N�o � momento de desespero. � momento de manuten��o dos cuidados e busca por vacinas. � usar a m�scara, manter distanciamento, evitar aglomera��es e muito importante � tomar a vacina”.
Sobre os eventos do fim de 2021 e in�cio de 2022, o secret�rio refor�ou o alerta. “Quanto maior o grupo de pessoas, principalmente misturando grupos de pessoas diferentes, maior o risco de (transmiss�o) de doen�as, n�o s� pela �micron, como por qualquer variante. As recomenda��es continuam. Especialmente para as pessoas mais vulner�veis, como idosos e portadores de doen�as. Procurar locais abertos e arejados � sempre melhor”, disse.
O secret�rio municipal de Sa�de, Jackson Machado, tem destacado que a ampla cobertura vacinal em Belo Horizonte – onde praticamente 95% das pessoas j� receberam o ciclo completo de vacina��o com duas doses ou dose �nica imunizante – faz com que a chegada da variante que levou v�rios pa�ses da Europa a recuarem da flexibiliza��o, na teoria, seja menos impactante na capital mineira.
“O que nos chega � que as pessoas internadas n�o estavam imunizadas completamente na �frica do Sul e na Europa, como a popula��o de BH praticamente toda est�. Sabemos tamb�m que apesar de ter uma transmissibilidade maior, essa variante causa casos cl�nicos menos graves”, disse.
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