Oito em cada 10 pessoas com COVID-19 internadas com sintomas moderados a graves em Uberl�ndia est�o com o esquema vacinal incompleto ou simplesmente n�o se vacinaram contra a doen�a. Infectologista ouvida pela reportagem salientou que um paciente contaminado pela variante �micron, que � menos agressiva, est� mais suscet�vel a formas graves da COVID-19 se n�o estiver imunizado.
Um levantamento realizado pela prefeitura do munic�pio do Tri�ngulo Mineiro, considerando o boletim municipal dessa segunda-feira (17/1), mostrou que dos 25 internados com a doen�a em UTIs, 83% n�o receberam nenhuma dose contra a COVID-19 ou est�o com o esquema vacinal incompleto. Na enfermaria, a situa��o se repete, sendo 80% dos 107 pacientes internados nas mesmas condi��es. Os dados incluem as redes p�blica e particular.
Cerca de 50 mil pessoas est�o com a dose de refor�o em atraso no munic�pio e aproximadamente 30 mil moradores n�o tomaram nenhuma dose da vacina contra a COVID-19.
Nesta ter�a-feira (18/1), 2.310 novos casos da doen�a foram confirmados, o sexto recorde seguido, sendo que h� testes dos dias 14, 15, 16 e 17 deste m�s. A ocupa��o de leitos de UTI voltados para a doen�a � de 18% e, pela primeira vez em janeiro, houve 4 mortes confirmadas em decorr�ncias do coronav�rus, o que n�o ocorria h� tr�s meses em Uberl�ndia.
Em nota, o munic�pio refor�ou a necessidade da popula��o comparecer �s convoca��es para vacina��o para, assim, reduzir as chances de interna��o e de agravamento de quadro, tendo em vista as variantes do v�rus que circulam na cidade.
A m�dica infectologista Fernanda Albernaz explicou que sem vacina ou com o esquema incompleto a prote��o � baixa contra o v�rus, mesmo sendo a variante �micron, considerada menos agressiva, mas de transmiss�o mais f�cil.
“O paciente vacinado, quando ele contrai a doen�a, as chances de ter COVID grave s�o muito menores do que o n�o vacinado, que n�o tem prote��o nenhuma. E, por isso, por mais que a variante �micron seja menos letal, o n�o vacinado n�o tem anticorpos contra o v�rus”, disse a especialista.
Ela explicou ainda que as pessoas se deixam levar por temores de que as vacinas podem ser perigosas sendo que n�o existem evid�ncias de que haja problemas com os imunizantes que justifiquem esse temor.
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