
plena escalada de casos, afastamento de profissionais contaminados compromete escalas, sobrecarrega colegas e abre corrida por contrata��o.
A quantidade s� come�ou a aumentar exponencialmente em dezembro, quando o n�mero de trabalhadores da Sa�de afastados por causas respirat�rias foi de 882. Os dados foram confirmados pela Prefeitura de Belo Horizonte ao Estado de Minas, que mostrou que em “O levantamento do n�mero de profissionais afastados � feito ao fim de cada m�s. Entretanto, para avalia��o do impacto desses afastamentos na assist�ncia � sa�de da popula��o, a prefeitura antecipou o levantamento de janeiro deste ano”, informou a Secretaria Municipal de Sa�de.
Faltam contrata��es
A prefeitura informou que, para recompor as equipes, de 24 de dezembro de 2021 a 25 de janeiro de 2022, o munic�pio contratou 1.430 profissionais de sa�de, sendo 309 m�dicos em diversas especialidades. “A Secretaria Municipal de Sa�de trabalha ininterruptamente para manter plenas condi��es de assist�ncia a toda a popula��o”, defendeu. H� ainda um banco de curr�culos para contrata��o imediata de m�dicos. Os interessados devem acessar o Portal da Prefeitura de Belo Horizonte para realiza��o do cadastro.
De acordo com o Observat�rio da Enfermagem, gerido pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), na quinta-feira, a m�dia m�vel de casos entre os profissionais da �rea estava em 49, tendo sido confirmados 64 novos diagn�sticos de COVID-19 em 24 horas. O n�mero aumentou exponencialmente nas �ltimas semanas, j� que janeiro come�ou com a m�dia em 7, patamar que estava estabilizado desde junho de 2021.
Por outro lado, a m�dia m�vel de mortes n�o aumentou – est� paralisada em um �bito desde 7 de janeiro. Ainda assim, o Cofen refor�a que “esses dados n�o refletem com precis�o os afastamentos”, uma vez que sua atualiza��o depende do envio de levantamentos dos conselhos regionais (Corens) junto aos respons�veis t�cnicos, “sendo inevit�vel a subnotifica��o e delay”.
“Temos um panorama geral em que os profissionais de sa�de que atuam em ambientes hospitalares est�o se afastando com COVID, pela �micron, e gripe. O Observat�rio da Enfermagem tem alguns registros ainda um pouco t�midos. Dentro do nosso pr�prio sistema, temos alto �ndice de profissionais que j� se contaminaram com COVID-19 ou s�ndromes gripais. Em todo o pa�s, temos profissionais que j� foram afastados”, disse Eduardo Fernando, coordenador do comit� gestor da crise COVID-19 do Cofen.
S�o Paulo
Levantamento feito pelo Conselho Regional de Enfermagem de S�o Paulo (Coren-SP) espelha a press�o imposta a esses profissionais com a escalada da variante �micron no Brasil, combinada ao surto de H3N2. De acordo com a pesquisa, quase 82% dos entrevistados disseram que est�o atendendo mais pacientes e 33% relataram que a jornada de trabalho aumentou.
“Quando tenho um profissional afastado, acabo sobrecarregando outro. Isso influencia tanto na sa�de do enfermeiro quanto na qualidade do atendimento ao paciente”, afirma Eduardo. “Enquanto a popula��o n�o se conscientizar de que o distanciamento social, a m�scara e a higieniza��o das m�os s�o necess�rios, nunca vamos conseguir combater esse v�rus”, acrescenta Eduardo Fernando.
Servidor da Fhemig decreta greve
Gabriela Silva Le�o*
Trabalhadores dos hospitais p�blicos e estaduais da rede Fhemig decidiram entrar de greve por tempo indeterminado a partir do dia 3 de fevereiro. A assembleia geral foi realizada na tarde de ontem, na porta do Hospital Jo�o XXIII, em Belo Horizonte. Apesar da paralisa��o, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Rede Fhemig (Sindpros), Carlos Martins, garante o atendimento aos pacientes que j� est�o internado. “Mesmo com a greve, os atendimentos de urg�ncia e emerg�ncia e cuidados com pacientes internados, ser�o mantidos, funcionando em escala m�nima.”
Segundo o sindicalista, a indiferen�a do governo em atender a categoria foi a motiva��o para a greve. Os funcion�rios pleiteam uma melhora nas condi��es de trabalho h� pelo menos dois anos, e denunciam a precariedade de dentro dos hospitais e na assist�ncia aos pacientes e aos trabalhadores. “� preciso destacar tamb�m que, trabalhando nessas condi��es, estamos colocando em risco a vida dos pacientes e nossas pr�prias vidas”, acrescenta.
“Vamos utilizar da greve para tentar, mais uma vez, sensibilizar o governo e a sociedade a buscar uma solu��o para esses problemas que temos vivido nos hospitais”, completa Martins. Entre os problemas listados pela categoria est�o pacientes nos corredores aguardando vagas em setores de tratamento, superlota��o, falta de profissionais e problemas estruturais, como falta de ar-condicionado. Um dos exemplos seria o Hospital Jo�o XXIII, onde o bloco cir�rgico est� funcionando com as portas abertas por causa do calor, segundo eles.
*Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Jo�o Renato Faria