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Estado de Minas SA�DE EM APUROS

Afastamentos pressionam a rede hospitalar da capital

Levantamento mostra que 1.086 trabalhadores da �rea m�dica interromperam as atividades por estarem contaminados com a variante �micron s� em janeiro


29/01/2022 04:00 - atualizado 29/01/2022 07:28

UPA Leste lotada na sala de espera por atendimento
Procura por atendimento em alta por causa das s�ndromes respirat�rias e afastamentos de profissionais: sistema de sa�de estrangulado (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
O aumento de casos de COVID-19 provocados pela variante �micron juntamente � escalada de doentes com a gripe Influenza tem desfalcado equipes e elevado a press�o nos hospitais. Do dia 1 ao dia 25 de janeiro foram afastados 1.086 profissionais da sa�de do Sistema �nico de Sa�de de Belo Horizonte (SUS-BH). O n�mero � mais que o dobro, por exemplo, se comparado com outubro ou novembro do ano passado, quando foram 412 e 540 afastamentos, respectivamente.
 
A quantidade s� come�ou a aumentar exponencialmente em dezembro, quando o n�mero de trabalhadores da Sa�de afastados por causas respirat�rias foi de 882. Os dados foram confirmados pela Prefeitura de Belo Horizonte ao Estado de Minas, que mostrou que em plena escalada de casos, afastamento de profissionais contaminados compromete escalas, sobrecarrega colegas e abre corrida por contrata��o.
 
“O levantamento do n�mero de profissionais afastados � feito ao fim de cada m�s. Entretanto, para avalia��o do impacto desses afastamentos na assist�ncia � sa�de da popula��o, a prefeitura antecipou o levantamento de janeiro deste ano”, informou a Secretaria Municipal de Sa�de.
 

Faltam contrata��es


A prefeitura informou que, para recompor as equipes, de 24 de dezembro de 2021 a 25 de janeiro de 2022, o munic�pio contratou 1.430 profissionais de sa�de, sendo 309 m�dicos em diversas especialidades. “A Secretaria Municipal de Sa�de trabalha ininterruptamente para manter plenas condi��es de assist�ncia a toda a popula��o”, defendeu. H� ainda um banco de curr�culos para contrata��o imediata de m�dicos. Os interessados devem acessar o Portal da Prefeitura de Belo Horizonte para realiza��o do cadastro.
 
De acordo com o Observat�rio da Enfermagem, gerido pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), na quinta-feira, a m�dia m�vel de casos entre os profissionais da �rea estava em 49, tendo sido confirmados 64 novos diagn�sticos de COVID-19 em 24 horas. O n�mero aumentou exponencialmente nas �ltimas semanas, j� que janeiro come�ou com a m�dia em 7, patamar que estava estabilizado desde junho de 2021.
 
Por outro lado, a m�dia m�vel de mortes n�o aumentou – est� paralisada em um �bito desde 7 de janeiro. Ainda assim, o Cofen refor�a que “esses dados n�o refletem com precis�o os afastamentos”, uma vez que sua atualiza��o depende do envio de levantamentos dos conselhos regionais (Corens) junto aos respons�veis t�cnicos, “sendo inevit�vel a subnotifica��o e delay”.
 
“Temos um panorama geral em que os profissionais de sa�de que atuam em ambientes hospitalares est�o se afastando com COVID, pela �micron, e gripe. O Observat�rio da Enfermagem tem alguns registros ainda um pouco t�midos. Dentro do nosso pr�prio sistema, temos alto �ndice de profissionais que j� se contaminaram com COVID-19 ou s�ndromes gripais. Em todo o pa�s, temos profissionais que j� foram afastados”, disse Eduardo Fernando, coordenador do comit� gestor da crise COVID-19 do Cofen.

S�o Paulo 


Levantamento feito pelo Conselho Regional de Enfermagem de S�o Paulo (Coren-SP) espelha a press�o imposta a esses profissionais com a escalada da variante �micron no Brasil, combinada ao surto de H3N2. De acordo com a pesquisa, quase 82% dos entrevistados disseram que est�o atendendo mais pacientes e 33% relataram que a jornada de trabalho aumentou.
 
“Quando tenho um profissional afastado, acabo sobrecarregando outro. Isso influencia tanto na sa�de do enfermeiro quanto na qualidade do atendimento ao paciente”, afirma Eduardo. “Enquanto a popula��o n�o se conscientizar de que o distanciamento social, a m�scara e a higieniza��o das m�os s�o necess�rios, nunca vamos conseguir combater esse v�rus”, acrescenta Eduardo Fernando. 
 

Servidor da Fhemig decreta greve 

 
Gabriela Silva Le�o*

Trabalhadores dos hospitais p�blicos e estaduais da rede Fhemig decidiram entrar de greve por tempo indeterminado a partir do dia 3 de fevereiro. A assembleia geral foi realizada na tarde de ontem, na porta do Hospital Jo�o XXIII, em Belo Horizonte. Apesar da paralisa��o, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Rede Fhemig (Sindpros), Carlos Martins, garante o atendimento aos pacientes que j� est�o internado. “Mesmo com a greve, os atendimentos de urg�ncia e emerg�ncia e cuidados com pacientes internados, ser�o mantidos, funcionando em escala m�nima.”
 
Segundo o sindicalista, a indiferen�a do governo em atender a categoria foi a motiva��o para a greve. Os funcion�rios pleiteam uma melhora nas condi��es de trabalho h� pelo menos dois anos, e denunciam a precariedade de dentro dos hospitais e na assist�ncia aos pacientes e aos trabalhadores. “� preciso destacar tamb�m que, trabalhando nessas condi��es, estamos colocando em risco a vida dos pacientes e nossas pr�prias vidas”, acrescenta.
 
“Vamos utilizar da greve para tentar, mais uma vez, sensibilizar o governo e a sociedade a buscar uma solu��o para esses problemas que temos vivido nos hospitais”, completa Martins. Entre os problemas listados pela categoria est�o pacientes nos corredores aguardando vagas em setores de tratamento, superlota��o, falta de profissionais e problemas estruturais, como falta de ar-condicionado. Um dos exemplos seria o Hospital Jo�o XXIII, onde o bloco cir�rgico est� funcionando com as portas abertas por causa do calor, segundo eles.

*Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Jo�o Renato Faria 


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