A chegada dos manifestantes das pol�cias do estado e bombeiros militares � Pra�a da Esta��o, em Belo Horizonte, come�ou logo ao raiar do dia, nesta segunda-feira (21/02). O protesto marcado para as 9h � pela recomposi��o de sal�rios em 41% prometidos pelo governo estadual, que s� efetivou 13%.
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Os primeiros �nibus a chegar foram orientados a estacionar em uma �rea reservada, pr�ximo � C�mara Municipal de Belo Horizonte, na Regi�o Leste. Com isso o impacto no tr�nsito n�o � relevante. At� o momento, representantes das categorias estimam em cerca de 3 mil a concentra��o de manifestantes.
Nos pontos de �nibus, mesmo com um pequeno acr�scimo ao tr�nsito e a lentid�o que provocou certos atrasos aos coletivos, as pessoas manifestaram apoio � reivindica��o dos servidores.
Gladyston Rodrigues
“Acho que todo mundo tem o direito de correr atr�s de condi��es melhores para a sua sobreviv�ncia e a da sua fam�lia. Admiro e respeito muito o trabalho dos policiais e a gente v� tamb�m como os bombeiros s�o precisos para tanta gente que est� sofrendo. Por isso n�o importo de atrasar um pouquinho com a demora dos �nibus”, afirma a diarista Maria de Souza, de 51 anos.
O atraso de cerca de 10 minutos tamb�m n�o diminuiu o apoio da t�cnica em enfermagem Tha�s Regina Delana de Morais, de 35 anos, j� h� 40 minutos no ponto de �nibus da Pra�a Rui Barbosa, no Centro de BH.
“A verdade � que o tr�nsito de BH sempre est� ruim e os �nibus sempre atrasam mesmo. Desta vez, pelo menos, � pela causa dos trabalhadores que servem a todos n�s. Por isso, apoio a reivindica��o deles, por que tem de ser s� os deveres”, considera.
Depois de deixar Tr�s Pontas, no Sul de Minas, �s 2h30, o tenente da reserva da Pol�cia Militar Francisco Aguiar, de 55 anos, enfrentou quatro horas e 30 minutos de viagem em �nibus fretado por policiais militares, civis, penais e bombeiros.
“Tivemos apoio de alguns empres�rios da cidade, que colaboraram com recursos para que fosse poss�vel vir a BH lutar pelos nossos direitos. A popula��o da cidade nos apoiou. E a� chegando aqui em Belo Horizonte, tamb�m sentimos que fomos recebidos com muito carinho e compreens�o. O policial acaba usando todos os recursos que tem, os recursos pr�prios, como o telefone e gasolina para poder servir � popula��o. Agora queremos apenas o que nos foi prometido”, disse.
As placas dos �nibus mostram a diversidade de locais de onde vieram os representantes da Seguran�a P�blica e defesa Social. S�o homens e mulheres de Uberaba, Uberl�ndia, Arax�, Tr�s Pontas, Varginha, Pouso Alegre, Te�filo Otoni, Almenara, Montes Claros, Juiz de Fora e muitos outros que param na Pra�a da Esta��o, desembarcam os manifestantes e rumam aos estacionamentos.
O que diz o governo de Minas
Por meio de nota enviada no fim da manh� desta segunda-feira, o governo do estado diz que o plano de recupera��o fiscal, que � discutido na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deve permitir uma nova recomposi��o no sal�rio dos servidores. Confira o posicionamento na �ntegra abaixo:
“Desde o in�cio da gest�o atual, o Governo de Minas vem equilibrando as contas e recuperando a capacidade financeira do Estado, o que permitiu realizar o pagamento dos sal�rios dos servidores p�blicos de Minas Gerais de forma integral, no quinto dia �til do m�s, al�m da quita��o do 13º sal�rio sem parcelamentos.
O Governo de Minas sabe da necessidade da recomposi��o salarial do funcionalismo p�blico e tem feito todo o esfor�o para que a corre��o da infla��o seja poss�vel para todos os servidores estaduais. A atual gest�o reconhece a import�ncia dos profissionais das For�as da Seguran�a para o Estado. Por isso, eles receberam reajuste de 13% em 2020. Al�m disso, foram os primeiros profissionais a receberem o sal�rio em dia. Continuamos em amplo processo de negocia��o com os representantes dessas categorias na busca de uma nova recomposi��o, porque sabemos que ela � necess�ria.
A renegocia��o da d�vida bilion�ria com a Uni�o, por meio do plano de recupera��o fiscal, permitir� uma nova recomposi��o dos sal�rios dos profissionais de seguran�a. Continuamos em busca de outras alternativas para fazer a reposi��o das perdas inflacion�rias.”