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Estado de Minas PANDEMIA

COVID e 60 mil mortes: desafios que Minas ainda tem no combate � doen�a

Apesar da triste marca, estado vive fase mais branda da doen�a, com acelera��o da vacina��o e estabiliza��o do n�mero de casos


09/03/2022 16:54 - atualizado 09/03/2022 19:21

Enterro de vítima por COVID
Minas testemunhou a perda de 60.079 v�timas para a doen�a desde mar�o de 2020 (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
 
Dramas, hist�rias de supera��o e outras nem tanto, e sofrimento de profissionais de sa�de e pacientes. Desde o primeiro caso de coronav�rus registrado em uma mulher de 47 anos de Divin�polis, no Centro-Oeste mineiro, em 8 de mar�o de 2020, Minas Gerais completou nesta quarta-feira (9/3) a perda de 60 mil vidas pela doen�a. A enorme barb�rie provocada pelo silencioso v�rus em apenas dois anos no estado se assemelha a um Mineir�o completamente lotado, mas num clima triste. Enquanto as lembran�as das v�timas ficam restritas em porta-retratos, autoridades ainda colecionam desafios para que a pandemia seja devidamente superada.
 
Nesta quarta-feira (9/3), Minas completou 60.079 mortes por coronav�rus desde o in�cio da pandemia. Nas �ltimas 24 horas, foram 80 �bitos e, com os novos confirmados, o estado soma  3.249.737 pessoas atingidas pela infec��o.
 
A COVID-19 teve fases distintas em Minas, impulsionada pelo surgimento de diversas variantes provenientes de outros continentes. A primeira morte apareceu 21 dias depois em Belo Horizonte, de uma idosa de 82 anos, que apresentou quadro de febre, tosse e desconforto respirat�rio. Exatamente sete meses depois, o estado j� passava das 10 mil v�timas pela doen�a, com mais de 415 mil casos confirmados. 
 
As fases mais letais do coronav�rus foram justamente no primeiro semestre e no in�cio do segundo semestre de 2021, quando a variante Delta veio � tona, depois de ser descoberta na �ndia. Entre novembro de 2020 e julho do ano seguinte, Minas testemunhou a morte de mais de 40 mil pessoas. O cen�rio tamb�m foi desesperador nos hospitais, com filas de ambul�ncias, falta de leitos e equipes m�dicas sob forte desgaste. O governo de Minas decretou onda roxa em todas as regi�es, com a pol�mica medida do toque de recolher, para tentar reduzir os casos. 
 
O estado tamb�m abriu um hospital de campanha no Expominas com 800 leitos, mas ele nunca chegou a ser usado de fato. Atualmente, a Secretaria de Estado de Sa�de (SES-MG) diz que Minas vem avan�ando de fato gra�as � vacina��o, o que ajuda a dar um respiro �s unidades de sa�de. 
 
Refer�ncia em atendimento da COVID-19 em todo o estado, a Santa Casa BH chegou a colocar � disposi��o 231 vagas de UTI e outras 376 de enfermaria, ainda entre maio e junho de 2020, sua maior oferta na pandemia. Posteriormente, foi necess�rio que o hospital refor�asse seu quadro de leitos para abrigar pacientes de outras cidades e regi�es.
 
“A pandemia chegou um pouco mais tarde em Belo Horizonte do que em outras cidades. Com isso, conseguimos preparar um plano de combate � doen�a um m�s antes de receber os primeiros pacientes. Tentamos dar um passo � frente, pois j� t�nhamos estrutura de laborat�rios, de UTIs e das alas. Com o aumento dos casos, houve sobrecarga humana muito grande. Muitos dos pacientes tiveram casos muito graves, com sofrimento. Foi um momento de muito peso para todos”, ressalta o m�dico Cl�udio Dornas, diretor de Assist�ncia � Sa�de do Grupo Santa Casa BH. 
 
Ele diz que os conhecimentos adquiridos pela equipe ao longo da pandemia foram fundamentais para o tratamento dos pacientes e ser� o grande legado daqui para a frente: “Infelizmente pela gravidade do momento, entre maio e junho, e sem a vacina, muitas pessoas com comorbidades n�o resistiram, depois de ficarem 30 ou 40 dias internados. N�o era nossa rotina ver tantos pacientes em quadro grave. Esse momento de toda uma popula��o toda exposta ao v�rus trouxe um cen�rio muito ruim. Mas tivemos muito aprendizado em termos de tecnologia e informa��o, o que ajudou a reduzir a quantidade de casos. Agora, a gravidade dos pacientes � muito menor, com queda no n�mero de �bitos. Nossa equipe tamb�m est� mais treinada e preparada”.
 
Depois da Delta, a variante �micron trouxe uma nova sensa��o de medo para os mineiros a partir de dezembro do ano passado. Com poucos dias, a cepa j� era a mais encontrada nas amostras genotipadas feitas pela Secretaria de Estado de Sa�de (SES-MG), o que contribuiu para a eleva��o de casos. Janeiro foi, disparado, o m�s com o maior n�mero de testes positivos, com mais de 500 mil contamina��es. 
 
Apesar disso, a quantidade de mortes n�o teve avan�o, em virtude da acelera��o da vacina��o. Atualmente, Minas conta com 86,43% da primeira dose aplicada, 81,30% com a segunda dose ou dose �nica e 44,75% com a dose de refor�o. A vacina��o infantil, por�m, ainda � um desafio para as autoridades: somente 55,9% das crian�as at� 11 anos foram imunizadas com a primeira dose e apenas 2,64% com a segunda.  

Cautela 

O infectologista e professor de medicina da UFMG, Geraldo Cunha Cury, afirma que o panorama da doen�a no estado ainda requer uma s�rie de cuidados: “A vacina��o est� num n�vel elevado, mas poderia ser maior. Os indicadores melhoraram, pois vamos uma diminui��o da taxa de transmiss�o e na ocupa��o de leitos de UTI e enfermaria. � uma situa��o mais confort�vel do que antes. Ainda assim, temos muitas pessoas internadas com casos moderados e graves de COVID. � uma doen�a que ainda existe. Temos de pensar que a pandemia n�o acabou, embora esteja em novo formato”. 
 
Ele entende que � preciso esperar um tempo para ver o resultado do relaxamento das medidas, como a aobli��o do uso de m�scaras em locais p�blicos: “Vemos no Brasil que os indicadores tamb�m est�o melhorando. Belo Horizonte, por exemplo, tirou a obrigatoriedade do uso de m�scaras em ambientes abertos. � preciso esperar um m�s para observar o panorama e ver se haver� novo repique da doen�a. Essas medidas aumentam a circula��o do v�rus. Devemos lembrar que alguns locais, como a Feira Hippie e escolas, a m�scara continua sendo obrigat�ria. O Rio de Janeiro aboliu a m�scara, inclusive em locais fechados, o que � um absurdo”.
 
Geraldo Cury tamb�m chama a aten��o pelo extenso n�mero de pessoas que seguem se tratando ap�s contra�rem a doen�a: “Temos de lembrar que a COVID tem uma etapa, que � a p�s-COVID ou COVID longa. S�o pessoas que tiveram a doen�a de diversas formas ou que internaram e continuam com problemas. � algo que vai trazer muita demanda para os servi�os de sa�de. Vamos ter de aprender a conviver com tudo isso”.
 

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