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Estado de Minas PREVEN��O

ArcelorMittal ergue ''muro'' abaixo de barragem em risco na Grande BH

Com represa em Itatiaiu�u enquadrada pela ANM em n�vel cr�tico de instabilidade, meta � criar barreira contra onda de lama que amea�a casas e �gua da Grande BH


15/03/2022 04:00 - atualizado 15/03/2022 08:29

Obras de contenção da barragem da mina de Serra Azul, da mineradora ArcelorMittal, em Itatiaiuçu
Oper�rios e m�quinas trabalham no vale abaixo do reservat�rio para criar, segundo defini��o da pr�pria companhia, ''uma grande barreira f�sica pr�xima da �rea da barragem para conten��o dos rejeitos, na hip�tese de eventual rompimento'' (foto: Mateus Parreiras/EM/D.A Press)

Itatiaiu�u – Carretas transportando longos tubos de a�o de 20 metros de comprimento; tratores cavando fundo em um amplo terreno entre as ro�as e pastos. Oper�rios preparando uma �rea rural extensa para ser a �ltima barreira entre rejeitos e a sobreviv�ncia na eventualidade de um desastre.

As medidas contra o rompimento da barragem de rejeitos da Mina Serra Azul, da mineradora ArcelorMittal, em Itatiaiu�u, a 110 quil�metros de Belo Horizonte, movimentam a regi�o e acirram a preocupa��o da comunidade, uma vez que os milhares de toneladas de detritos t�m potencial de destruir casas e parte da BR-381 (Rodovia Fern�o Dias), al�m de afetar a capta��o do reservat�rio de Rio Manso, da Copasa, o maior da Grande BH e respons�vel pelo abastecimento de 1,5 milh�o de pessoas. Como revelou a reportagem do Estado de Minas, o barramento atingiu o n�vel mais cr�tico de instabilidade, de acordo com crit�rios da Ag�ncia Nacional de Minera��o (ANM).

Apenas ap�s a divulga��o da situa��o de risco apontada pela ag�ncia � que a empresa convocou a comunidade de Itatiaiu�u para explicar a escalada da classifica��o de amea�a. Mas trabalhadores continuam a acessar as encostas do barramento e ve�culos ainda s�o vistos transitando na �rea, que � considerada de m�ximo perigo, de acordo com a ANM. Na comunidade, o Bairro de Pinheiros tamb�m continua bloqueado, com v�rios setores interditados.

A ArcelorMittal informou que presta assist�ncia atualmente a 859 fam�lias. Dessas, 56 foram realocadas preventivamente e vivem em im�veis alugados pela empresa. Os n�cleos familiares removidos receberam aux�lio emergencial mensal at� junho de 2021. A partir da assinatura de acordo, em 7 de junho de 2021, o aux�lio emergencial foi substitu�do por pagamento de uma verba mensal, estendida a outras fam�lias da regi�o, para fomento da economia local como forma de repara��o coletiva.

Obras de contenção da barragem da mina de Serra Azul, da mineradora ArcelorMittal, em Itatiaiuçu
Oper�rios e m�quinas trabalham no vale abaixo do reservat�rio para criar, segundo defini��o da pr�pria companhia, ''uma grande barreira f�sica pr�xima da �rea da barragem para conten��o dos rejeitos, na hip�tese de eventual rompimento'' (foto: Mateus Parreiras/EM/D.A Press)
A obra para conter os rejeitos em caso de colapso da barragem vulner�vel se situa no vale do c�rrego que desce da mineradora. Assim como a Vale fez com barragens em Ouro Preto, Nova Lima e Bar�o de Cocais, a estrat�gia � erguer uma barreira f�sica de concreto e a�o contra a enxurrada de rejeitos de min�rio na eventualidade de um desastre. Trata-se de um anteparo com a fun��o de deter o fluxo de lama, antes que fa�a v�timas.

Contudo, a Vale utiliza equipamentos remotos para esse e outros tipos de interven��o no barramento, o que a ArcelorMittal n�o adota em seus procedimentos, uma vez que a equipe do Estado de Minas viu pessoas e ve�culos tripulados transitando e trabalhando na estrutura condenada.
 
A empresa firmou um Termo de Compromisso com o Minist�rio P�blico em n�veis federal e estadual, governo de Minas, Funda��o Estadual de Meio Ambiente (Feam) e Ag�ncia Nacional de Minera��o (ANM), em 25 de fevereiro de 2022, que estabelece que a empresa apresentar� o projeto de descaracteriza��o da barragem at� novembro deste ano.

Contudo, somente ap�s a conclus�o do projeto e o “dimensionamento dos desafios de engenharia envolvidos ser� poss�vel definir data para o in�cio das interven��es e prazo para a sua finaliza��o”. Outros detalhes t�cnicos, como custo do projeto, n�mero de pessoas mobilizadas e destina��o dos rejeitos, tamb�m depender�o das solu��es de engenharia que constar�o no projeto executivo, informou a empresa.

Sobre a estrutura de conten��o a jusante (ECJ), a obra de deten��o em um poss�vel colapso, “trata-se de uma grande barreira f�sica pr�xima da �rea da barragem para conten��o dos rejeitos, na hip�tese de eventual rompimento. O projeto em discuss�o junto �s autoridades aponta para uma estrutura utilizando estacas de a�o encravadas no solo, concreto e pedras”, segundo a empresa.

O projeto b�sico da ECJ ser� apresentado ao Minist�rio P�blico at� 30 de abril de 2022, segundo a empresa, e o projeto executivo, at� 30 de agosto de 2022, conforme termo de acordo firmado em novembro de 2021. Todas as atividades pass�veis de serem executadas, como abertura de acessos, retirada de vegeta��o, prepara��o da base do terreno e prepara��o de canteiros de obras, est�o em execu��o. A �rea para constru��o da estrutura foi definida por crit�rios de engenharia, de modo a mitigar potenciais impactos ambientais e garantir a seguran�a dos trabalhadores.

No que diz respeito � eleva��o do n�vel de emerg�ncia da barragem, a empresa afirma ter cumprido todas as diretrizes previstas pela legisla��o. “N�o houve nenhuma altera��o nas condi��es de seguran�a da barragem, tratando-se de uma reclassifica��o devido, exclusivamente, � mudan�a de crit�rios t�cnicos da ANM. A estrutura n�o apresenta risco de ruptura iminente e n�o h� exig�ncia de novas medidas ou a��es adicionais de seguran�a”, sustenta a ArcelorMittal.
 


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