
O crescimento lento desse �ndice est� atrelado uma s�rie de fatores, n�o apenas �s aglomera��es registradas em alguns pontos da cidade durante o carnaval, diz o infectologista Una� Tupinamb�s, integrante do Comit� de Enfrentamento � COVID da Prefeitura de Belo Horizonte.
"Esse aumento lento do RT aqui em Belo Horizonte n�o � somente devido ao carnaval, que j� ocorreu h� quase um m�s. Creio que tem rela��o tamb�m com a variante �micron, pois n�o sabemos se a sua subvariante BA.2 j� entrou em nosso estado com mais intensidade. Outro ponto � o relaxamento das pessoas e isso nos preocupa um pouco, mas por outro lado tivemos um avan�o na cobertura vacinal e felizmente h� uma estabilidade com tend�ncia de redu��o de mortalidade em decorr�ncia da COVID por causa da vacina��o", ressaltou.
O infectologista Carlos Starling, que tamb�m faz parte do comit� da PBH, avalia que a eleva��o do RT � provocada pela falta de cuidados da popula��o e pelo relaxamento das medidas protetivas, ligadas a sensa��o de a pandemia estar sob controle.
"Esse ligeiro aumento do RT � resultado das flexibiliza��es que est�o ocorrendo h� algum tempo e pelo fato de as pessoas estarem relaxando com as medidas de controle fundamentais. Principalmente o uso de m�scaras em ambientes fechados. As pessoas est�o se aglomerando mais em fun��o da falsa sensa��o que a pandemia est� absolutamente controlada", ressaltou.
O especialista volta a alertar a popula��o para manter os cuidados devidos, pois a pandemia permanece presente com a �micron e suas subvariantes.
"� preciso alertar que a pandemia n�o est� controlada. N�s estamos, sim, com uma baixa incid�ncia de interna��es e redu��o no n�mero de mortes. A vacina��o tem feito o seu papel, assim como a infec��o natural foi explosiva com a �micron. Todos devem entender que o v�rus continua circulando e as novas variantes ou subvariantes da pr�pria �micron t�m assolado o continente europeu, e n�s n�o vamos ficar fora dessa nova onda, como aconteceu anteriormente", alertou o infectologista Carlos Starling.
Outro ponto preocupante � a chegada do tempo frio que contribui para o surgimento de v�rias outras doen�as, segundo o infectologista Una� Tupinamb�s.
"A chegada do outono trouxe quedas nas temperaturas e com o frio nessa �poca � comum a transmiss�o de outros v�rus respirat�rios. Isso pode impactar na assist�ncia de sa�de. E a gente j� adianta a import�ncia que � a campanha de vacina��o contra a gripe que deve ser iniciada em breve. A popula��o deve se vacinar contra a gripe. Importante lembrar tamb�m a popula��o que ainda n�o recebeu a terceira dose da vacina anticovid e que j� est� no momento de ser imunizada que procure a assist�ncia � sa�de para receber essa dose para reduzir ainda mais o risco de casos graves da COVID", concluiu.
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