BH: empresas de �nibus v�o reduzir viagens fora do hor�rio de pico

As concession�rias de �nibus respons�veis pelas linhas que rodam em Belo Horizonte v�o, a partir desta sexta-feira (29/4), adequar o n�mero de viagens di�rias � receita obtida pelo sistema de transporte p�blico. A decis�o foi anunciada hoje pelo cons�rcio Transf�cil, formado pelas empresas que operam os coletivos na capital mineira. Segundo o grupo, o corte � necess�rio para "evitar o colapso total do servi�o por falta de recursos financeiros".

A ideia inicial � diminuir o n�mero de viagens fora dos hor�rios de pico. A tend�ncia � que haja queda nos carros dispon�veis entre 9h e 16h30. Aos s�bados e domingos, tamb�m haver� redu��o. Para amanh�, segundo o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH), a mudan�a dever� ser muito pouco sentida pelos usu�rios.

As empresas v�o ajustar o quadro de hor�rios noturnos e, tamb�m, os intervalos entre as viagens feitas aos s�bados, domingos e feriados.

"O sistema n�o gera receitas financeiras suficientes para a manuten��o do mesmo n�vel de viagens hoje existente", l�-se em nota dos empres�rios do setor. Para justificar a decis�o, o cons�rcio respons�vel pelos �nibus diz que o contrato para controle do sistema tem "not�rio desequil�brio econ�mico-financeiro".

Protestos, tamb�m, contra a fixa��o da passagem em R$ 4,50 desde 2018 - o trato para opera��o do transporte, assinado h� doze anos, prev� reajustes anuais. O Transf�cil fala, ainda, em "descontrole inflacion�rio" desde 2019, cita os "aumentos estratosf�ricos" do diesel e a diminui��o no n�mero de passageiros em compara��o aos tempos pr�-pandemia de COVID-19.

Itiner�rios onde houver maior desequil�brio entre os custos e a receita obtida devem sofrer mais cortes. O Setra garantiu que far� avisos sobre as mudan�as. "Continuamos trabalhando para que a solu��o do desequil�brio do sistema possa rapidamente ser resolvido pelas autoridades competentes e o servi�o p�blico possa voltar � sua normalidade", aponta a entidade.

 

O Estado de Minas procurou a Prefeitura de Belo Horizonte para comentar a decis�o. Se houver resposta, este texto ser� atualizado.

 

Imbr�glio sobre pre�o das passagens permanece

 

Na semana passada, a prefeitura foi oficialmente notificada da decis�o liminar que ordena o reajuste das tarifas a R$ 5,85. Para barrar o aumento, o poder Executivo municipal se ampara em projeto para repassar R$ 163 milh�es anuais �s empresas e, assim, bancar as gratuidades concedidas pelo setor.

Se a proposta for aprovada pelos vereadores, a equipe do prefeito Fuad Noman (PSD) acredita ser poss�vel, inclusive, baixar as tarifas de R$ 4,50 a R$ 4,30. H� dois dias, por�m, a gest�o municipal pediu a suspens�o da tramita��o do texto, em an�lise na C�mara Municipal.

A liminar e a suspens�o da tramita��o s�o citadas pelo Transf�cil como motivos que agravam o momento do setor. O l�der do governo no Legislativo municipal, Bruno Miranda (PDT), no entanto, garantiu na ter�a (26) que a suspens�o ocorreu a fim de aperfei�oar a reda��o do projeto.

"O texto est� sendo finalizado. O cuidado existe porque a C�mara est� acompanhando de perto a nova reda��o. O objetivo �, quando ele for apresentado, que a gente consiga avan�ar com esse projeto, t�o importante para os usu�rios e para o transporte p�blico da nossa capital", salientou.