
Foi o caso do porteiro Ronilson Severino Alexandre, de 48 anos, que chegou por volta das 16h20 na Esta��o Vilarinho, em Venda Nova, quando um Move 6350 tinha acabado de sair. Ele estava seguindo para o bairro Diamante, onde trabalha.
"Achei que sairia um �s 17h, mas j� passa disso e nada. O que est�o fazendo � uma falta de respeito com o povo. Os empres�rios querem que a gente pague a conta deles. No final, vai sobrar pra gente pagando mais pela passagem", disse, revoltado.

J� a estudante Kailany Vict�ria Coimbra Martins, que mora na regi�o do Barreiro e faz curso em Venda Nova, contou que neste s�bado esperou uma hora para pegar a linha 342, que liga as esta��es Barreiro e Diamante. "Nos outros s�bados, passou em vinte minutos ou at� menos. Hoje o �nibus saiu de l� abarrotado", contou.
Passageiros da linha 62 (Esta��o Venda Nova - Savassi) tamb�m reclamam. "Eu j� sabia que haveria redu��o, mas n�o sabia que seria desse jeito. Estou acostumada com esse �nibus de uns vinte em vinte minutos, mas hoje parece que chegou a quase uma hora", disse a manicure Soraia Pinho, moradora do Bairro Jardim Europa.
E essa situa��o inc�moda deve se repetir neste domingo (1º/5), Feriado do Trabalhador. As empresas de �nibus j� declararam que somente na segunda-feira (2/5) os coletivos voltar�o a circular com o quadro de viagens normal.
Ap�s reuni�o com a Prefeitura de Belo Horizonte, as empresas, por meio do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra- BH), reiteraram o compromisso de colocar um n�mero suficiente de �nibus nas ruas para o "atendimento da popula��o, principalmente nos hor�rios de pico dos dias �teis, dentro da limita��o financeira a que estamos submetidos e dentro do que � gerado pelo sistema com o pagamento das tarifas".
Em entrevista durante o Dia D de Vacina��o, no Parque Municipal, o prefeito de BH, Fuad Noman (PSD), confirmou a informa��o. "Ontem, tivemos uma reuni�o com os sindicatos e eles prometeram que resolvem tudo a partir de hoje, e segunda-feira, voltam ao normal no hor�rio de pico." Ele lembrou da decis�o da Justi�a que definiu o reajuste para passagem, mas disse que essa n�o � a vontade da prefeitura. "N�o queremos dar aumento, mas passamos por um momento delicado, de defini��o: ou vamos ter que dar o aumento ou vamos ter que dar o subs�dio", ressaltou.