
A Taquaril Minera��o S.A (Tamisa), empresa que recebeu autoriza��o do governo mineiro para atividade extrativa na Serra do Curral, diz que a oficializa��o da licen�a pr�via concedida pelo Conselho Estadual de Pol�tica Ambiental (Copam), publicada nesta quarta-feira (4/5), demonstra a "lisura e a transpar�ncia" do processo.
Apesar da vit�ria da mineradora, a Prefeitura de Belo Horizonte e o Minist�rio P�blico Federal (MPF) recomendaram, � Justi�a, a suspens�o da certid�o concedida � empresa.
A Tamisa deseja minerar em �rea com trechos de Mata Atl�ntica. Todo o espa�o reservado ao empreendimento equivale a 1,2 mil campos de futebol. Em meio � defesa feita pela companhia e engrossada pela Federa��o das Ind�strias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), ambientalistas e pol�ticos questionam o processo.
"A Tamisa v� como consequ�ncia natural a publica��o da licen�a, que confirma a lisura e transpar�ncia do procedimento administrativo de licenciamento ambiental, ficando demonstrado que foram cumpridas todas as exig�ncias legais e normativas aplic�veis", l�-se em comunicado da empresa, ap�s questionamento do Estado de Minas.
Em que pese a publica��o, no Di�rio Oficial, da concess�o da licen�a, a Justi�a deu 10 dias para que a Tamisa e o poder p�blico estadual se manifestem sobre o pedido da Prefeitura de BH para suspender o atestado. A empresa garante enxergar "com serenidade" a entrada do MPF no rol de vozes contr�rias � atividade miner�ria na hist�rica serra.
"A Tamisa poder� demonstrar durante o curso do processo tamb�m ao Minist�rio P�blico Federal, a regularidade do procedimento administrativo de licenciamento ambiental".
A oficializa��o da licen�a permite que a Tamisa possa come�ar a interven��o ambiental e retirar a vegeta��o na regi�o da Fazenda Ana da Cruz, em Nova Lima, no limite com a capital e pr�xima ao Pico Belo Horizonte, ponto mais alto das montanhas.
"O risco ao patrim�nio ambiental � iminente. Com essa licen�a, eles j� podem come�ar a devastar toda a biodiversidade do espa�o", protestou o engenheiro ambiental Felipe Gomes, do coletivo "Ah, � Lixo!?".