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Estado de Minas DA UFOP

Estudo revela urg�ncia na preserva��o ambiental de Ouro Preto

Pesquisa mostra o desenvolvimento ambiental na cidade que, em 35 anos, j� perdeu o equivalente 4 mil campos de futebol em floresta


09/06/2022 09:36 - atualizado 09/06/2022 09:51

O distrito de Miguel Burnier, em Ouro Preto
O distrito de Miguel Burnier, conhecido pelos trilhos que conduziam � constru��o da recente Belo Horizonte, foi esquecido. (foto: Divulga��o/arquivo pessoal)
Um estudo in�dito sobre o territ�rio de Ouro Preto, na Regi�o Central de Minas Gerais, realizado por uma equipe multidisciplinar da UFOP, revela resultados pouco animadores sobre o desenvolvimento ambiental, econ�mico e social da cidade hist�rica que tem como um dos desafios as atividades minerat�rias nos distritos.
 
Idealizado no Departamento de Engenharia Ambiental da UFOP, a pesquisa iniciada h� um ano ter� os dados preliminares apresentados, nesta quinta-feira (9/6) com o lan�amento do Programa de Monitoramento Socioambiental do Territ�rio Ouro-pretano com a disponibiliza��o dos primeiros dados no site PromoSAT- OP. O site servir� como ferramenta de monitoramento constante dispon�vel para consultas.
 
Quem vai ao centro hist�rico de Ouro Preto n�o tem a precis�o das especificidades territoriais da cidade com mais de 1.245 km² - �rea quase quatro vezes maior que a da capital, Belo Horizonte - e n�o imagina que nos distritos como Ant�nio Pereira, Santa Rita e Miguel Burnier, distantes dos monumentos hist�ricos, v�m sofrendo pela redu��o da disponibilidade de recursos h�dricos, de florestas e da qualidade de vida dos moradores.
 
Uma lupa sobre a cidade
 
Os dados preliminares da pesquisa apontam que entre 1985 e 2020, o territ�rio de Ouro Preto perdeu cerca de 3 mil hectares de floresta, cerca de 4 mil campos de futebol. Em rela��o aos recursos h�dricos, a cidade j� perdeu 553 hectares de �reas superficiais, que corresponde a cerca de 775 campos de futebol.
 
“A gente que pesquisa e monitora com equipamentos geoespaciais percebemos que h� um processo de degrada��o que piora ano ap�s ano. A popula��o de um modo geral tem uma vis�o muito reduzida da realidade e essa ferramenta adotada pela ONU gera relat�rios fi�is que subsidiam as prefeituras a direcionarem suas a��es pol�ticas nos territ�rios orientadas por dados”, explica o professor do departamento Engenharia Ambiental da UFOP, Alberto Fonseca.
 
De acordo com o professor j� existem monitoramentos no pa�s em escalas amplas e um semelhante em Minas Gerais � o Infraestrutura de Dados Espaciais do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos H�dricos (IDE-Sisema). Por�m, os munic�pios n�o t�m recursos para fazerem monitoramentos locais, principalmente cruzando informa��es com outras �reas do conhecimento.
 
Nesse sentido, o professor acredita que o PromoSAT- OP � um grande diferencial competitivo no munic�pio na apresenta��o dessa radiografia de forma gratuita para a cidade por meio de uma equipe de especialistas nas �reas de economia, geologia, arquitetura.
 
 “Os primeiros resultados apontam que o mais alarmante em Ouro Preto � que o territ�rio est� sendo antropizado, ou seja, que a cada ano, a cidade perde floresta, perde recursos h�dricos e ganha em �rea de minera��o e �rea urbana”.
 
Em busca do crescimento sustent�vel
 
O secret�rio de Meio ambiente, Chiquinho de Assis, lembra que a ferramenta de dados vem na semana em que � comemorado o dia Mundial do Meio Ambiente – 5 de junho -  e que o uso dela exp�e que mesmo com a exist�ncia de in�meras leis de institui��es locais, estaduais e federais voltadas para quest�es socioambientais, n�o est� claro se as escolhas feitas pelos gestores respons�veis geram bem-estar � popula��o.
 
Um caso � a situa��o da empresa Alumina Chemical Technology (Actech)- antiga instala��o da Hindalco do Brasil-  localizada dentro da �rea urbana da cidade, no bairro Vila Oper�ria, em que os moradores sofrem diariamente os efeitos ocasionando pela produ��o da alumina. A sider�rgica funciona sem o licenciamento ambiental e opera mediante um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).
 
“Vemos que o empreendedor quer investir na cidade mas n�o tem um estudo espec�fico sobre quais as condi��es que a cidade tem para receber o neg�cio dele. Com os dados dispon�veis no site, o empreendedor ganha tempo, antes levaria dois anos para realizar uma pesquisa e depois correr o risco de ver que o projeto l� frente poder� ser barrado por �rg�os ambientais e assim impedir a realiza��o do empreendimento”.


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