(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas REUNI�O DO OBSERVAT�RIO

BH: vias exclusivas para �nibus voltam ao debate sobre mobilidade urbana

Medida � avaliada como forma de aumentar efici�ncia do transporte p�blico; parte do projeto prev� corte de �rvores e tamb�m traz � tona debate sobre arboriza��o


30/06/2022 14:20 - atualizado 30/06/2022 15:40

Ônibus do Move circula em corredor exclusivo na Avenida Antônio Carlos
Corredor exclusivo para Move na Avenida Ant�nio Carlos � apontado por especialista como exemplo bem sucedido de medida para dar mais efici�ncia ao transporte p�blico (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press )
Nesta quinta-feira (30/6), �s 19h, o Observat�rio da Mobilidade Urbana de Belo Horizonte faz sua primeira reuni�o do ano. O encontro volta a trazer � tona projetos para prioriza��o do transporte coletivo na capital, dentre as a��es est� a cria��o de vias exclusivas para a circula��o de �nibus. 

A �ltima reuni�o do observat�rio aconteceu em mar�o de 2021. Na ocasi�o foram apresentados estudos para o estabelecimento de cerca de 45 quil�metros de vias exclusivas para o transporte p�blico e cerca de 15 quil�metros para faixas preferenciais.

As medidas s�o apontadas como forma de otimizar o transporte na capital, tornar as viagens de �nibus mais r�pidas e ainda promover a economia de combust�vel dos coletivos, que perder�o menos tempo no tr�nsito. 

De acordo com o arquiteto e urbanista e professor convidado da Funda��o Dom Cabral, S�rgio Myssior, as vias exclusivas s�o uma forma de favorecer os �nibus do ponto de vista da efici�ncia, aspecto que o pode fazer sobressair sobre as formas de transporte particular.

“Vejo vias exclusivas com �timos olhos. O transporte coletivo vem perdendo n�mero de usu�rios, mesmo antes da pandemia, porque tem dificuldades de se estabelecer na rela��o efici�ncia, conforto e seguran�a. Na medida em que o �nibus se destaca nessa equa��o em uma dessas vari�veis, como acontece nas faixas exclusivas do Move da Avenida Ant�nio Carlos ou da Avenida Cristiano Machado, o �nibus come�a a se destacar no quesito efici�ncia, por exemplo. Em conforto ou seguran�a ele dificilmente vai conseguir se sobressair sobre o transporte particular, ent�o o espa�o que ele tem para se destacar � a efici�ncia”, analisa.

O especialista refor�a que o transporte p�blico � um servi�o essencial na sociedade, porque ele � o meio que permite que a popula��o acesse seus direitos como o acesso � sa�de, educa��o e moradia. Baseado nessa premissa, Myssior avalia que as vias exclusivas s�o uma medida pertinente para a pol�tica de mobilidade da cidade.

“Do ponto de vista da mobilidade, temos que lembrar que o transporte coletivo, segundo a constitui��o, � um servi�o de car�ter essencial. Esse � um meio essencial para que a popula��o acesse suas necessidades cotidianas. N�o faz sentido que o espa�o seja igualmente dividido entre um carro, uma moto e um �nibus, sendo que um �nibus pode transportar muito mais gente. Vale lembrar tamb�m que, em todo o Brasil, os �nibus correspondem a 86% das viagens dentro dos transportes coletivos”, pontua.
 
 
Na apresenta��o publicada na �ltima reuni�o do Observat�rio da Mobilidade Urbana de Belo Horizonte foram apresentadas sugest�es de cria��o de faixas exclusivas e preferenciais em diversos pontos da cidade. Veja os exemplos sugeridos:

  • Avenida Afonso Pena entre P�a Rio Branco e Avenida Get�lio Vargas: Faixa exclusiva
  • (6h �s 19h30)
  • Avenida Afonso Pena entre Avenida Get�lio Vargas e Avenida Bandeirantes: Faixa preferencial (6h �s 19h30)
  • Rua Padre Pedro Pinto entre Rua dos Menezes / Esta��o Venda Nova: Faixa
  • exclusiva (6h �s 19h30)
  • Rua Padre Pedro Pinto entre Esta��o Venda Nova / Avenida Pedro I: Faixa exclusiva
  • sentido Bairro/Centro (6h �s 9h)
  • Avenida Silviano Brand�o entre Avenida Fl�vio dos Santos e Avenida dos Andradas: faixa exclusiva (6h �s 9h e 16h30 �s 19h30) 
  • Avenida Silviano Brand�o entre Avenida Cristiano Machado e Avenida Fl�vio dos Santos: Faixa preferencial (6h �s 9h)
  • Rua Niquelina: Faixa exclusiva (6h �s 9h e 16h30 �s 19h30)


Corte de �rvores


Para o projeto de cria��o de vias exclusivas para o transporte p�blico em Belo Horizonte, a BHTrans solicitou � Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) o corte de mais de 250 �rvores nas regionais Centro-Sul, Noroeste e Venda Nova. A necessidade de supress�o e transplantio da cobertura vegetal nos pontos ainda ser� discutida em audi�ncias p�blicas e os n�meros podem variar. 

De acordo com a solicita��o enviada � SMMA, na Regi�o Noroeste, ser�o mais de 100 �rvores retiradas da Avenida Ab�lio Machado e 50 na Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes. Em Venda Nova, s�o 21 supress�es previstas para a Rua Padre Pedro Pinto e duas para a Rua Jair Afonso In�cio. Na Regional Centro-Sul, 105 �rvores ser�o suprimidas ou transplantadas de vias de grande tr�fego como  as avenidas do Contorno, Oleg�rio Maciel, �lvares Cabral, Francisco Salles e Nossa Senhora do Carmo.
 
 
Ao todo, os pedidos englobam a retirada de 282 �rvores da capital como parte de projetos de mobilidade urbana. Dentre elas est�o esp�cies como sibipiruna, ip� rosa, pau ferro e casuarina, que exigem, legalmente, que as supress�es sejam compensadas com a reposi��o de mais unidades. Portanto, est� previsto tamb�m o plantio de 671 �rvores.

S�rgio Myssior aponta que, mais do que repor as �rvores, � necess�rio que as novas plantas sejam instaladas na mesma regi�o onde as antigas foram suprimidas: “n�o � uma quest�o s� quantitativa, mas qualitativa. BH tem at� um manual de arboriza��o urbana para orientar essas a��es”.

O arquiteto refor�a que, embora o transporte seja um tema fundamental para o bom funcionamento da cidade, a arboriza��o tamb�m precisa receber aten��o no planejamento urbano. Ele elenca os benef�cios de ter �reas com vegeta��o bem distribu�das no territ�rio da capital.

“Sem d�vida a arboriza��o urbana e a valoriza��o do meio ambiente dentro do tecido urbano s�o aspectos fundamentais da qualidade de vida na cidade. � claro que nesse sentido a gente tem que considerar diversos atributos que a arboriza��o traz para o espa�o. Podemos citar o sombreamento, a redu��o do efeito de ilha de calor, a quest�o da permeabilidade do solo porque as �reas vegetadas conseguem infiltrar e reter a �gua de chuva, s�o atributos importantes para reduzir os impactos de chuvas intensas”, aponta.

Para o m�dico e fundador do projeto “Bora Plantar”, C�sar Pedrosa, � preciso encontrar um equil�brio entre as interven��es para melhorar a mobilidade urbana e a necessidade de uma cidade agrad�vel do ponto de vista ambiental e paisag�stico. Ele prop�e uma lei que obrigue o plantio de uma �rvore a cada corte feito na capital.

“Vamos propor esse projeto na C�mara Municipal. Sabemos que muitas �rvores tem que ser cortadas para obras, porque est�o velhas ou est�o interferindo nas constru��es, mas podemos tornar obrigat�ria a reposi��o da vegeta��o na cidade. Temos que pensar em como compensar isso”, avalia.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)