
Quarenta e tr�s trabalhadores em condi��es an�logas � escravid�o foram resgatados em Arax�, durante a Opera��o "Resgate II", que come�ou em 4 de julho em todo o pa�s. A informa��o foi divulgada pela assessoria de comunica��o do Minist�rio do Trabalho e Previd�ncia de Minas Gerais (MPT).
Segundo o �rg�o, ficou constatado que, al�m de n�o serem obedecidos os pagamentos contratuais, o grupo estava exposto a riscos f�sicos e de acidentes de trabalho, sem a��es para prevenir problemas de sa�de.
No total, foram 29 pessoas resgatadas de trabalhos relacionados � colheita de caf� e cria��o de bovinos para corte; e 14 pessoas resgatadas de uma cl�nica de reabilita��o de dependentes qu�micos e trabalho dom�stico, no per�odo de 10 a 20 de julho.
Mais detalhes sobre a situa��o dos trabalhadores, as circunst�ncias encontradas nos locais de resgates e as medidas cab�veis, ainda n�o est�o ser�o divulgados pelo MPT.
O �rg�o informou que al�m de Arax�, a��es ocorreram em Divin�polis, contudo n�o resultaram em resgates.
Minas Gerais foi o segundo estado com mais pessoas resgatadas na opera��o. Ao todo, foram 82 trabalhadores. Sete cidades mineiras receberam equipes de fiscaliza��o que estiveram focadas principalmente em propriedades rurais: Nova Era, Po�os de Caldas, Arax�, Boa Esperan�a, Conselheiro Lafaiete, Divin�polis e Uberl�ndia.
Falsas promessas
O coordenador regional de Combate ao Trabalho Escravo e Enfrentamento ao Tr�fico de Pessoas (Conaete), Roberto Gomes de Souza, detalhou sobre as condi��es que estavam os trabalhadores.
"Encontramos trabalhadores laborando em condi��es muito prec�rias, inclusive, muitos arregimentados de outros estados, sem registro na carteira de trabalho, sem alimenta��o e �gua pot�vel, submetidos a jornadas exaustivas, sem fornecimento de equipamento de prote��o individual, expostos a todo o tipo de intemp�ries e, em alguns casos, at� mesmo a animais pe�onhentos”, afirmou.
De acordo com Roberto, em muitos casos, os trabalhadores eram iludidos com falsas promessas de pagamento por produtividade, mas n�o tinham controle da pr�pria produ��o.
“Infelizmente, os trabalhadores estavam trabalhando em situa��es de plena vulnerabilidade social”, completou.
Os empregadores foram notificados a interromper as atividades e formalizar o v�nculo empregat�cio dessas pessoas, bem como a pagar as verbas salariais e rescis�rias devidas aos trabalhadores, que somaram mais de R$ 3,8 milh�es.