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Estado de Minas MANIFESTA��O

Profissionais de enfermagem de BH mant�m protestos contra decis�o do STF

No dia 4 de setembro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Lu�s Roberto Barroso suspendeu a lei que garante o piso salarial � categoria


12/09/2022 10:59 - atualizado 12/09/2022 14:18

Na foto, passeata de profissionais da enfermagem no Centro de BH
Al�m da assembleia, foi feita uma passeata convocada pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Servi�os de Sa�de de BH e Regi�o (Sindeess) (foto: Edesio Ferreira/ EM/ DA Press)
Profissionais de enfermagem se reuniram, na manh� desta segunda-feira (12/9), na Pra�a Sete, no centro de Belo Horizonte, para protestar contra a decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender a lei que cria o piso salarial da categoria.

Al�m da assembleia, foi feita uma passeata convocada pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Servi�os de Sa�de de BH e Regi�o (Sindeess). 

As a��es ocorrem em sincronia com outras mobiliza��es em Minas e outras partes do Brasil para defender o piso salarial. No dia 4 de setembro, o ministro do STF, Lu�s Roberto Barroso, suspendeu a exig�ncia da Lei nº 14.314/2022 que criou a remunera��o m�nima para os profissionais da enfermagem. 

Barroso estabeleceu o prazo de 60 dias para que a Uni�o e outras institui��es p�blicas e privadas esclare�am o impacto econ�mico para estados, munic�pios e hospitais. 

Decis�o causou revolta

De acordo com Neuza Freitas, diretora-executiva do Sind-Sa�de, os profissionais da enfermagem s�o uma das categorias da sa�de que n�o possuem piso salarial. ”No pa�s, s�o quase dois milh�es de profissionais, e, em Minas, somos cerca de 230 mil trabalhadores. Dentro dos hospitais, somos a maioria das equipes de sa�de. Tem profissionais da enfermagem que recebem menos de um sal�rio m�nimo. Esse piso � uma reivindica��o de cerca de 30 anos”, disse. 

Para ela, a decis�o do ministro do STF causou revolta. “Estava tudo aprovado, na C�mara, no Senado, foi feita a PEC assegurando a constitucionalidade do piso, mas foi simplesmente anulado pelo STF. Profissionais da rede privada j� estavam �s v�speras de receber. N�o podemos permitir que uma decis�o monocr�tica prejudique toda uma categoria”, afirmou. 

Na foto, Silvana Fernandes durante passeata desta segunda-feira (12/9). Ela usa um nariz de palalhaço e camisa em favor do movuimento
Para a t�cnica de enfermagem, Silvana Fernandes, � necess�rio que a categoria se una e proteste contra a decis�o do STF (foto: Edesio Ferreira/ EM/ DA Press)
A t�cnica de enfermagem Silvana Fernandes Marinho explicou que a uni�o � muito importante nesse momento. “Penso que todos os profissionais de enfermagem da regi�o hospitalar deveriam estar aqui, pois � uma a��o em conjunto. Amanh�, todos os sindicatos estar�o no ato, e, por isso, precisamos estar reunidos. O piso salarial demorou demais para ser aprovado e, quando conseguimos por lei a aprova��o, o STF barrou”, contou. 

A decis�o, conforme Silvana, � desrespeitosa com a categoria, que, durante a pandemia de COVID-19, esteve na linha de frente no combate ao v�rus. “Houve v�rios aumentos salariais, inclusive para os ministros do STF. Eles n�o barraram o reajuste deles. � um desrespeito com o pessoal da enfermagem, pois, quando precisaram, est�vamos aqui, n�o s� na pandemia, mas tamb�m no combate de outras doen�as”, ressaltou. 
 
Veja v�deo da manifesta��o de hoje: 
 
 

Paralisa��o � uma alternativa

Al�m da assembleia convocada hoje, amanh� o Sindeess organizar� outra para que seja votado o estado de greve. Na �ltima segunda-feira (6/9), o Conselho Regional de Enfermagem (Coren-MG) emitiu um alerta sobre a possibilidade de paralisa��o.
 
De acordo com Jos� Maria Pereira, presidente do Sindeess, os trabalhadores que estiveram na assembleia de hoje votaram no estado de greve, mas a discuss�o tamb�m ser� levantada no protesto desta ter�a (13/9). “Vamos avaliar se vamos manter o estado de greve ou se continuaremos com as manifesta��es e passeatas”, afirmou.

Pereira informa que al�m das manifesta��es serem contra a decis�o de Barroso, tamb�m est� atrelada � dificuldade de negociar o reajuste salarial com o Sindicato dos Hospitais (Sindho-MG). “A decis�o do Barroso est� relacionada ao pedido dos hospitais em suspender a lei que garante o piso. Estamos tentando negociar com o sindicato, mas ainda n�o conseguimos”, disse. 

Caso uma greve seja decretada, a expectativa do Sindeess � que pelo menos a metade dos profissionais decida aderir ao movimento. Se ocorrer, a categoria far� escala m�nima de trabalho. 

Vota��o no STF tem placar de 5 a 2 a favor da suspens�o do piso 

O STF analisa, virtualmente, se manter� a decis�o de Barroso em suspender a lei que determina a remunera��o m�nima para enfermeiros, auxiliares e t�cnicos em enfermagem. Com prazo para encerrar nesta sexta-feira (16/9), at� o momento, o tribunal registra um placar de cinco a dois a favor da suspens�o. 

Ao contr�rio dos ministros Ricardo Lewandowski, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli e C�rmen L�cia, que seguiram o voto de Barroso, Andr� Mendon�a e Kassio Nunes Marques votaram contra a suspens�o. Ainda faltam votar os ministros Edson Fachin, Gilmar Mendes, Luiz Fux e Rosa Weber. 

No plen�rio virtual, cada integrante do Supremo coloca o voto na plataforma, durante um per�odo de tempo. At� a decis�o final, os magistrados podem modificar os seus votos ou interromper a vota��o.

* Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Thiago Prata


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