
Leia mais: Piso salarial: enfermeiros de Uberl�ndia e Patos de Minas cruzam os bra�os
A greve aconteceu em todo o pa�s e foi convocada pelo F�rum Nacional da Enfermagem (FNE), com apoio de sindicatos e do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). A categoria realizou a paralisa��o em defesa do piso salarial, lei que foi suspensa pelo STF no in�cio deste m�s.
Em Belo Horizonte, profissionais se reuniram em ato convocado por sindicatos da rede p�blica e privada no centro da cidade, na Pra�a da Esta��o e na Pra�a Sete. Representantes comemoram a alta ades�o � greve, inclusive no interior do estado.
"O balan�o foi muito positivo. Estimamos que 30 mil trabalhadores da rede privada participaram da paralisa��o em Belo Horizonte e na regi�o metropolitana", diz o vice-presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Servi�os de Sa�de (Sindeess, do setor privado), Joaquim Valdomiro Gomes.
A diretora do Sindicato �nico dos Trabalhadores da Sa�de (Sind-Sa�de/MG), Neuza Freitas, afirma que o ato "teve uma ades�o fenomenal, tanto no servi�o p�blico quanto no privado". "Foi fant�stico, e Minas foi um dos estados que mais colocou gente na rua", disse.
O FNE vai se reunir nos pr�ximos dias para deliberar sobre o futuro da greve.
Suspens�o do piso salarial
Aprovado em julho pelo Congresso Nacional e sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) em agosto, o piso salarial define a remunera��o m�nima para enfermeiros, t�cnicos e auxiliares de enfermagem. Os valores s�o: R$ 4.750 para enfermeiros; R$ 3.562 (75%) para t�cnicos em enfermagem e R$ 2375 (50%) para auxiliares e parteiras.
A Lei nº 14.314/2022 foi suspensa em 4 de setembro pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Lu�s Roberto Barroso, que acatou um pedido da Confedera��o Nacional de Sa�de (CNSa�de) e outras sete entidades, entre elas a Federa��o Brasileira de Hospitais (FBH).
As entidades de trabalhadores da categoria pressionam o Congresso Nacional para definir a fonte de custeio do aumento da remunera��o. A enfermagem tamb�m protesta contra o veto do presidente Jair Bolsonaro (PL), que tirou do projeto de lei o reajuste anual do piso pela infla��o.
Atendimento aos pacientes
A legisla��o que regulamenta as greves no pa�s determina escala m�nima de atendimento nos hospitais, principalmente para os setores essenciais, como pronto-socorro, centro de tratamento intensivo (CTI) e hemodi�lise.
De acordo com a Funda��o Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) e a Secretaria Municipal de Sa�de de Belo Horizonte, essa escala foi cumprida.
Sindicalistas afirmam que, mesmo com um grande n�mero de profissionais participando da paralisa��o, a lei de greve � respeitada, e h� um cuidado para n�o prejudicar os pacientes. "� nossa responsabilidade lutar pelo piso e por mais qualidade de vida, inclusive para prestar um servi�o melhor para as pessoas. Mas tamb�m precisamos de apoio, e pedimos a compreens�o da sociedade", diz o vice-presidente do Sindeess.
Segundo ele, 50% dos profissionais da rede privada do setor cr�tico continuaram em atendimento, e 30% nas unidades do "setor aberto", n�o cr�tico, como p�s-cir�rgico e interna��o. A diretora do SindSa�de-MG tamb�m disse que alguns setores negociaram a manuten��o de 50% de trabalhadores, como CTI e emerg�ncia.
* Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Thiago Prata